NAQUELE DIA DE QUINTA-FEIRA

Naquele dia de quinta-feira Tel saíra para trabalhar as 6 horas da manhã.

Olhava para os lados e nem percebia que tudo estava estranho. Essa hora já haviam algumas pessoas se exercitando, outras indo para o ponto de ônibus, outras indo comprar pão, mas não tinha ninguém nas ruas.

Mesmo assim saiu rumo ao seu trabalho a pé com a pasta na mão.

Passava pelos prédios, tudo quieto, sem nenhum um ruído, nem cachorros, nem gatos, nem pombos ou pássaros.

E ele ia sem nada perceber. Andava em passos tranquilos balançando sua pasta e agradecido por acordar e ter um emprego.

Quanto mais caminhava mais distante ficava o seu local de trabalho. Mas ele ia andando, não via nenhum carro em movimento, nem ônibus, nem moto, tudo parado e Tel caminhando.

Dobrava uma esquina, entrava noutro quarteirão, olhava as lojas fechadas, e a padaria sem pão.

E Tel caminhando, passou pela beira da praia e o mar nem se mexia.

Olhava para frente, para trás, para o lado e só ele caminhando.

Só queria chegar cedo para o expediente, afinal emprego novo, queria se mostrar bem interessado.

Olhou para o relógio, seis horas da manhã, o relógio parado.

Levantou rapidamente trocou de roupa, pegou sua pasta e foi correndo para o novo trabalho.

Ana Amelia Guimarães
Enviado por Ana Amelia Guimarães em 09/06/2024
Código do texto: T8082135
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