Conto Adélia

Conto Adélia

Conheci Adélia em um bar.

Me convidou para sua casa,

onde iríamos assistir a uma série,

e tomar um café,

a TV olhar.

Minha grande chance de mostrar a ela meus dotes culinários,

uma Pizza lhe fazendo.

Lá chegando, entramos em uma casa muito grande,

muitos móveis em cada cômodo...

O pó reinava pela casa, parecendo precisar de uma boa limpeza,

senti um certo incômodo...

No ambiente anexo a cozinha,

um grande cheiro de incenso,

vindo de um altar,

com estranhos amuletos....

Um deles me chamou atenção em especial,

parecia ser um diabo vermelho,

vestindo uma capa e uma coroa,

ao lado de esqueletos...

Numa mesinha um boneco,

que parecia um homem, traspassado por um pequeno espeto,

bem na altura do coração....

Na cozinha uma decoração esquisita,

Visto que havia um caldeirão....

Fervendo com um líquido de cheiro esquisito...

Rapidamente,

os ingredientes para fazer a pizza requisito....

Mas ela disse tome antes este chá,

que deixei para nós pronto...

Ele é bom para várias coisas e o principal é afrodisíaco,

nem te conto...

Tomei,

ela me mostra um pêndulo interessante que vai e vem

vai e vem

um tanto me amedronto...

É última coisa que me lembro....

Acordei nu no jardim de Adélia,

em pleno 14 de setembro....

Sem ter a mínima idéia que ocorrera...

Vi roupas no varal do vizinho,

peguei uma camisa e uma cueca,

entrei em rápida carrera....

Me dirigi a casa,

a porta estava aberta,

entrei...

Lá havia uma velha senhora,

de perto dos seus oitenta anos,

estranhei....

--- Você viu Adélia por aí ?....

--- Quem ? Você está querendo brincar comigo ?

Eu espantado disse:

--- Por que ?

--- Existiu uma Adélia aqui,

mas a duzentos anos atrás,

vem comigo....

--- Esta é a foto dela,

amigo...

Olhei para a foto na parede,

em um quadro antigo e era ela,

gelei...

--- Como isto é possível ?

--- A cada cinquenta anos na sexta-feira 13,

que foi ontem,

dizem que ela volta para fazer amor com um homem,

e dar o herdeiro do demônio,

é o que sei....

Eu assustado sai correndo,

e nunca nem mais perto daquela casa,

irei passar...

O que ocorreu naquela noite ?

Talvez nunca venha a saber,

só imaginar...

@Carlos Alberto Mancin

18/08/2021