Amor e repressão

Mais um dia desanimado, desalentado e com fome acordou Martinez com aquele fedor de esgoto a céu aberto ao redor das palafitas. Hoje o mangue não está pra caranguejo. Infelizmente, vem em sua mente partir pro ferro velho, mas ainda lhe faltam 667 latinhas pra conseguir 50, 1415 bolívares venezuelanos que no Brasil equivale apenas 28 reais.

Bom, isso não dá nem pra comprar um queijo pra comer com pão.

Só que Martinez é um homem honesto e esforçado, segue sempre uma rotina desumana em troca de um simples prato de comida ele está sujeito a tudo.

Lá estava ele debaixo do sol carregando sua carroça cheia de latas, papelões e plásticos e um pouco de tudo que era reciclável. Num calor infernal do meio dia aparece uma garota correndo com uma sacola na mão com uma suposta carne, ela estava fugindo dos policiais, pois havia furtado de uma mercearia. E ela avista Martinez com sua carroça e não pensou duas vezes e abordou ele.

_ posso ficar escondida na sua carroça? Acabei de roubar essas carnes preciso fugir pra alimentar minha avó e meus irmãos. Por favor me ajuda!!!

_ vamos, entre logo!!! Eu estou indo ao ferro velho, daqui pra lá eles já tem cansado de procurar. Respondeu Martinez com um sorriso envergonhando.

E aí eles encerram o diálogo enquanto estão a caminho.

*No ferro velho*

_ Eu acho que aqui tem 10kg Ramires, não é possível!

Tô acabado demais por hoje

Disse Martinez fatigado.

E Ramirez responde

_ Tá aqui sua bufunfa!

Ora, quem é essa?

_ É a minha a sobrinha, viemos junto pra fazer uma comprinha.

Nessa hora Martinez já havia ficado pálido, mas nada anormal pelo cansaço e o trabalho precário que fazia era de se esperar isso, então ele seguiu seu rumo.

E depois num lugar que aparentava estar mais calmo ele voltou seu diálogo com essa garota misteriosa.

_ Veix, isso aqui só dá pro jantar graça a Deus, amanhã outra luta. Disse Martinez

_ ah perdão não ter me apresentado, sou Angeline.

Acho que posso te ajudar, essa carne será o suficiente.

_ sério? Moça ? Mas e seus familiares?

Angeline fica pálida, olha pro chão e responde:

_ eu menti sobre isso.. meus pais morreram num protesto.. aqueles malditos militares apenas matam seus semelhantes sem dó.

_ eles sempre obedecem a ordem desse governo autoritário. Eu parei de lutar, não vejo mais motivos. Só procuro comida pra matar a fome, trabalho apenas pra isso.

_ aí, e só de pensar que há 10 anos atrás tinha uma vida de princesa, mas aí veio crises e mais crises na verdade não entendo nada como isso aconteceu. Meu pai foi expulso do trabalho, daí ficamos sem rendas, ele passou a ir às ruas lutar pela volta dos direitos de trabalho, essas coisas de política sabe.

Martinez - eu também cheguei a perder meu emprego, trabalhava no exército, mas depois que Chávez ficou muitos anos no poder, eu não me sentia mais vontade de servir a pátria, tinha que reprimir o povo que passa pelas mesma necessidades que eu. _ respondeu Martinez totalmente cabisbaixo

_ Sou muito jovem, mas estou totalmente desacreditada já. Onde você mora? Vamos fazer um guisado com essa carne _ propôs ela.

_ você tem um coração muito nobre moça.

Nossos irmãos venezuelanos estão matando uns aos outros por comida, por dinheiro, por poder.

_ Isso é mínino que eu devo fazer, você me fez um grande favor. Eu vivo sem rumo, não tenho local fixo pra comer, dormir essas coisas. Detesto roubar, ma..

_ Ora, já virou até comum isso, só que é muito perigoso a chance de levar chumbo é grande haha - interrompeu ele.

_ Fico admirada com sua humilde sensatez. Eu já me corrompi infelizmente!

_ Angeline, eu só cato latinhas porque a última vez que roubei uma cesta de frutas levei um tiro no pé!

