Casa assombrada

Casa assombrada...

Luz na janela....

Que por nada

Se apaga...

Vultos.passam por ela durante a madrugada...

E uma menina de.cabelos compridos

Ouve se uivos ao fundo....

- viu Januário, eu acho que aquela casa e assombrada..

- besteira, Zé..

Isso e só besteira naquela casa não vive ninguém a anos..

O que eles não sabem..

E que a anos...

Naquela casa ouve um massacre...

Não sobrou ninguém, mais dizem que não e assim sobrou alguém..

-vamos Januário...

Zé faz o sinal da cruz e olha pela janela..

Ouve um uivo...

Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu,

_zé corre, Januário...

-perdi as forças da perna, ze

Então se escondem na moita..

Januário olha pela janela..

E vê um vulto por ela..

Ouve passos na estrada que se arrasta as correntes..

Ali um dia vou um pedacinho de chão de escravo...

- jánuario feche os olhos, a alguém vindo, não respire, se esconde...

- isso e difícil Zé...

- difícil nada, aqui tá fácil e morrer...

Auuuuuuuuuuuuu, auuuuuuuuuuuuuuu

Mais um uivo..

E tudo fica mudo...

As luzes se apagam na janela..

A um frio na espinha vindo da floresta..

E Zé pergunta..

- Januário, o que viemos.mesmo fazer aqui?

- uai, Zé, vê que não tem assombração...

- mais tem Januário...

Tem não, Zé..

Tem Januário...

Tem não Zé...

Tem Januário, deixe de teimosa homem....

Auuuuuuuu auuuuuuu auuuuuuuuuuuuuu

Tem Zé, vamos embora, vamos nada, eu que não saio lá fora..

As luzes se acendem, cessa as correntes...

Vamos Januário, vamos Zé..

Tem vida pela frente..

E a gente e medroso....

Não somos, mas vamos, entrar na casa Zé??

Tá doido jánuario

Vamos Zé..

Tem que dizer o que tem lá dentro a dona mocinha lembra?

Não vai ser fraco, vai..

Temos que entrar jánuario..

Abre se a porta

Velha porta de madeira rangendo...

- Januário estou tremendo..

- que isso Zé.....

Vire homem...

- sou homem, mais medroso..

Uma sala de estar, com móveis velhos, cheio de poeira...

Uma escada velha...

Uma enorme lareira..

Uma cadeira de balanco..

Que balança sozinha....

E o vento Zé..

Né não , Januário e assombração...

Mais uma vez as pernas de Zé estão tremendo..

Se ajeito homem, vamos pra.frente..

Vamos subir as escadas..

- vamos, não jánuario..

- vamos sim, Zé...

Tão bom vamos, Januário..

Passos lentos na escadas velha empoeirada..

No fim do corredor fica a janela assombrada....

A cada passo as tábuas vão ragendo....

Jánuario, tá vendo algo aí??

- não Zé...

- esse tanto de quarto..

O que será que tem dentro...

A porta estão todas trancadas...

- no fim do corredor...

Fica na janela...

Assombrada..

Só uma luz acessa parece uma vela que de repente foi apagada..

Que isso Januário..

Que isso Zé...

Não só sei, só que está sem luz..

Unhas sendo comidas.

Lábios tremendo

Pernas sem.forca..

Porta rangendo...

São 12:00..

Lá fora au au au au au au au au au auuuuuuuu

Ande pra frente Januário...

Vamos vê o que há....

Vamos volta Zé..

Vamos ir.januario..

Vamos voltar, Zé..

Vamos ir.januario....

Januário.toca em uns cabelos..

Da um grito de medo...

Ouve gargalhadas...

Ouve mais nada...

As luzes apagadas se acendem..

Acredite e uma manequim de peruca na janela..

Olhe.pra baixo, Zé....

Não jánuario..

Olhe pra baixo Zé..

Não, jánuario...

Olhe pra baixo Zé....

Nao Januário...

Olhe as crianças....

Sério jánuario, elas que apagaram as luzes...

Corre Zé...,

Corre jánuario.