A HISTORIA DO SER E DO ISSO ACONTECE
O que somos nós os seres humanos? Somos voltados para nos ficar enraivecido, brigarmos com o mundo, com as pessoas, e por muitos motivos até bem fúteis, como encararmos coisas normais como absurdos. Numa determinada época que se vai muito anos idos, presenciei e fiz parte de algo, para mim sempre normal, mas para a sociedade medíocre que ainda hoje existe, era um disparate, uma loucura. Algumas personagens faz parte dessas historia; os nomes serão fictícios, pois ainda estão aqui no nosso meio, pelos idos de 1975 a 1980, jovens ainda como todos tinha uma namorada, noiva, mulher algo assim. Ela se chamava Marise menina magrinha, delicada e de uma bondade extrema, e éramos apaixonados, tínhamos tudo para seguirmos em frente, mas como os destinos, para quem neles acredita é traiçoeiro, nada se seguiu, Minha sogra de nome Maria, uma excelente pessoa até que não a aborrecesse, traia a confiança dela, nos deixava a vontade, e como é sabido era paixão e excitação, essa combinação é fatal. Na verdade eu era um doente do álcool tinha meus contratempos, e quem se volta a isso não tem o caminho muito certo, melhor dizendo comete-se enganos, e ações que não são em verdade muito corretas. Numa determinada época, eu me demandei, quis mudar de ares, mudar de parceira, mas tentando manter as duas, isso acabou não sendo muito certo, pois a segunda se engravidou. Tenho lembranças não muito agradáveis, pois as ameaças, e sentimentos meus, faziam um dilema, uma trama quase que diabólica, saudade, agonia, isso, pois o convívio de vários anos, fez que ligasse a família, a crianças que viviam junto a Marise, apegam a gente, e esquecer não é tão simples assim. Com tudo isso acabei por me associar a outra mulher. Poucos meses depois recebo um pedido de Marise que queria falar comigo, sem chance, enlouqueci marcado o dia, lá estava eu, recordo-me com clareza, 19,45 (dezenove e quarenta cinco) esquina próxima a Prefeitura da cidade, desci do carro, ela se joga a meus braços, Marise disse eu! Saudades! Ela só diz essa frase: “Porque fez isso comigo”, doravante sem uma palavra amamos, por umas 3 (três) horas, como o tempo era escasso, tinha que vin. embora, como ela também chegar a casa. Não falamos uma só palavra, nem dizemos adeus, mudo fiquei não posso mesmo hoje dizer a razão de tanta emoção. Ai começa um longo tempo de comunicação só nos dias especiais, dia do aniversário dela, pascoa, natal etc. Sem palavras a mais, simplesmente desejar o melhor e mais nada. Com os dias se passando e vem o descontrole por excesso de bebidas, mas mesmo assim evitando a todo custo fazer qualquer tipo de uso de palavras para agredir menosprezar Marise. Porém num determinado dia chega aos meus ouvidos, Marise vai se casar, e como todas as fofocas, ela veio adocicada com uma ligeira purpurina, dizendo que a “Sogra” estava por muito feliz. Jogou-me ao chão, desmontei, mesmo sabendo que todas as minhas chances de estar ou ficar com ela Marise novamente eram devidamente remotas, ou impossíveis, me conter só a pedido da minha genitora, expressões dela (““ Não vá filho vão se decepcionar você e ela”) queria ir assistir ao casamento. Um tempo depois fui contratado para fazer um trabalho numa cidade vizinha, onde lá permaneci por 9 (nove) anos, havendo pouco contato, um dia resolvi colocar para ela Marise ouvir uma musica do Roberto Carlos chamada Alô, dias depois ela me liga, e veio um pedido assim! “Olhe largue de beber, pois um dia quero ir para a cama contigo novamente”), claro que aquilo me chamou bastante a atenção, e mais que isso, acendeu uma luz. Mas como o vicio é terrível não dei muito ouvido aquilo não, porém dias depois melhores anos depois num dia 15 de outubro de 1994 depois de beber o dia todo as 23, 20 (vinte três horas e vinte minutos) decidi então. Não bebo mais, mas aquilo de momento pensei ser um desespero. Bom fui para casa me segurando, uma para não sair, e outra para não falar nada sobre o meu pensar, não dormi, de manha no dia 16, levantei-me e tomei realmente a decisão, procurei um