OCRE 9 IND 16 ANOS

Giovana vem até ele e entrega uma sacola com peixes, Cícero a olha curioso.

- Prepare para a gente, compadre.

- Sim, com todo prazer.

- Estava falando com a comadre o quanto o senhor sabe fazer um bom peixe.

- Obrigado, fico feliz que ainda pensa assim.

- Sim.

Cícero lava os peixes e já inicia os preparos para o prato.

Priscila chega da escola e vê a mãe na costura enquanto Giovana faz um cachecol de tricot para ela.

- Nossa que lindo vó.

- É para você, que bom que gostou.

- Nossa, muito lindo mesmo.

- Obrigada querida.

Selma olha para as duas e sorri, olha para Cícero que mostra as panelas no fogo.

Todos comem muito bem o peixe cozido ao molho com legumes e espeiciarias, arroz com açafrão, polenta grossa e feijão de corda.

Giovana sente o corpo mole de tanto comer, Selma lava toda a louça junto de Priscila.

Giovana procura o quarto e logo adormece e Priscila vai também para seu quarto, Selma segue para a costura.

- Não vai dizer que eu dopei as duas?

- Sei que não o fez, elas que encehram demais o estomago.

- Que bom, ainda tens bom senso.

- Olhe, sabemos muito bem como vai terminar isso tudo.

- Só espero que se demore tanto, afinal sua valia esta em prazo de término.

Ela sai dali da máquina de costura e vai até ele.

- O que diz?

- Sua compra do quartinho.

- Deixe que eu cuido do que me pertence.

- É estranho estarmos aqui neste lugar tão formal.

- Aonde quer chegar?

- O que pretende fazer, terá de ser logo.

- Sei de minhas capacidades e você nunca se meta em meus problemas.

- Até por que seus problemas são todos eu.

- Acho que esta dando muito valor ao pote, no caso você.

- Quem sabe. Cícero sai da sala e Selma o acompanha com os olhos, ele entra em seu quarto, logo ela ouve um barulho, Giovana acordara e vai ao banheiro.

060721..…

Giovana se despede de todos sempre com o olhar em Cícero.

- Muito obrigada por ter vindo.

- Oras, sou sua comadre e a vó desta lindeza.

- Obrigada vó.

- Oh querida, olhe como é linda, não é Cícero?

- Sim, comadre.

Giovana torna a olha-lo com ar de curiosidade.

- Comporte-se, não quero saber de problemas.

- Com certeza será tudo que farei, me comportar.

Giovana entra no táxi e logo o veiculo some na rua, Selma entra na casa seguida de Priscila, Cícero fica ali na calçada e ouve um barulho vindo de dentro da casa, ele vai para a casa e ao entrar na sala recebe um choque com a arma que Selma ganhara.

- Ficou louca.

- Que comece os jogos.

- O quê?

Outro choque e ele apaga, minutos depois ele abre os olhos e esta numa cadeira amarrado, agora ali Selma e Priscila olham para ele e ficam a andar pela casa.

- Então é isso, o que planejou?

- Nada de tão especial assim.

- Quando?

- Quando o quê?

- Quando vão usar o presente que esta naquele quartinho?

- Aquilo, olha como ele é curioso.

- Tenho de ser, afinal sou a vitima aqui.

- Você pode ser o que quiser menos vítima.

- O que quer dizer?

- Cale a boca.

- Vamos diga o que quer dizer?

- Cale a maldita boca.

Selma lhe dá um soco no rosto e Cícero sorri ao recebe-lo, Priscila encosta a arma elétrica na perna do homem e dispara, outro choque e ele grita ali em dor.

- Gostou velho sacana?

- Sua louca.

- Sou.

Outro choque e ele desmaia, Selma olha para a filha que entende a situação, as duas seguem para o quarto.

Já anoitecera quando Cícero acorda e vê a casa cheia de velas.