_ Minha nossa! Esse sistema é um vampiro, um dia quero saber estudar as leis.

_ E quem sabe seja uma boa governante. Você é corajosa, garota!

_ Meu caro, a necessidade causa a disposição pra tudo.

_ Realmente! Eu vou ali na venda comprar umas verduras pra gente fazer esse cozido.

_ Vai lá que irei cortando a carne. Cuidado!

As horas se passavam e Angeline ficou preocupada porque Martinez estava demorando tanto, na cabeça dela poderia estar acontecendo duas coisas: ou levou um tiro, uma bala de borracha ou estava na fila de espera pra comprar alguns alimentos.

3 horas depois Martinez chega sem sacolas e aborrecido.

Angeline vai pra cima dele e pergunta _ o que aconteceu meu bem ?

_ aquela maldita fila passei uma hora e meia na espera pra ser roubado logo em seguida. -Respondeu enfurecido.

_ Esses ladrãozinho maltrapilho!! Bom, eles são gente da gente.

Martinez:

_ vamos nos contentar com o que tem! Aprontou assim mesmo?

_ Sim é verdade! Fiz sim, sem legumes mas tudo bem. Tá tudo bem, relaxa!

_ Eu to cansado de toda essa repressão, de todos os dias ficar me humilhando. Correndo risco de ser roubado ou torturado por qualquer militar idiota.

Angeline também inconformada indagou:

_ Não esquenta com isso, o que acha de um dia escapar pela fronteira ?

_ você está disposta a se arriscar valendo mesmo nessa, né? Pois pode ser um caminho sem volta. _ Disse Martinez estupefato.

Angeline tinha muito com ela uma bravura heróica e anarquista, de vez em quando sempre que pudia estava lendo e relendo um livro de Vinícius Barbosa intitulado "A Revolução Brasileira", queria dominar uma narrativa pra que um dia pudesse derrubar a ditadura de Maduro.

Contudo tinha mais era que lidar com sua realidade precária sem água por conta do racionamento nas barragens com isso limitava suas necessidades mais básicas, no geral a alimentação estava garantida pelo vício de Angeline de ir cedo a feira e sair furtando tudo que vira das barracas.

Mas isso aborrecia muito Martinez que temia que ela fosse pega por algum militar mesmo passando tais necessidades preferia uma vida simples e honesta.

Certo dia ele sofrera um acidente, cortou o dedão do pé enquanto voltava com sua carroça e ela em falso,um de seus suporte de ferro atingiu em cheio seu pé. Nisso passou vários dias sem forças para trabalhar e foi aí que percebeu como era gratificante ter encontrado Angeline.

E sempre questionava :

*Por que ela está fazendo isso por mim?*

E todo dia chegava Angeline com medicamentos e ela mesmo dava uma de enfermeira, com todo cuidado e carinho olhava nos olhos de Martinez e instigava ele a se reanimar.

_ Vamos Martinez! Força, força nesse pé que em breve vamos nos aventurar naquelas estradas, viver uma vida de guerrilheiros! Você e eu como Lampião e Maria bonita haha!

Martinez responde alegremente:

_ Então seremos o novo cangaço? Você e suas invenções revolucionárias!

_ Por que não acredita? Você é um homem forte, jovem, está com saúde, sério mesmo que vai continuar nessa sarjeta?

_ Não! É que não tem outro jeito aqui na Venezuela, quem é o louco que vai enfrentar o líder ?

_ Será uma louca! E é justamente isso, querido. Não há mais soluções por aqui! É por isso que devemos atravessar a fronteira.

_ Mas como você pretende fazer isso ?

É perigoso passar pelo exército brasileiro.

_ Calma que está tudo arquitetado, no Brasil vem predominando uma milícia e o governo atual está colapsando sua economia, lá será apenas uma passagem, uma válvula de escape.

_ Eu fico impressionado com tamanha inteligência que você tem, e essa coragem? Um baita espírito de guerreira!

_ Meu bem, eu preciso de você pra ser mais forte! Isso não é dom, é dedicação. Vem comigo!

