O diário (miniconto de suspense).
Lia atentamente cada palavra escrita nas folhas daquele livro "abandonado". Observou, em suas muitas andanças por ali, que a velha casa, tal qual o livro que agora lia, também estava abandonada.
Pensou: "que mal faz entrar?"
Quando entrou viu a diversidade de móveis antiquados e bem deteriorados, curiosamente as coisas estavam limpas. Foi aí que chegou ao criado-mudo ao lado da cama e viu o livreto da capa de couro.
"Diário de P..."; o nome estava ilegível, arranhões bem em cima do mesmo.
Pensou muito se era ético lê-lo, prezava pelos bons costumes, mas, naquele momento, resolveu esquecer deles um pouco e abriu o livro.
Falava de coisas diversas do cotidiano, porém, não era um "cotidiano" de uma pessoa comum, afinal, tudo o que estava escrito parecia muito estranho.
Ah, se aquele curioso soubesse...
À espreita observava àquela que tinha escrito tudo, na parte de baixo de casa, imersa, como mandou A Voz. Ele corria um sério risco...