OCRE 6 IND 16 ANOS

Uma tempestade se forma no céu.

- Meu deus, olhe Cícero como o tempo virou de uma vez.

- Verdade.

Selma se preocupa com Priscila que ainda não chegara da rua, fora o pedido da mãe comprar aviamentos e alguns produtos para a confeitaria e os salgados.

Selma tira da gaveta do gabinete de sua máquina de costura um terço de plástico e inicia uma reza solitária, Cícero se aproxima e reza com ela, minutos depois a menina entra na casa.

- Filha.

- Mãe, o que houve, por que esta assim?

- Como, filha, olhe o tempo, vai cair o mundo em água.

- Cruzes, eu hein, vai ser só uma chuvinha boba.

- Pode até ser mais sabe que eu me preocupo.

A garota olha para a mãe que lhe sorri, Cícero se aproxima dela.

- Olhe, quando for preciso comprar qualquer coisa, deixe que eu o faço.

- Não senhor, eu gosto de ir, sair um pouco, sabe, só escola e casa, é um saco.

Selma tosse e olha para a filha que se desculpa com Cícero, elas vão para a cozinha e ele liga o som, ouve uma música da FM local enquanto Selma guarda os produtos no armário, Priscila sai da cozinha e passa por ele ali no sofá, ela umedece os lábios e lhe dá uma piscadela.

Cícero por sua vez nem a olha direito e fecha os olhos, Selma termina de guardar as coisas e vai para a sala.

- Como ainda esta cedo, vou terminar uma blusa que tenho de entregar, depois farei a janta.

- Tudo bem. Ele a olha com certo carinho, Selma fica a olha-lo quando Priscila surge no corredor enrolada na toalha.

- Mãe, cadê o shampoo?

- O que é isso filha, o Cícero esta aqui vai para o banho, eu já levo.

A garota entra no banheiro, Cícero desliga o som e segue para seu quarto.

- Me desculpe Cícero.

- Não foi nada, vou descansar um pouco.

- Tudo bem.

O homem entra em seu quarto, Priscila surge no corredor e Selma a olha, ambas ensaiam um leve sorriso.

No quarto, Cícero se deita e logo é tomado por uma forte dor de cabeça, ele sente tanta dor que faz entrar numa espécie de transe, ele perdera alguns de seus poderes espirituais depois que se debruçou a fazer mau uso de seu conhecimento com ervas e de fazer maldade para com Elisabeth.

Agora ele se vê ali num tipo de deserto que aos poucos vão surgindo árvores e logo se torna uma densa mata, nesta surge rios e em meio a uma pedreira ele vê uma luz que se torna tão forte quanto a luz solar, logo a radiação diminui e ali em meio a água e pedras, 4 caciques cercados por índios e índias, ele se dobra diante deles e uma jovem índia vem a ele e lhe entrega um bolsão feito de couro e cipó, ele pega e o abre neste um anel e uma pedra, ele coloca o anel e a pedra leva a frente dos olhos, ele tem um súbito e desmaia, nisso ele acorda um tanto assustado.

Momentos depois, ele sente seu corpo relaxar e outros pensamentos lhe invadem a mente.

240621…...

Cícero acorda bem cedo, toma banho, faz a barba e prepara o café.

Momentos depois, Selma e Priscila acordam, ele toma café com elas, a menina não fora a escola devido ter dentista marcado, Selma e a filha se arrumam e saem, minutos depois Cícero sai de seu quarto e entra no de Selma, o homem procura por algo em todo canto daquele lugar, mexe nas gavetas, armário de roupas e nada e quando esta por desistir sente algo, tipo um som oco no piso, ele se abaixa e retira um piso solto, uma espécie de cofre esta por baixo, ele percebe que este não fora trancado devidamente, ele o abre e ali dezenas cartas, revistas, jóias, medicamentos, ervas e alguns objetos que o deixa boquiaberto.

- Então temos uns segredinhos por aqui também? Ele guarda tudo e deixa o cofre do jeito que achara e sai, segue para a cozinha e prepara um chá, retorna para o seu quarto e tempos depois elas chegam.

- Olá.

- Oi Cícero, ainda esta acordado, pensei que fosse querer dormir um pouco, faz bem.

- Obrigado, mais me sinto muito bem, tanto que até preparei este chá para a gente.

- Como?

- Vamos beber, esta delicioso.

As duas se olham e ele se serve do chá e já vai tomando um bom gole, logo elas também o bebe, Selma olha para a filha e agradece ao chá para Cícero, minutos depois ambas caem no sono.

Cícero aproveita que elas adormeceram e vasculha toda a casa, encontra outros medicamentos, ele então decide por averiguar a dentição da garota, nisso Selma vai retornando do sono e vê o homem ali a mexer na boca da filha.

- Cícero o que esta fazendo com a minha filha?

Ele se vira para e aperta um spray que faz Selma dormir novamente.

Quando elas acordam sentem um cheiro de assado, Cícero preparara o jantar, frango assado, arroz, legumes.

- Nossa, quanto tempo dormimos?

- Sério, vocês estavam com muito sono, bem cansadas, eu resolvi deixa-las descansar em paz, preparei a janta.

- Obrigado.

Selma ajuda a filha que anda um tanto cambaleando até o quarto, logo elas retornam e todos jantam, Cícero oferece um suco de uva para elas, mais elas não aceitam, terminado a janta ele liga a TV e todos ali na sala assistem ao jornal, logo Selma e Priscila dão sinal de sono e vão para o quarto.

- Cícero.

- O quê Selma?

- O que colocou na comida?

- Temperos, alho, sal, amor.

- Seu cafajeste.

- Dorme querida, durma com os anjos.

Giovana decide por ir para a cidade e o patrão de seu marido a leva pela manhã.

Selma acorda e sente dor no corpo, só então se dá conta que esta amarrada junto de sua filha que ainda esta dormindo.

280621…..

ricofog e IONE AZ
Enviado por ricofog em 02/07/2021
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