SACRIFÍCIO

"Tome seu filho, seu único filho, Isaque,

a quem você ama, e vá para a região de Moriá.

Sacrifique-o ali como holocausto''

(GÊNESIS 22:2)

1

Recife, 1999, Bairro de Longa Vista.

O caldeirão cheio d'água no fogão não levantou suspeitas.

Já fazia três anos que Jaqueline não tinha aquelas coisas. Como ele poderia suspeitar de algo? Abel não entendia nada de cozinha. E um caldeirão de alumínio, com capacidade para uns cinquenta litros, parecia um recipiente tão bom quanto qualquer outro para se por água para ferver para um banho quente.

Pensou em perguntar se estava tudo bem com ela e com Sofia, mas a cerveja gelada, o conforto do sofá e o jogo na televisão mandaram o pensamento para longe. Era dia de clássico. Em outros tempos ele estaria em algum bar de beira de estrada com os amigos. Porém, desde que a filha nascera, passara a levar aquela coisa de casamento mais a sério. Agora só bebia em casa. Coisa da qual Jaqueline vez ou outra ainda reclamava, e sempre fazia questão de deixar bem claro que não aprovava. Destacava que DEUS não gostava daquilo, independentemente de ser feito em casa, na rua ou em qualquer lugar. O Senhor queria era que ele fosse à Igreja com ela e Sofia. Parar de beber era só o começo. Abel achava que, com o tanto de gente que vivia pedindo coisas a Ele, todos os dias, todas as horas, o Senhor não tinha muito tempo para ligar para o que ele bebia ou deixava de beber. E, caso ligasse, deveria compreender que a pesada carga de trabalhar a semana inteira na construção civil era mais fácil de ser carregada se ele pudesse de vez em quando relaxar tomando Skol e vendo futebol.

Era isso que ele fazia agora. Ouvia a voz incansável de Rembrandt Júnior subir e descer de tom, enquanto vibrava, torcia e xingava.

Felizmente só tinha tomado uma cerveja quando a água ferveu.

Quando estava indo à cozinha pegar a próxima latinha, viu de canto de olho Janaína sair do quarto de Sofia com a menina adormecida nos braços. Ela murmurava palavras que ele — por estar tão atento à narração de um ataque do Sport sobre o Santa Cruz — não compreendia. Abriu a geladeira e escolheu a latinha que tinha a camada de gelo mais espessa na superfície. Quando virou-se, viu a mulher se aproximar do caldeirão de água fervente com a menina estendida nos braços, como se a estivesse oferecendo a alguém... ou fosse colocá-la dentro caldeirão.

Finalmente ele entendeu o que ela estava dizendo:

— Tá aqui, ó Sinhô, Deus de Davi, Deus de Israel, Deus de Jacó! Como teu servo Abraão, tua serva ouve e cumpre tua palavra, tu és grandioso, Sinhô, tu és imenso...

Abel jogou a latinha para o alto, e cruzou os quase três metros que o separava da família num único passo e arrancou a menina dos braços da mãe.

— Meu-Deus-do-céu! Tu tás doida, é, Jaque? Bebesse, foi?

— Solta a miniiina, pecadoooor. — Disse Jaqueline — num profana a oferta do Sinhô! — E partio para cima de Abel.

Sofia, que estava com os pés e as mãos amarrados com um pedaço de fio de varal, acordou assustada, se contorcendo.

— Aaaai... O que foi, mainha? O que foi, papai? — Repetia ela.

A mãe começou a puxá-la pelas pernas e ela começou a chorar.

Abel envolveu Sofia com um braço e com o outro empurrou Jaqueline com mais força do que pretendia. Ela caiu por cima da pia e rolou sobre o local bagunçado onde eles guardavam as panelas, derrubando a maioria delas. Abel aproveitou para desamarrar os pés de Sofia, partindo os fios com os dedos.

— Corre, Sofia, corre! — Gritou ele.