_ Sabe que já tô ficando interessado nessas ideias, qual é o plano ?

_ Você já deu o primeiro passo, o da insatisfação com o status quo..

_ O que é isso? Interrompeu Martinez.

_ Esses conflitos atuais que estamos passando. Enfim, temos uma boa quantidade de comida e temos poucos dias pra estudar como sair daqui.

Eu tenho mapa, sei onde consegui uma canoa e claro armas.

_ Armas?

_ Já viu alguma revolução com flores?

_ vamos só atravessar um rio.

_ Você é muito inocente, querido. Me fascina isso!

_ Eu sei atirar muito bem, viu?! Só prefiro evitar conflitos.

_ Eu sei meu anjo, mas é apenas por precaução.

Na guerra é tudo ou nada.

_ Sim senhora, capitã!

_ Acho melhor você descansar, eu vou revisar minhas lições. Bom sono, querido!

Angeline estava totalmente ciente do atual cenário político nos países vizinhos, ela cogitava Colômbia por ser um país mais próximo pro refúgio dos venezuelanos, mas sabia que tinha um controle de quantos refugiados poderiam adentrar naquele país e um que seria mais próximo é o Peru que também tem uma demanda crescente de refugiados. E ela tinha tudo arquitetado em seu diário que era preenchido com afinco todos os dias.

Na manhã seguinte os dois se acordam e Angeline comprimenta

_ Bom dia, meu querido! Como está se sentindo?

_ Bom dia, Angeline!

Estou me sentindo melhor.

_ Ótimo, ótimo ! Então fica aí repousando que eu vou ter que passar pela fronteira hoje.

_ Mas Angeline, o que você vai fazer ?

_ Calma, só vou buscar armamentos.

_ Sozinha? Não! Eu vou com você!

_ Tá bem, mas se for saiba que não sabemos se voltamos.

_ Eu estou preparado !!!

Martinez pega uma velha espiganda de sua velha e mofada gaveta.

_ Martinez, amei essa sua iniciativa, está tudo bem estruturado meu plano.

E já que você vem comigo, vamos dá nosso máximo!

_ E como vamos fazer isso, não tem como ir direto a Colômbia? Indagou Martinez.

_ É que a encomenda está na fronteira brasileira e pasme podemos ser presos pelo exército e serão um deles o fornecedor.

_ Eu ouvir dizer que lá em Roraima estão dando chumbo nos venezuelanos que se atrevem atravessar a fronteira.

Disse Martinez.

_ É por isso mesmo que vamos dar nosso máximo, não se foge da guerra. Nela é preciso matar ou morrer!

Murmurou Angeline.

A situação na fronteira brasileira era alarmante, devido a crise do novo coronavírus os venezuelanos passaram a emigrar em um número muito maior que o dos anos anteriores, contudo é o pior momento, pois no Brasil não há uma política humanitária nem pros brasileiros quem dirá para os venezuelanos, que o atual (des) governo mais detestam!

E pra deixar o presidente e cia mais aborrecidos, Maduro doou para Manaus cilindros de oxigênio.

Angeline abre o mapa e fala

_ vamos ter que passar por esse rio por cerca de 1 hora e meia, chegando lá vão tá uns cidadãos de bem nos esperando.

_ E como pretende sair do Amazonas? Indaga Martinez

_ Bom, temos umas reservas de comida e alguns trocados.

Tentaremos uma carona com caminhoneiros.

_ Vamos ver até onde suas loucuras vai! Disse ele.

Eles atravessam o Rio Amazonas, chegando lá Angeline se identifica e recebe as encomendas. Percebera que estava em uma vila e questiona os moradores onde pegar uma lotação pra chegar até Manaus. Demorou horas, pois os veículos teria que passar pela balsa. Aproveitaram esse tempo pra descansar durante essa viagem. Chegando na rodovia em que desceram, tiveram sorte por cercas de meia hora apareceu um caminhoneiro a caminho do Acre, Angeline sinaliza. Era o simpático caminhoneiro João, era careca, fisionomia na casa dos 40, uma barriguinha de cachaça e um sorriso amarelo sem o centroavante. Ele cedeu a corona.

