Helena

Dias atrás lembrei dum amigo, Augusto. Hoje reside numa cidade do nordeste.

Me contou um episódio meio assombroso – ele me garantiu ter sido real, verdadeiro.

Ele regressava de um aniversário, vinha em seu carro, acompanhado da mulher, Francisca.

Por volta das 2 da madrugada. Essa hora é hora morta, tudo deserto, todos sabem disso.

Pegou a rua onde mora. Rua larga, iluminada, asfaltada. Ambos (Augusto e Francisca) tranquilos, um pouco exaustos. Queriam chegar em casa.

Faltavam uns 200 metros para isso, para eles chegar em casa.

De repente, inesperadamente, um vulto, parecia ser uma mulher, vestido branco.

Francisca deu um grito, assustou-se, claro.

O marido parou o veículo.

A mulher, o vulto, uma visagem, atravessou rua, rua um pouco larga. Bem próximo de uma luminária.

----- Deus, o que será isso? Augusto disse baixinho.

O vulto apressadamente atravessou a rua, entrou numa casa, sem abrir a porta. Desapareceu naquela escuridão. Francisca gelou, ficou sem voz.

Depois os dois voltaram a si, conseguiram se controlar. Augusto deu partida no carro, foi para casa.

No outro dia Francisca contou à vizinha o que acontecera.

----- Naquela casa, disse-lhe a vizinha, faleceu uma mulher, faz um mês, por aí. Eu a conhecia, chamava-se Helena. Tinha câncer. Deixou um casal de filhos, eles se mudaram, foram embora. A casa assombrada por longo tempo ficou desabitada. Sem ninguém. Certamente a alma da mulher morta passou algum tempo lá.

Salatiel Hood
Enviado por Salatiel Hood em 22/04/2020
Reeditado em 23/04/2020
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