A menina correu velozmente... mas para perto da mãe, que estava caída em meio as panelas.

— Machucou, mainha? Fez dodói? — Perguntou a mãe, aos prantos. Então levou uma forte tapa nas pernas.

— Eu disse para você correr! — Gritou Abel. — Vá chamar sua avó!

A menina finalmente deixou a cozinha, correndo. Jaqueline tentou a seguir, mas Abel a segurou.

— Você tá doida? Ela é nossa filha, Jaque!

Jaqueline berrava e tentava se libertar de Abel, arranhando e chutando. Pegou uma frigideira da pia e ficou tentando acertar a cabeça dele com ela.

— É a ofeeeerrrtaaaaaa! A oferta do Sinhôôôô!

— É NOSSA FILHA!

— O Sinhô é tremendo! O Sinhô é grandioso! Foi Ele quem deu e pode dá para nós mil filha, se quiser. Como gerou Isaque, na velhice de Abraão! Ele pediu... ele mandou! Ele quer um sacrifício... ele EXIGE!

Abel, horrorizado por aquilo que a mulher dizia, acabou fraquejando o aperto. Jaqueline acertou a cabeça dele com a frigideira e se libertou. Foi até o fogão e segurou em ambas as alças do caldeirão, sem ligar para as queimaduras.

— E você NÃO PODE impedir! — Gritou ela enquanto atirava a água fervente no marido.

No reflexo, Abel conseguiu livrar a maior parte do corpo, mas uma perna acabou sendo totalmente atingida.

Os gritos de dor e palavrões de Abel só pararam quando Jaqueline começou a o estrangular.

— Agora tu vai morrer, pecador... vai morrer para a-pren-der... — a cada sílaba ela bateu a cabeça do marido na parede — aprender a num se meter nos planos do Sinhô. O Sinhô vai te mandar direto para o inferno, seu bebarrão safado! Adúltero! Tu vai beber é cum o Satanás!

Justo quando Abel achou que a profecia da mulher iria mesmo se cumprir, Carla e Sérgio — sua cunhada e o marido dela, que moravam a um quarteirão dali — entraram na cozinha. Arregalaram os olhos, como quem estivesse mesmo vendo o Diabo.

Sérgio tirou Jaqueline de cima de Abel e a manteve presa. Ela gritou e ficou tentando acertá-lo entre as pernas. Carla socorreu Abel e ligou para a polícia. Quando o socorro e a Polícia Militar chegaram, Jaqueline já não dizia uma palavra que pudesse ser entendida. Pronunciava um idioma esquisito com a boca espumando.

***

Abel, que graças à calça jeans que vestia se livrou de um ferimento mais grave, teve queimaduras de segundo grau. Jaqueline, que já havia sido anteriormente diagnosticada com esquizofrenia, mas fazia um tempo que tinha parado secretamente o tratamento — alegando ter sido curada por Jesus — ficou internada numa clínica para portadores de doenças mentais por tempo indeterminado.

2

Abel voltou do trabalho, passou na casa da sogra para pegar Sofia e foi para casa. Fazia cerca de um mês que Jaqueline estava internada.

Sempre que a menina perguntava pela mãe, Abel dizia:

—Tá dodói, mas vai ficar boa logo.

Mas certo dia, após perguntar se o pai sabia onde a mãe estava, Sofia disse:

— Ela já foi. — Tinha os olhos vidrados no nada. — Tá bem longe agora.

Abel sentiu seus pelos se arrepiarem e não teve coragem de dizer mais nada.

Porém, como se nunca tivesse dito aquilo, Sofia sempre voltava a perguntar pela mãe.

Abel não bebeu naquele dia assim como não bebera desde que tudo acontecera. Só de sentir o cheiro da cerveja, ou ver qualquer coisa que lembrasse a bebida, a memória daquela noite voltava e ele revivia todo o horror novamente.