Médico meu amigo, relatei o acontecido, ele me auxiliou nos primeiros dias. Reiniciei um novo sistema de vida, assim com 2 (dois) filhos para criar, e tudo que eu via era a necessidade de melhor me conduzir, inclusive com muito afinco não desvincular a atenção de Marise, que pouco tempo depois já sabia da minha decisão. Então no primeiro dia de aniversário dela, liguei ai mais consciente, mais seguro das palavras, pois sem ingerir bebidas alcoólicas, tinha o domínio de mim e das palavras, as conversas que duravam 2 minutos passaram há serem 15 minutos, já que ela precisava esconder-se do marido. Palavras dela! “Como tua mãe deve estar feliz de tudo isso ter acontecido, “brincando ela referia a minha Mãe, (minha sogrinha) e sem medo disse, lembra que lhe prometi, mas vou aguardar um pouco”“. Retruquei olha quero lhe agradecer por tudo, pelo carinho, pelo pedido então que me levou a repensar. Como eu já escrevia comecei a dedicar tudo em nome dela, sem a citar, porém todas às vezes eu colocava, ela em primeiro plano, em tudo que eu iria criar, e com muita malicia eu sempre enviava para ela minhas declarações em poemas. Tive então quatro filhos, sendo três mulheres e um homem, e ela três homens e uma mulher, com o passar dos anos, comecei a conhecer pessoalmente os filhos dela, a menina então, um primeiro contato. Comecei então a participar do programa de uma radio da cidade dela, ai através no Hotmail, e sempre solicitando musicas. Ai uma curiosidade as musicas que mais ouvíamos eram do Raul Seixas, o trem das sete, o medo da chuva, noturno e outras, e outro cantor Moacyr Franco, ai tantas, mas a mais marcante foi SOLEADO, musica que foi tema de um casamento que fomos testemunha, na igreja Santa Terezinha. Minha cunhada, Dora, essa então tornou minha comadre, e minha defensora, anos mais tarde encontrava comigo e dizia, Compadre toca Raul lá em casa, te vejo e tenho saudades. Tantos personagens interferiram nesse tempo, a vizinha de cima Manoela, nossa como era mesquinha com eles lá, pois comigo não, um dia numa noite lá estava eu, ela me viu, e mesmo assim jamais usou isso para denegrir a imagem da Marise, me viu entrar na casa, e silenciou até a sua morte, que Deus a tenha. Num inicio de um mês de novembro, vinha chegando em minha cidade vi alguém saindo da minha cidade no trevo às 15 horas mais ou menos, o sexto sentido me indicava tragédia, só que tremi, pensei que se tratava de Marise, mas que nada era do seu companheiro. Então novembro para dezembro mês do aniversario dela, neste dia eu ligo, dou lhe os parabéns, ela então pergunta! O que vais fazer no dia 11 de janeiro? De pronto eu respondo! Vou ficar contigo, ai ela diz “Isso mesmo”. Vá para a cidade vizinha que vou para lá, nossa, que dias que demoraram a passar. Tudo foi combinado, marcado, lá estava eu ao meio dia, as 19,30 chega o Ônibus, eu a esperando. Tremia nesta data se passava então 29 anos oito meses e dois dias da ultima vez que fui para a cama com ela. Isso me assustava, pois a tensão e emoção eram muitas, mas no primeiro abraço, já me acalmei um pouco! Formos para o Hotel, já previamente contratado, subimos 3º andar apartamento 116. Ela joga sua mala na cama, abre-a, tira um rolo de papel, dentro de uma aliança, a aliança de noivado, e me diz assim. “““ “““ Este é seu diploma”, eu abri e li, ela continua “ Os outros eu vou lhe entregar a cada encontro”, ansioso estava, ela diz acalme-se, e mostrou no pescoço, lembra disso aqui, você me deu de presente a 32 anos, está aqui. A cada relato eu me explodia, e pensava! Deus porque tanto amor, quando eu a ela fiz tanta sacanagem! Depois de uns beijos, ela vai para o banho! Box fechado! Um papel e um poema fiz vou aqui o colocar “Você é uma provocação, através dos vidros do Box a olhar a agua quase a borbulhar, no seu corpo a deslizar, você se deixa molhar no prazer de eu te olhar, com todo o intuito de mesmo insinuar, e sempre a elevar em gestos de amor aumenta o calor Agua para de descer e esquenta o prazer, você abe o vidro fechado. sem vestes seu corpo, mas com a tolha enrolado. E