OCRE 3 IND 16 ANOS
Oito meses após o nascimento de Priscila, Selma ali a lavar as roupinhas do bebê, Cícero em nenhum momento pegara a criança no colo ou ajudara a mulher ali.
Após estender as roupas, ela segue para a cozinha e inicia o preparo do almoço quando Cícero entra ali.
- Daqui uma semana, a Elisabeth vai vir morar comigo.
- Aqui?
- E onde mais?
- Mais…….
- Fique tranquila, não sou este tipo de monstro, vou alugar um quartinho pra você e essa criança na cidade.
- Esta certo, obrigado.
- É bom que saiba, não sou e nem tenho qualquer obrigação para com você e sua filha.
- Eu sei, muito obrigado por me ajudar.
- Então tá.
- Eu já falei com a esposa do gerente, ela vai me arrumar um trabalho na casa dos patrões na cidade.
- Bom pra você.
- Obrigada.
- Selma.
- Sim.
- Em nenhum momento você pensaou em tirar essa criança?
- Sim, em muitos, mais eu soube que tudo era e é um sinal para que ocorra uma mudança interior em mim.
- Que bom que tem pensado desse jeito, espero de coração que sua vida melhore sempre mais.
- Obrigada. Cícero sai dali e minutos depois ela já com a comida adiantada senta á mesa e desaba num choro.
A mudança ocorre de forma rápida, com pouquissimas coisas que recebera de doações dos colonos, Selma segue para a cidade numa rural verde que leva suas coisas.
Na cidade ela consegue vaga para a nenê na creche.
Inicia o serviço na casa de Eleonor e Nicanor, os donos da fazenda.
Selma lava, passa, limpa a casa, ficando a cozinha e o cuido das crianças do casal por conta de outras 3 funcionárias.
A vida vai seguindo e ela junto, a noite no cuido e carinho com a filha, 4 meses depois, ela já comprara alguns móveis e ganhara outros da patroa que se simpatizara de cara com ela.
Porém, logo o patrão também começou a ve-la com os olhos da cobiça e do desejo.
Selma sempre chegando no horário e fazendo suas tarefas de acordo com o ordenado por Eleonor, porém em alguns momentos ficava sozinha em algum ambiente, tinha a surpresa um tanto desconfortável de Nicanor.
- Só um beijo, vai.
- Seu Nicanor, me respeite.
- O que é, sou seu patrão, posso te mandar embora.
- Por favor sr.
- É sério, ou faz ou te coloco na rua.
Selma foi contornando a situação por meses, cansada e sujeita a perder o emprego ela cede ao patrão num quarto de hotel barato, dois meses depois ela é demitida por Eleonor sem qualquer explicação.
A procura por trabalho, ela bate de porta em porta e nada, até parar num bar e parada de ônibus.
- Esta com sorte, preciso de uma cozinheira urgente.
- Sério?
- Sim, quando você pode vir?
- Já estou aqui moço, agora.
- Pronto, gostei.
Selma passa para dentro do balcão e minutos depois já esta soltando marmitas e salgados que são vendidos por Josias, o dono do bar, 44 anos, divorciado.
Três meses depois, Selma aceita morar com ele e inicia-se uma nova fase em sua vida.
060621...