O ferimento na perna já sarara quase por completo, deixando apenas uma cicatriz feia que Sofia entrava em pânico sempre que via — o que o obrigou a usar calças e meias na maior parte do tempo. Ainda assim as coisas estavam indo razoavelmente bem.

A última vez que visitara Jaqueline fora há uma semana e ela ainda não dizia nada que sugerisse alguma melhora. Prometia vingança. Dizia que Deus era amor, mas também era justiça, que não ia deixar Abel impune por tudo o que ele fizera.

Ele não chegava a ter medo daquelas ameaças. O pior era ver a pessoa que tanto amara desaparecer, de uma hora para outra, deixando apenas uma sombra distorcida daquilo que fora um dia. Aquilo o feria como facas incandescentes.

Embora não fosse novidade.

Quando ainda eram namorados, sonhando com uma vida feliz inteira, Abel tinha percebido alguns comportamentos estranhos em Jaqueline. Ciúmes doentios, comportamentos obsessivos, e transtornos de humor repentinos eram comuns. Certa vez ele falara com uma amiga de uma maneira que ela considerou afetuosa demais. Jaqueline ficou sem falar com ele por uma semana inteira, sem nem mesmo dizer o motivo do silêncio. Fez as pazes após um sermão que parecia nunca ter fim acompanhado de beliscões, tapas e puxões de cabelo.

Tentara conversar sobre isso com seu pai numa das raras e últimas conversas que teve com o velho.

— Num esquenta cum a mulé, minino! Essas coisas acontecem. — Disse o pai de Abel, e soltou pelo nariz uma fumaça espessa que parecia estar lá dentro há anos. Quando Abel achou que o pai tinha esquecido o que ia falar, ele continuou — A gente só tem que amar elas mermo, mais nada, sabe? Se a gente ama, tudo se resolve — Fez um gesto enfático com a mão, jogou o filtro do cigarro no chão, pisou e, esfregando o pé, falou — Sua mãe tinha seus dias ruins também, como todo mundo... mas hoje em dia é um doce. Nessa vida tudo passa.

Abel desconfiava que o pai não fazia ideia do que estava falando porque não entendera exatamente o que ele, Abel, estava tentando dizer. Certamente porque ele não era capaz de explicar ao pai. Mas sabia que amava Jaqueline e se tudo que ele precisava fazer era amá-la, então talvez não fosse ser muito difícil.

Ela melhorou consideravelmente um pouco antes de se casarem. Abel gostava de pensar que só tinha seguido adiante com o casamento por causa disso. Então após eles estabelecerem uma rotina na vida a dois, Jaqueline regrediu a um estado ainda pior. Foi nessa época — após uma crise forte onde ela acordou dizendo ser uma cigana espanhola, chamada Janaína, sequestrada por um mercador de Constantinopla em 1639 — que ela foi diagnosticada com a doença. Ficou internada por dezessete dias e começou a tomar os remédios. Foi um ano e meio difícil, aquele começo de casamento, com frequentes chantagens emocionais, inúmeros ataques físicos e verbais, objetos quebrados, aparelhos eletrônicos arremessados no chão, no teto e nele, até ela finalmente engravidar de Sofia.

Encarando aquilo como um presente de Deus, e influenciada por uma amiga, Jaqueline converteu-se à Assembleia de Deus. Apesar de certo fanatismo com a fé que abraçara, as crises pesadas foram reduzindo até sumir por completo quando a menina nasceu. Ela tornou-se uma mãe rígida e exigente, mas atenciosa e dedicada. E então, naquele dia, tudo voltara com a força de uma represa que rebenta após anos de retenção.

Abel pensava nessas coisas, vendo Sofia, que trouxera dormindo da casa de sua mãe, respirar tranquilamente. Tudo de ruim que a doença de Jaqueline os fez passar valia a pena afinal. O fruto daqueles dias de luz e escuridão era pura luz. Se não tivesse permanecido com Jaqueline, apesar de tudo, Sofia não teria nascido. E essa ideia, a de Sofia nunca ter nascido, lhe parecia a coisa mais absurda do mundo.