com gestos insinuantes cobre o seu corpo em instante, e me chama venha logo ligeiro, e diz a meu lado está seu travesseiro.” Mas antes de ela ir para a cama, ela abe a toalha e diz” Isso lhe pertence de fato e de direito”. Ficamos lá por dois dias e duas noites, um misto de ternura, recordações, porém sem nada relembrar de fatos que nos desse magoas, nas conversas que se iam, tinha as belas lembranças, as colegas de saídas à noite, bem que poucas, as idas a igreja católica, as missas dos domingos, sempre a tiracolo a sogra, que não nos dava sossego, porém como é fato, nada adiantava. Como é de praxe não tem mesmo como se esconder, numa das saídas para almoçar, foi escolhido um restaurante afastado do centro, que imaginávamos estarmos livres de olhos conhecidos, para nossa surpresa, pelo menos uns cinco (cinco) conhecidos de quase trinta anos atrás. Como é engraçado lembrar à cara das pessoas, os sorrisos retidos ao nos olhar, aqueles mais livres, até chegaram perto e nos saudou. “Nossa que lindo, o tempo ainda deu tempo de vocês junto estarem parabéns” Na realidade era algo que precisávamos ouvir, pois os momentos eram lindos, e garanto poucas pessoas conseguem viver isso. Trata-se de um tempo que é muito grande, e esse reencontro é com certeza para poucos seres humanos, pois normalmente os relacionamentos quando não terminam em união estável ou o maldito casamento se distancia. Como a arte da vida vem, e nos deixa coisas engraçadas, relembrada, uma delas, num desfile de sete de setembro, ela Marise, com uma saia colorida, por dentro dela um lenço verde e amarelo, cores da bandeira, sabia eu daquilo, pois a vi vestir, mas o povão não, uma surpresa, que recordo até hoje. A procissão até o santuário de Aparecida, uma parada no meio do morro, as conversas, as frases melosas, as promessas Deus! Tu me destes a chance de viverem belos e maravilhosos momentos. Com o tempo e o relacionamento se tornando mais aplausível, começo a ter dialogo com os filhos dela, a menina Glaucia, tem por mim uma bela amizade, me acredito que a Mãe a relatou, “Quando perguntei ela relata! Durante os 29 anos que você ligava para mim, ela assistia as conversas, e então eu dizia a ela assim! Filha não comente é só um amigo meu se você falar o Papai vai brigar com a Mamãe e também com você”, Nesse tempo então os filhos tem que mudar da cidade para continuar os estudos, vai para a cidade próxima, a Maris fica, mas ai abre um campo a mais para eu encontrar-me com ela. Fato que não demorou, pois logo já estava eu visitando a casa, até por vezes ficando por lá, e até saímos a jantar, tudo era maravilhoso, porém tinha o compromisso, família, filhos, uma complexidade de nós humanos, ou até mesmo algo que vem nos prender, e fazer de nós escravos de uma realidade que não queremos aceitar. Num dia de aniversário de Marise, ela professora, eu me programo aqui e faço um buquê com 12 (doze) rosas vermelhas (doze) o mês do aniversário, eu levaria a ela pela manha e entregaria na sala de aula. Ai visto que sempre tem as pessoas que viram cumplices, e avisam-na, antes, olha amanha, nos desculpe mesmo sendo seu aniversário queremos que chegue mais cedo, pois eu (a diretora) falando vou ter que viajar, e você tem mais voz de comando. Marise concorda. Viajo eu 90 (noventa) quilômetros, com as rosas, entro na sala, a reação dela foi de muito espanto a principio! Veio para meu lado, e até posso dizer sem muito escrúpulo me abraça, depois de pegar as rosas, as crianças, ficaram atônitas, mas ela explica, “É um amigo meu hoje é meu aniversário ele veio trazer umas rosas para mim”. Como é bom recordar de tudo isso, mais tarde numa festa do Grupo de Alcoólicos Anódinos a prima de Marise, me vê e comenta! “Deus eu queria ter alguém que fizesse para mim o que faz para Marise, eu acho que o caso das rosas, eu chegaria ao orgasmo dentro daquela sala de aula”. Claro que acho eu hoje e também na época que é um exagero por parte da prima dela. Fato esse também que um dia presenciei Glaucia dizendo, Mamãe quero arrumar um homem que me ame como ele ama você...