_ Boa tarde, senhores! Os pombinho vão de viagem pra onde?

_ Queremos chegar no Acre. Você pode nos ajudar ?

_ Entrem aí!!! De onde vieram, pela cara dele vocês devem tá vindo da Venezuela né ?

_ Exatamente, senhor, estamos passando por una crise mucho esmagadora buscamos una vida melhor fora de lá.

_ Entendo bem irmãos, venho de lá de Teresina. As coisa tão braba, gás caro demais, só esse ano a gasosa aumentou umas seis vezes.

_ Minha nossa, se o Brasil continuar assim hein ficará como nosso país. Uma hiperinflação sem voltas!

Disse Angeline.

_ Nem me fale dona, nem me fale! Tô levando essa carga pra Rio Branco sem saber se volto.

Essas estradas estão cada vez mais perigosas.

_ Pois é, mal gestão política, crises e mais crises, isso só aumenta os crimes.

_ É verdade, dona. Olha estamos na avenida Sobral. Aqui está bom pra vocês ?

_ Está sim, vamos nos hospedar em qualquer pousada dessas. Muito obrigado pela ajuda, viu amigão?! Ganhou mais uma amiga de luta.

_ Não é nada rapaz! Muito tempo na estrada, é bom fazer amigos. E eles se despedem num posto de gasolina. Todos desejaram boa sorte.

Já na avenida Sobral, num posto de gasolina estavam Martinez e Angeline refletindo como iriam dar o primeiro passo para chegarem até o Peru. Martinez fatigado sentado ao chão e Angeline escorada na grande mala deles. Havia poucas pessoas trabalhando e poucos clientes chegavam pra abastecer. Era por volta das 21:39, Angeline percebera a calmaria e fala cuidadosamente a Martinez:

_ Vê bem! O primeiro carro que aparecer aqui iremos abordá-lo, serão nossos reféns.

_ Temos mesmo que agirmos como bandidos ? Diz Martinez sussurrando de raiva e nervoso.

_ É!! Mas é por uma boa causa, não vamos roubar pobres. Você quer lutar comigo ou não?

_ Por amor e contra a repressão, eu tô dentro!

Já era umas 22:13, parou uma Ranger Rover pra abastecer no posto. Angeline sinaliza pra Martinez e fala:

_ Saqueia tudo o que estiver no caixa, que eu vou estar te esperando dentro daquele carro. Logo !

E ela vai se aproximando do frentista já mostrando o revólver e dizendo "não faça barulho senão eu atiro, coloca tudo nessa minha bolsa"

Obviamente o frentista obedece, ela vagarosamente se aproxima do motorista do carro.

_ Fica calmo, se quiser viver terá que me obedecer!

_ Eu-eu ê-faço tudo por favor não me mate por favor !!!!

Responde o homem desesperadamente.

Ela dá um tapa na cara dele e diz pra ele não fazer escândalo.

_ Passa tudo, burguês safado. Quero todo seu dinheiro, me leve até sua casa. Se não fizer o que eu mando eu atiro em você agora!

_ Não por favor eu faço eu faço. Ele implora em lágrimas.

_ Isso não me comove, dirige essa porra até a entrada dessa loja. Sem dúvidas a ranger já estava na porta. Daí Angeline grita

" Martinez meu querido, sobe nessa porra, temos que ser ligeiros"

_Certo, minha guerrilheira! Só não sou acostumado em ser bandido. Retrucou Martinez.

_ Cala boca e sobe nesse carro logo. E você burguês safado leve logo em sua casa.

_ Certo moça, certo.

Chagando na residência em um bairro nobre do Rio Branco chamado Aragão, ela desce com a vítima do carro e deixa Martinez dando cobertura.

_ Olha, vou ser bem franca com você. Me diz onde tá a porra do cofre não quero demora e se tentar chamar polícia vou atirar em todo mundo dessa casa. Vamos tem pelo menos 5 mil guardados?

_ Eu tenho bem mais no banco, aqui em casa tem 6 mil e uns quebrados pra despesas e ..