Retirou uma mecha de cabelo preto cacheado que caía sobre o rosto da garota e o acomodou atrás da orelha dela. Deu um beijo de três segundos na testa da menina e foi para a sala ver televisão.

Mas não chegou a ligar o aparelho. O telefone tocou. A voz era de Carla tentando disfarçar a preocupação que sentia.

— A gente veio visitar a Jaque. — Disse ela, e respirou fundo. — Eu, mamãe e Sérgio.

— O que foi? Fala logo! Meu Deus! — Abel começou a suar. Percebeu imediatamente um clique que sua mente dera há pouco, quando entrara em casa. Na hora o ignorou por completo, mas agora...

— Ela não... — Carla respirou fundo — Ela não tá aqui, Abel... Ela... — Morreu. Foi o que Abel ouviu nesta pausa. E seu coração decolou. — Ela fugiu. — Disse Carla, por fim, mas seu coração aumentou ainda mais o ritmo.

— De que horas?

— Eu não sei — Carla gritou — A gente... eles não sabem informar... O Sér...

Agora ele sabia do que se tratava o clique. O controle remoto, que ele sempre deixava jogado de qualquer jeito no sofá, estava sobre a TV. Coisa que Jaqueline sempre fazia, e sempre pegava no pé dele para fazer, embora nunca fosse capaz de explicar por que o controle deveria ficar sobre o aparelho quando ele perguntava o motivo de tanta implicância.

— Você não entende nada de arrumação!

Ela sempre acabava dizendo. E a discussão era tida por encerrada por ambos, porque ambos, principalmente ele, sabiam que aquilo era a pura verdade.

Não era possível que ela estivesse em casa. Provavelmente ele mesmo tinha feito aquilo inconscientemente, antes de ir para o trabalho, de manhã, ou à noite, antes de dormir. Estava sendo paranoico, ela não teria tempo de já ter chegado lá... ou será que teria? Teria pego um táxi, mesmo sem dinheiro... teria arranjado dinheiro para um táxi? Estava exagerando, provavelmente...

No exato momento em que Abel virou-se para o quarto de Sofia viu um vulto rápido e silencioso entrar lá.

Começou a suar frio, sentindo as pernas e as mãos tremerem como as de um alcoólatra em crise de abstinência.

— Nãããão! — gritou ele. Entrou no quarto e acedeu a luz.

Jaqueline estava com uma faca peixeira pressionada contra o pescoço frágil de Sofia.

— Quieto!

Abel estancou e levantou as mãos. Torcendo para que a menina não acordasse e acabasse se machucando.

— Jaque. Calma, meu amor, calma. — Abel começou a falar. Não ligou para as lágrimas que se formavam em seus olhos.

— Agora você pede calma! Quando foi para mandar aqueles hômi por a mão em cima de mim, você aceitou caladinho! Seu mercador de araque!

— Mas...

— Nem um pio. A água já tá fervendo, e você vai ver a vitória da serva do Sinhô. Vai ver que com ele não se brinca. Vai ver que quem mexe com o servo mexe na menina dos ôlho dele. Tu vai ver de pertinho, ah, tu vai...

Jaqueline segurou Sofia com um braço, apontou a faca para a menina com o outro e começou a caminhar lentamente.

— Isso. Quietinho, sem dar um piu. Paradinho. — Dizia ela.

Da última vez, Abel fora inesperadamente salvo por seus cunhados. Agora ambos estavam há quilômetros de distância. Seu parente mais próximo, sua mãe, era idosa e nada poderia fazer mesmo se quisesse. Sua sogra também tinha ido ver a filha na clínica.

Estava só.

