Marta não fuma
Marta fora chamada por uma advogada, finalmente chegará o dia que ela tanto temia.
Marta contava já trina e nove anos e até seu vinte viverá com sua mae adotiva, o pouco que sabia de seus pais era que sua mãe morrerá no parto e seu pai era um magnate dono de muitas minas de carvão mineral usado na indústria e na produção de energia.
Depois de tantos anos sendo ignorada por seu pai vinha agora essa mulher e do nada pedia pra acompanhá-la , ela dize que não estava interesada em nada que viesse daquele homem que nunca á tinha procurado antes, mais a mulher insistiu pois ele se encontrava mal no leito de morte e pedira para falar com ela.
Raquel advogava para o magnate á muitos anos portanto conhecia bem a história da filha do seu jefe, mais sempre manterá a discrição a pedido do mesmo, era uma profissional eficiente, mais também interesseira e manipulava quem precisasse para ter seus objetivos alcançados.
Seu Jeferson contava já com setena anos e estava com câncer de pulmão em estado terminal sendo atendido em casa, uma grande mansão onde morava com seus criados equipe de enfermagem e sua advogada que sempre fora sua mão direita.
Depois de um bom tempo dirigindo chegaram num grande portão de ferro, Raquel desceu do carro e com dificuldade conseguirá abri-lo, aquela mulher não causará boa impressão á Marta, seu olhar penetrante tinha algo de estranho e sofria de algum tipo de desequilíbrio que ainda não conseguia identificar, além de fumar constantemente, já lhe oferecerá cigarro pelo menos umas três vezes naquele dia , aquela altura já estava começando a ter medo daquela mulher.
Entraram no saguão, depois sentaram numa sala de espera , a mansão era grande mais também sombria, lembrava uma mistura de arquitetura vitoriana com partes góticas e era muito antiga , Marta nao podia acreditar que seu pai morava á tantos anos naquela casa sozinho.
Passaram alguns minutos o ar era denso e tinha algo que oprimia seu coração, talvez fosse aquele olhar constante da advogada havia algo nele que a deixava nervosa, então o criado chamará por ela
Entraram e o velho fora avisado da chegada de sua única filha, havia uma tensão no ar, algo sufocante e a sensação de coisas nefastas e mal resolvidas, quando Marta se dispunha a entrar o criado rispidamente barrou o acesso de Raquel ao recinto deixando-a sem jeito e com um brilho de ódio contido .
Seu Jeferson se tornara um velho decrépito, extremamente magro usava máscara e cilindro de oxigênio para respirar, a cena era patética mais também perturbadora ela não queria estar ali, o velho a olhou fixamente por alguna segundos depois fez sinal para ela se aproximar.
Ele mal conseguia susurrar algumas palavras, pegou na sua mão firmemente e tentou falar... "por favor saia cuidado ela..." Seu pai acabara de morrer nos seus braços sem mesmo conseguir falar coisa com coisa e nem mesmo pedir perdão por deixá-la para traz á tantos anos.
Marta nao podia mais ficar ali mais quando quis ir embora o criado que ficará ali a segurou dizendo que tinha ordens diretas de entregar uma fita que ela deveria olhar na sala restrita de vídeos da casa, isso fazia parte do pedido direto de seu Jeferson para a filha herdar sua fortuna.
Havia algo de estranho nisso tudo, primeiro se tinha uma advogada porque era o criado o encarregado de falar estás recomendações do seu pai ?
Ela não queria ver nada, queria apenas ir embora e deixar aquilo tudo para traz de uma vez por todas mais por outro lado sentia que aquela fita de vídeo traria esclarecimentos sobre uma vida que ela nunca teve.
Foi levada até a sala de projeção pelo criado mais notara que Raquel já não se encontrava na casa ou pelo menos naquela parte.
Agora que estava naquela sala escura sozinha sintia uma mistura de medo e angustia que nunca antes experimentara. O projetor ligara aparecendo em seguida um filme gravado em oito milímetros bastante entrecortado .
Aparecia uma cena de família, conseguia distinguir o pai dela com no máximo trinta e poucos anos sentado numa cadeira no jardim, a cena não tinha áudio o que a deixava ainda mais angustiante, do lado estava uma moça de no máximo vinte anos e perceberá que era sua mãe pois tinha algumas fotos dela em casa.
Em dado momento sua mãe se retira e segundos depois aparece uma mulher magra e oferece cigarro pro seu pai se agacha e o beija olhando para os lados com algo de receio, nesse momento Raquel gela e percebe que aquela mulher era Raquel !!! a advogada, a esa altura senté náuseas e muita raiva.
Mais o que a deixou perplexa e apavorada foi ver uma criança de uma três anos no colo de sua mãe que aparecia enseguida num outro ambiente da casa, era como se alguém filmasse aquilo com intenção de mostrar o que acontecia, então perceberá tudo, a criança era ela !!! Ou seja sua mãe não morrera no parto.
Enquanto se recuperava de tudo aquilo sentiu uma precença na sala ,olhou para traz e percebeu que havia alguém mais com ela escondida na escuridão da sala.
Então Raquel se fez notar, caminhou alguns passos na sua direção e com voz carregada de ódio e ironia oferecia-lhe cigarro mais uma vez, e começara a rir de uma forma sarcástica e pavorosa, Marta então responde novamente , não fumo obrigada, como já tinha feito várias vezes naquele dia.
A cena a seguir fora terrível , calmamente Raquel explica que na verdade era ela sua mãe, e que seu pai jamais aceitara sua gravidez pois amava sua esposa e você nada mais era que o fruto do erro de apenas uma noite, e depois de matar a esposa do seu pai enviará você para ser criada como órfã.
Seu pai nunca entendeu como sua esposa morrerá subitamente e tão nova isso o destruira por completo fazendo com que Raquel se tornasse uma espécie de precença desagradável na sua vida, mais da qual não conseguiria mais se livrar .
Marta queria fugir dali, sumir de uma vez pois sabia que aquela mulher mesmo sendo sua mãe era muito perigosa, agora que somos nós duas precisamos finalmente acabar com isto de uma vez , dizia a mulher visivelmente descontrolada, você Marta foi meu azar se nao fosse você eu teria tido uma vida plena com seu pai, mais você sempre foi a desculpa pra ele me culpar de todas as desgraças.
Eu o matei oferecendo cigarros continuamente por mais de trinta anos, o matei devagar todos os dias, e todos esses dias ele quis saber onde você estava, Raquel apontou uma arma que Marta nao tinha visto no escuro, e quando ia atirar escutou um barulho forte vindo de trás, o criado atirara antes e atravesará seu coração, enseguida pediu que terminara de olhar o filme.
Marta achou aquilo estranho mais já não tinha nada a perder, então sentou novamente e o filme recomeçou, em dado momento a pessoa que filmava deixa a câmera num balcão porém a câmera continua filmando, um homem magro e desajeitado se dirije á Raquel , a toma en seus braços e a beija, então percebe que o homem era o criado, olha para traz ainda sem acreditar no que vira e vê o criado rir,
Então ele oferece um cigarro e ela diz não fumo obrigada.