ESPESSOS REFLEXOS 7 IND 14 ANOS NOVEL

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O IML demora quase 3 horas para chegar e retirar os corpos, a científica já esta a analisar os rastros colhidos.

Elza passa por perto indo para o restaurante, Nelson termina a missa, algumas senhoras ficam para a limpeza e ele recebe alguns fiéis no confissionário.

Depois de horas ele vai para a casa onde almoça peixe e arroz, porém ainda sente fome, ele então abre o congelador, dentro, sacos com órgãos dos corpos que foram dilacerados na noite, ele pega um e descongela no micro, ali na mesa diante dele um coração, Nelson tem seus olhos dilatados e ele come aquilo em selvageria.

- Sempre soube, sabe, o que me fez rainha entre os demonios, cautela e espera.

- O que faz aqui?

- Queria ter certeza de que não houve erro em ter lhe dado o passe para cá.

Ali na frente de Nelson, Luiza segue até parar bem perto do homem.

- Sabe, agora que desativou seu selo vai ter que fazer uso mais vezes.

- Quem te disse que o tirei agora?

- Oras, oras, quer dizer que o falso sacerdote andou criando asas e fazendo suas alimentações por ai?

- E o velho padre, não conta?

- Realmente, não, tinha de acontecer, afinal precisávamos de um local livre de suspeitas.

- Monstro.

- Diga o que quiser, sou igual a você, só que deixei os critérios, dogmas e todas as baboseiras de certos cosmopolitas de lado, melhor, as queimei, agora me diz, se sente bem melhor, vivo?

- Por que deixou que eu o matasse?

- Curiosidade, salvação, medo, contendas, sei lá, acho que talvez fizesse parte.

- Parte de quê?

- De tudo, sua vinda, lógica, reabilitação.

- Reabilitação?

- Pode não parecer Nelson, você ficou por muito tempo fora, muito tempo mesmo.

- Vou mudar, conter tudo isso aqui dentro de mim.

- Se conseguir, será bom afinal será um excelente passo aos nossos estudos.

- Estudos?

Luiza avança no homem ali tendo suas unhas cravadas na garganta dele.

- Acorde Nelson, eu te criei, afinal você esta morto, não existe, fui responsável pela sua vinda, posso ser até mais por sua inesistência.

- Não morremos mais.

- Pode até ser, mais fique ai no seu costumes em seu querer de ser humano e sinta as consequências que lhe virão.

- Como?

- Você nunca mais será normal.

- Me destrua.

- Não, você é o mais interessante dos outros, sabe, apostei e continuo a apostar em ti.

- Por isso dizem jogo?

- Não te compete saber mais do que vê e ouve.

- E então?

- Limpe essa cara, mais pode terminar seu lanche, tenho um trabalho para você.

- E se eu não quiser?

- Por mim, sabe, o melhor de estar onde estou, eu ordeno, você cumpre.

O corpo de Nelson começa a arder e ele grita em dor, a garota o solta e ele cai ao chão encolhido.

- Você tem 1 hora para estar comigo em um passeio.

- Passeio?

- Vou me arrumar e traga dinheiro, vamos de táxi.

- Sim.

Selma segue para o trabalho sentindo ser observada, entra na lanchonete, logo o delegado entra ali.

- OLá.

- Oi.

- Tem um minuto?

- Tenho que trabalhar e..........

- Será rápido, falo sério.

- Tudo bem.

Em uma mesa, o delegado bebe café enquanto ela o olha.

- Sabe, as provas que trouxe para o seu esposo serviram e muito, fiquei surpreso com a rapidez que as conseguiu.

- Só fiz o que qualquer esposa faria.

- Não, eu e você sabemos que não, afinal quando esteve junto dele seu casamento era um turbilhão de violência.

- Ele mudou, hoje ele é um outro homem.

- Nisso concordamos, realmente o sr Moisés é outro, talvez por isso esteja em acordo que façamos um exame de DNA nele?

- Como?

- O que ouviu, faremos o DNA dele ainda nesta semana.

21082020...........

Elza anda pela rua até parar numa esquina, pede fogo a um rapaz que lhe empresta um isqueiro, ela acende um cigarro e devolve o isqueiro ao rapaz.

Passado alguns minutos ela a soltar fumaça ali na esquina, Moisés vem em sua direção.

- Oi.

- O que foi?

- Ela quer falar com você.

- Quem?

- Mestre.

- Por quê?

- Só vem, logo.

A mulher pára um táxi e eles entram, ao longe Selma vê a cena e continua seguindo para sua casa.

Em um restaurante de estrada, eles entram, som sertanejo baixo, poucas pessoas, Elza faz sinal e vem um garoto que sai logo retornando com água e refri.

- O que vai comer?

- Eu, nada.

- Acho melhor pedir, ela vai demorar um pouco.

- Tá, traz um frango.

- Sim sr.

O garoto sai, Elza sorri para ele.

- O que foi?

- Não ficou com medo de ser preso?

- Por que, deveria, afinal tudo foi pago.

- Não sei, sei lá, poderíamos ter te deixado na mão.

- E daí eu abrir tudo que sei e vi para as autoridades.

- Tô de brinks colega.

Elza ri para ele.

Logo a mesa é cheia de prato com frango e peixe para ela.

A mulher pega as postas de tilápia e se acaba ali melando os dedos e canto da boca, Moisés prefere por comer a moda tradicional seu frango com garfo e faca.

- Quando ela chega?

- Acho que daqui a pouco.

Em minutos Luiza entra ali junto de Celine.

- Olá Moi.

- O que houve?

- Tranquilo, só para seu entendimento ainda estou do seu lado, querido servo.

- Como assim?

- Já ouviu falar em exame de DNA?

- O que é isso?

- É o que vão fazer em você dentro de poucos dias ou horas se quiser, com a ajuda de sua esposa.

- Por que?

- Vários motivos o mais forte, desconfiam de ti, estão quase a descobrir que você não passa de uma cópia, acredita, servo?

- Quanto quer?

- Fique calmo, dessa vez não vou querer tantos exageros, só que me faça um favor, quando eu pedir faça sem questionar.

- Tudo bem. Luiza termina ali as explicações a Moi que ouve tudo atentamente, logo terminado o frango ele bebe um gole de água e sai dali.

- Vou te esperar no momento certo, no local marcado.

- Sei que vai, vou estar lá.

Assim que o homem sai do restaurante, Luiza olha para Celine que chama o garoto pagando a conta, logo elas saem dali.

Elza entra na casa e toma banho, Nelson entra no quarto para pegar sua estola ao passar frente ao banheiro vê a cena ali, ela sorri para ele que segue para a igreja.

24082020...........

ricofog e IONE AZ
Enviado por ricofog em 26/08/2020
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