_ Cala boca porra, tua vida pouco me importa. Me dar essa grana e sua conta bancária agora. Senha de pix, não importa! Dinheiro vale uma vida né? Pois é!

Ele dá todos seus dados em um papel, celulares e deixa disponível até o pix. Mais uma maleta em dinheiro vivo.

_ Vocês escaparam, tô com muita pressa senão amarraria tudinho. E sai depressa até o carro lá fora.

_ Vamos, Martinez!! Pisa pisa!!

_ Jesus, eu tô chocado!!! Sou um criminoso, velho.

Mas em compensação, muita grana pra gastar com você.

_ E fora o que vamos sacar, peguei a conta, repara aí se tem aqueles bancos 24h.

_ Nossaaa, vamos nadar em dinheiro mesmo.

_ Não podemos gastar tudo, né amor. Grande parte dessa grana vai pro fundo da revolução.

_ Revolução? Você pirou de vez, né ?

_ Sinceramente, você acha que eu viraria uma criminosa sem causas? Pela fé né Martinez, a máfia política domina tudo.

_ Isso é verdade!

_ E a única forma de combater essa ditadura é financiando uma revolução.

_ A diferença é que eles tiram e fazem pagar caro os que mais precisam, os pobres.

_ Justamente, só iremos tirar daqueles que menos pagam impostos. Minha revolta é contra essa burguesia.

E que Maduro seja um homem morto!!!

E eles seguem a viagem, parando em cada esquina que havia bancos 24h pra sacar, depois pega uma trajetória diretamente pra fronteira peruana. E já era deveras tarde.

_ Amor, toda essa adrenalina sabe o que me deu vontade?

Fazendo uma carinha saliente atiça Angeline.

_ Diga logo, minha Maria Bonita!

_ Nossa, eu quero te dar bem muito nesse carro burguês!!!!

_ Meu deus tu é uma mulher irresistível!!! E começa aquela pegação dentro do carro até altas horas ou melhor até ser interrompido por soldados peruanos...

_ Mas que pouca vergonha é essa? Por acaso essa estrada é motel?

_ Ah, perdão seu guarda! Muito tesão acumulado, sabe ?

_ Se fosse de dia pagariam uma multa feia.

_ Por favor, estamos fugindo da Venezuela!! Somos turistas, mas buscamos uma vida melhor no Peru!! Implorou Angeline.

Vocês tem autorização? Por favor, coloquem a máscara!

_ Desculpa, perdemos todos nossos documentos, perdi meus parentes pro covid. Estou desesperada saca?

_ Entendo, dona. Até posso ajudar, mas o que vocês podem fazer pra nos ajudar também?

_ 6 mil reais é tudo o que tenho, por favor me ajude!

_ Então tudo bem, me der esses 5, precisarão de um dinheirinho também.

_ Ah, obrigada! Muito obrigada, você é uma pessoa boa.

_ De nada, boa sorte, senhores!

E assim eles começam uma longa jornada no Peru, até acalmar os ânimos e consegui mobilizar venezuelanos e o povo latino nas redes sociais na luta contra o autoritarismo de Maduro. Pra isso eles precisam preservar sua imagem, Angeline vivia isolada no hotel desenvolvendo teorias políticas, militando e ganhando engajamento nas mídias sociais, enquanto Martinez fazia uns bicos na ranger rover roubada, sempre pagando suborno ou dando desculpas esfarrapadas pro carro não ser apreendido.

No geral, não passavam muito tempo em um hotel só, já estavam deixando suspeitas, Angeline estava louca pra retornar a Caracas, pois sua repercussão no Youtube aumentava a cada dia. E em quase toda América do Sul povo estava a favor da Revolução Latina!

(Caro leitor, em breve terá uma atualização desse romance que está na categoria de contos porque o recanto não possibilita esse gênero pelo menos na plataforma que eu uso) E obrigado por ler até aqui, volte sempre!!!

Dudu DL
Enviado por Dudu DL em 06/04/2021
Reeditado em 07/04/2021
Código do texto: T7225549
Classificação de conteúdo: seguro
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