NAQUELE DIA DE QUINTA-FEIRA
Naquele dia de quinta-feira Tel saíra para trabalhar as 6 horas da manhã.
Olhava para os lados e nem percebia que tudo estava estranho. Essa hora já haviam algumas pessoas se exercitando, outras indo para o ponto de ônibus, outras indo comprar pão, mas não tinha ninguém nas ruas.
Mesmo assim saiu rumo ao seu trabalho a pé com a pasta na mão.
Passava pelos prédios, tudo quieto, sem nenhum um ruído, nem cachorros, nem gatos, nem pombos ou pássaros.
E ele ia sem nada perceber. Andava em passos tranquilos balançando sua pasta e agradecido por acordar e ter um emprego.
Quanto mais caminhava mais distante ficava o seu local de trabalho. Mas ele ia andando, não via nenhum carro em movimento, nem ônibus, nem moto, tudo parado e Tel caminhando.
Dobrava uma esquina, entrava noutro quarteirão, olhava as lojas fechadas, e a padaria sem pão.
E Tel caminhando, passou pela beira da praia e o mar nem se mexia.
Olhava para frente, para trás, para o lado e só ele caminhando.
Só queria chegar cedo para o expediente, afinal emprego novo, queria se mostrar bem interessado.
Olhou para o relógio, seis horas da manhã, o relógio parado.
Levantou rapidamente trocou de roupa, pegou sua pasta e foi correndo para o novo trabalho.