- Não pagaram a conta de luz novamente?

As duas riem daquilo enquanto Selma troca de roupa ali na frente dele, Priscila vem com um prato de sopa para ele.

- Hora de comer, velho.

- Não estou com fome.

- Pouco me importo.

A garota derruba aquele prato no colo do homem que grita de dor, Selma lhe dá outro soco e passa fita adesiva na boca dele.

Agora Cícero desespera ao ver na mão de Priscila um serrote.

- Podemos começar mamãe?

- Lógico querida.

Priscila vai até o homem e passa o serrote em partes do corpo dele de leve mais causando agonia e dor.

- Pronto, ele já esta pronto.

Os atos de torturas continuam com choques, golpes, e alguns furos leves de facas pelo corpo feitos por Selma e sob supervisão da filha.

Até que o alarme do relógio da parede dispara e Selma o desliga.

- Pronto, já podemos ir para o segundo tempo.

Elas saem dali, Cícero usa este espaço para tentar escapar dali, seu corpo todo ensanguentado, ele consegue soltar uma mão e logo as duas, ele desamarra uma perna e quando tenta soltar a segunda ouve passos, ele retorna as mãos a posição e fica ali se debatendo.

- O que foi garotão, quer sair daqui?

Selma vai até ele e lhe tira a fita num só puxo fazendo ele gritar ali de dor.

- Acho que já podemos ir, filha.

- Sim mãe.

Cícero sente um forte odor de combustível e percebe que fora jogado gasolina por ali, Selma risca o fósforo e joga no tapete encharcado este inicia-se a pegar fogo, Cícero sai da cadeira e avança na mulher que cai, eles entram em luta corporal ali, Priscila se desespera e pega uma faca cravando nas costas do homem, elas saem dali deixando ele no chão em dor.

A casa é toda tomada pelo fogo, Selma e Priscila saem numa moto para fora da cidade, bombeiros e policia são acionados.

Cinco meses depois, Giovana ali a olhar as fotos da neta e da comadre, fotos essas que ela tirara quando esteve pela última vez na casa.

- Olha só, eu falei, eu nunca confiaria num homem como Cícero.

- Amor, vamos, esta na hora.

- Sim.

É domingo e o casal segue para a capela rural na missa, onde o padre ao final faz um celebração especial em memória de Selma e Priscila.

De volta a fazenda o marido de Giovana no volante olha para ela.

- Amor, você não achou estranho não terem encontrado o corpo do seu compadre?

- Aquele canalha, com certeza fugiu.

- Mais o delegado e todos os outros oficiais disseram que ali era impossível salvar alguém.

- Você não conhece o traste, aquele nem o diabo o quer.

- Cruzes, ele é tão ruim assim?

- Ele é muito é esperto, mal, esperto.

- Você não gostava dele mesmo.

- Sempre o tive como um traste e é isso que ele é.

O veiculo segue para a fazenda.

Fronteira Brasil - Argentina, numa pousada de luxo, Selma e a filha andam á cavalo e aproveitam de todo o serviço do lugar.

- Mais suco madame?

- Claro, obrigado.

- Sim madame.

O garçom serve as duas que sorri para ele, terminado o passeio elas se deliciam na piscina com água aquecida.

- Que lugar maravilhoso mãe.

- Olhe, agora somos primas.

- Sim, primas.

- Fernanda.

- Karen.

As duas riem daquilo.

- Será que aquilo acabou?

- Quer dizer, do Cícero?

- Sim, ele morreu mesmo?

- Tenho comigo que não.

- Como?

- Ele é muito inteligente com certeza tinha seu plano.

- Será.

- Acredite, ele é um rato em todos os sentidos.

- E a madrinha?

- A Giovana deve estar chorando a falta da neta.

- Ela até que é legal.

- Agora é passado.

- Sim, prima.

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ricofog e IONE AZ
Enviado por ricofog em 13/07/2021
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