A casa abandonada
Era o ano 1791 e o mundo jazia na febre jacobina por sangue e imortalidade, um duque brasileiro de descendência portucalense com alcunha de Alvarez da Costa e Silva estava embriagado por livros de magia negra que consumiam sua sanidade. Ele passou a se reunir com integrantes da alta maçonaria fluminense para discutir um pacto com o sete pele e assim conseguir sua imortalidade. Eles leem o maldito livro negro da bruxaria com uma mulher satânica que oferecia seus serviços aos ricos da cidade e misteriosamente um a um os seis integrantes da seita satânica começam a morrer, com uma morte mais terrível que a outra, então ela faz uma proposta ao duque, ele precisa sacrificar sua mulher e três filhas na noite de halloween daquele ano que irá acontecer com uma bela lua cheia.
Só o duque sobreviveu depois daquela reunião com a esposa do diabo que parecia não ser deste mundo e sim um demônio adestrado pela ganancia humana infernal. No dia 30 de outubro o duque se tranca no sótão na sua mansão que fica no alto da boa vista. Ele se despede estranhamente de seus amigos e irmãos e mata as quatro mulheres da família com veneno trazido pela mulher endemoninhada, só que ele se arrepende e mata com um punhal de prata a funesta mulher e esconde em partes diferentes da casa os cadáveres e uma caixa contendo uma fortuna em joias, só que o sete pele manda um cão negro do inferno para se vingar e seus gritos de pavor são ouvidos até no porto da cidade e a casa começa a pegar fogo que consome a parte de cima do imóvel e os policiais que se aventuraram pela casa naquela noite desapareceram sem deixar vestígios, e o povo conta que todo aquele que entra na casa tentando encontrar o tesouro também desaparece, como se fosse transportado diretamente para o inferno do duque, a única coisa que é possível ver é o círculo feito com sangue no meio da sala assombrosa da casa, neste círculo temos um pentagrama invertido desenhado e palavras escritas em latim carcomidas e indecifráveis.