O FIM DAS ILUSÕES

 

Uma nuvem de tristeza e decepção fez-se presente no olhar de um grupo de atletas. Elas haviam apostado muito no Campeonato de Vôlei. Na primeira partida, uma das jogadoras, Mariana, caíra e machucara-se sério.

Haviam treinado muito e as expectativas eram altas. Todavia, não se deram por vencidas e, com otimismo, continuaram a partida.

Por conta do incidente acontecido com a jogadora de seu time, elas apresentaram dificuldades para enfrentar o time concorrente. No entanto, por terem treinado bastante, estavam conseguindo se manter parelhas na competição e, por conta disso, estavam empatadas.

O jogo estava acabando e as duas equipes, bastante cansadas. No último minuto, o time de Mariana conseguiu um ponto, saindo-se vencedor. Ainda que o campeonato estivesse só começando, a equipe estava mais motivada do que nunca, mesmo frente à sua importante baixa.

Após o término do primeiro jogo, o time de Mariana se preparou para o segundo, estudando a estratégia usada na primeira e montando melhor a da segunda partida. Assim, acreditavam vencer.

Com expectativas de ganhar o torneio, elas deram um drible no time adversário, deixando-as confusas, e conseguindo desempatar o jogo, com uma belíssima jogada.

Os esforços foram de grande valor para o jogo; entretanto, as adversárias conseguiram vencer, dando boladas nos estômagos das competidoras, causando, em algumas, náuseas. O fim dessa alegria estava previsto nos ameaçadores olhares.

Enquanto, as rivais explodiam de felicidade; a vontade de chorar das derrotadas era grande; no entanto, conseguiram disfarçar. Esse sentimento mudou quando as vitoriosas começaram zoar a atleta lesionada. Brincadeira de péssimo gosto, imitar alguém manco! A raiva substituiu a tristeza das colegas de Mariana.

Tal fato serviu de combustível à equipe, que tomada de ira, quase partiram para a agressão; porém, usaram a furia como força motivadora para vencerem o campeonato.

Ao visitarem Mariana, no hospital, as amigas prometeram retornar no dia seguinte, queriam oferecer-lhe uma festinha, assim que tivesse alta. Tão logo, o grupo saiu, a garota comentou com a mãe sobre os seus sentimentos pelo técnico da equipe. Dona Luísa, sorrindo, disse:

– Eu já desconfiava!

No dia seguinte, Dona Luísa foi falar com o técnico. Contou-lhe dos sentimentos de Mariana por ele. Num primeiro momento, meio que discutiram. Ela chegou a pensar em tirar Mariana do time, mas lembrou-se do quanto à filha gostava daquele esporte e das amigas que nele fizera. O rapaz afirmou-lhe que podia ficar tranquila. Seu sentimento por Mariana era o mesmo que pelas outras meninas, carinho e muito respeito.