E os olhos da mulher que fora sua esposa diziam que ela não hesitaria em cumprir a promessa de esfaquear a criança assim que ele abrisse a boca. A lâmina estava muito perto do pescoço de Sofia. E, Deus o livrasse daquilo, ele preferiria ter aquela faca transpassando sua própria carne a vê-la tirar uma gota de sangue da menina.

Nunca tinha rezado com tanta vontade como rezava o Pai Nosso mentalmente agora. Era tudo o que podia fazer, enquanto olhava Jaqueline (ou a pessoa que ela tinha se tornado) levar lentamente sua filha para perto do fogão onde, assim como naquele outro dia de horror, estava um caldeirão de alumínio cheio de água fervente. Ela permitia que ele ficasse a uma distância segura, porque, segundo ela, ele deveria assistir a tudo.

— Agora, ó Sinhô, terás a tua vitória! Terás a tua vingança! E esse pecador vai ver que teu nome é grandiosíssimo! Vai ver que teu nome é o maior que as altura da terra! Vai ver que acima de ti não há... Aaaaaiiihhhhh! Sangue de Cristo tem poder! — Gritou a coisa-Jaqueline, e soltou a peixeira e a criança no chão.

Enquanto ela falava e se empolgava com o que dizia, Sofia abriu os olhos e cravou os dentes na mão que a segurava.

— Corre, papai! — Disse Sofia e correu em direção ao pai.

Mas Abel voou para o caldeirão, pôs suas mãos sobre as alças laterais no exato momento em que Jaqueline fez o mesmo.

— Dessa vez não. — Disse ele. — As alças estavam perigosamente quentes, mas ele mal sentia a dor.

— Corra, vá chamar alguém! — Gritou para a filha, que tinha parado para assistir a cena, sem reação.

A menina foi, mas a ajuda não veio no tempo esperado.

— Solte, pecador, sooolte, é a vontade do Sinhô, você não pode impedir! Vai ser que nem em Sodoma e Gomorra!

Abel já estava quase sem forças. Olhou profundamente nos olhos da mulher que amava e a única coisa que viu ali foi vazio e loucura. Sentia como se suas mãos estivessem em chamas, e o desespero em seu coração ardia ainda mais.

Abel virou o caldeirão sobre Jaqueline, soltando um gritou de dor.

— Você não pode impediiiii — Berrou ela, quando a água desceu sobre sua cabeça, deixando seu rosto uma confusão de pele, carne e cabelo soltos.

Foram suas últimas palavras.

— Posso sim. — Disse Abel. E começou a chorar, abraçando e beijando o corpo sem vida de sua esposa.

3

Abel voltava do enterro de Jaqueline sentado na parte traseira do carro de Sérgio, com Sofia no colo. Sentia como se tivesse chorado a cota de lágrimas de toda sua vida. Aparentemente, sua filha sentia o mesmo. Após um longo tempo em silencio, a menina falou:

— Não era mainha. Ela já tinha ido embora.

O pai inclinou-se para ouvir melhor.

— O quê, meu amor?

— Não era ela, papai, por isso que eu mordi.

Sofia abraçou o pai, apertando sua cabeça contra o peito dele.

Abel encostou a face no topo da cabeça da filha e respirou fundo, sentindo o perfume nos cabelos dela, sem dizer uma palavra. Sua mente parecia um filme mudo em preto e branco com todas as boas memórias de sua vida com Jaqueline.

— Mas falei com ela... quando eu tava dormindo... — continuou a menina.

— Foi? — O pai levantou a cabeça, como se ele despertasse de um sono.

— Disse que nunca vai me deixar. Que vai tá para sempre aqui. — Sofia apontou para seu pequeno tórax. Onde imaginava que ficava o coração — E aqui. — E apontou também para o peito do pai.

Abel suspirou. Enxugou as lágrimas que não voltavam a cair e disse:

— É verdade, meu amor. É verdade.

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Davyson F Santos
Enviado por Davyson F Santos em 25/10/2021
Reeditado em 25/10/2021
Código do texto: T7371435
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