Os invisíveis.

Leonardo Brandão estava escrevendo um artigo sobre a cultura pós-modernista, e queria traçar um paralelo entre a vida suburbana, e a vida na zona sul do Rio de Janeiro.

Então lançava mão de seu aparato básico: álcool em gel (70 %) máscara, e um distanciamento armado como barraca de praia. Lá ia ele, transbordando contentamento, pela orla sulista do Rio. Depois, de forma atrevida, destemida mesmo: um dia na semana: pegava um táxi, e visitava alguns bairros da zona norte.

Inclusive, em uma  tarde meio nublada de novembro de 2020, ele foi ao Madureira Shopping Rio, sentou na praça de Alimentação,e por incrível que pareça tomou um milk shake de morango de uma lanchonete supra-capitalista, e pasmem: comprou um tênis da Nike.

Quando ele ia saindo da loja de calçados com o artefato sui generis para ser utilizado por um  inveterado nacionalista e amante de Policarpo Quaresma, ele avistou um jovem intelectual (assim, ele imaginou); que lia. Ele sentiu uma intuição de solicitar àquele rapaz um parecer sobre o bairro, caso ele residisse na área...

Claro, que o senso de observação e faro de escritor e jornalista do nosso Leonardo, quase sempre não falhava. E dito e feito, ele se aproximou da mesa, onde o jovem lia, e percebeu que ao derredor, e Graças a algum Deus, não havia alma viva, e aparentemente, nem morta...


CLARO, QUE CONTINUA NO CAPITULO 4. O CONTO TERÁ 10 CAPITULOS.
Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 12/12/2020
Reeditado em 09/01/2021
Código do texto: T7133880
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