5ª Zona Morta - São Paulo - Zona Leste - Corrida contra o tempo
Zona Morta 5 - Capitulo Adicional
De moto
Assim que soube do problema dos Zumbis, Rob foi correndo a casa do primo André para lhe pedir a moto emprestada, eram 2 horas da manhã e ouviam-se gritos, e ao longe era fácil de ver fogo e fumaça, a madrugada éra iluminada pela luz da lua que estava bem cheia. Atravessou correndo a rua e bateu desesperadamente na porta da casa do primo.
Rob - André! Abre a porta cara, abre, preciso falar com você!
Bateu durante 1 minuto incessantemente até que a porta se abriu sozinha e ele viu o corredor da casa deserto ali na garagem esta a moto com o painel acesso e a chave no contato. Antes de pegar a moto ele teve a idéia de ir lá dentro da casa informar que precisaria da mesma, pois de carro o transito infernal que o jornal informara o barraria no caminho.
Entrou pelo comprido e mal iluminado corredor e chegou na porta do que sabia, era, a cozinha. Ao entrar percebeu o corpo de uma adolescente no chão e muito sangue
Rob - Puta que pariu, é a Marcia! - Gritou em alto som
Foi ao chão para tentar acorda-la mas percebeu que o ferimento em sua cabeça era muito grande e já não era mais possível ajudar, uma lagrima caiu de seus olhos, quando ele percebeu que uma vagarosa figura aparecia da escuridão da sala da casa, era a tia Martha. Imaginando que sua vagarosidade tinha se dado por ter visto a filha em tal estado, foi logo dizendo.
Rob - Tia, o que aconteceu? O que aconteceu com ela?
Aproximou-se da tia que vinha em sua direção. Mas quando ela chegou perto ele pôde perceber o enorme ferimento no pescoço e o sangue seco em sua roupa além de sua aparência fantasmagórica, ela levantou o braço e gruniu em direção ao Rob. Ele se afastou e colocou a sola do pé no peito da Tia, a empurrando novamente em direção a sala, a vendo cair no sofá e ficando aparentemente presa. Uma rápida olhada na sala o fez localizar o Berimbau, instrumento musical que junto com os primos utilizava nas aulas de capoeira.
Voltou pelo corredor, pulando a prima morta e olhou no banheiro e nos quartos do fundo da casa e chamou baixinho, averiguou por debaixo das camas e nada conseguiu encontrar. Ali não havia ninguém.
Voltou para o quintal e pode ver a tia ainda tentando levantar desajeitada no sofá, saiu e fechou a porta, Observou no quintal e subiu a escada e nada encontrou. Voltou pelo corredor e pegou a moto, silenciosamente a virou e colocou na rua, empurrando-a para não fazer barulho, foi até a frente de sua casa e viu os pais na garagem. A Mãe tremia como vara verde e o pai a abraçava apreensivo.
Rob - Tudo bem ai pai?
Rafael - Ta tudo bem filho
Rob - Pai, vou pra Caçapava buscar a July
Rafael -... Ta bom filho, vai com Deus
Rob empurrou a moto até a esquina da rua, não queria chamar atenção para a casa dos primos e muito menos para a casa dos pais. Ligou a moto potente, uma CBR 1000 Cilindradas, antiga, forte e barulhenta. Olhou no marcador de gasolina e pensou "Beleza, tanque cheio”
Em segundos atingiu a Rodovia Dutra, logo no cruzamento com a Avenida do Aeroporto de Guarulhos viu o transito nos dois sentidos, tudo parado. Resolveu atravessar a pista e seguir pelo acostamento na contra mão, pois assim poderia ver os carros que viriam, mas que carros, estavam todos parados.
Acelerou desesperadamente a moto, 110, 130, 190 quilômetros por hora marcava o painel. Na rápida passagem podia ver diversas pessoas mortas nos carros, pessoas gritando por ajuda e outras se debatendo dentro dos carros. Eram cenas terríveis, mas não havia tempo eles, o objetivo era apenas ajudar sua esposa, July.
Durante vinte minutos ele correu em velocidade máxima pela rodovia até atingir perto de seu destino, ao longe viu um caminhão tombado na pista e foi obrigado a diminuir a velocidade para tentar contorna-lo. Reparou que havia um homem no teto de um carro, quando ele passou pelo homem, sentiu o peso e em seguida o tombo. O homem pulou em cima dele, os dois rolaram mato a fora, na macia grama da cabeceira da pista. Rob rapidamente encolheu os braços e as pernas pois já havia caído de moto antes, uma forte pancada na cabeça fez ele ver estrelas enquanto sentia seu couro sendo comido pelo atrito com a grama e o cascalho que estava espalhado sobre ela.
Deve ter perdido segundos no chão, levantou e começou a procurar alguma parte quebrada, e encontro, o dedo mindinho. Tirou a luva e viu o sangue
Rob - Que merda!
Pegou a luva e colocou na boca, pegou o dedo e colocou de volta no lugar, urrando imediatamente de dor. Virou-se para o lado da pista e pode ver o cara que pulou em cima dele, foi até lá e percebeu que não parecia um zumbi, era só um filho da puta desesperado. Foi em busca da moto, mas quando viu, seu coração se apertou e o desespero tomou conta, ela estava perdida, com o pneu rasgado e a roda da frente partida, além disso, um vazamento de gasolina fazia o combustível sair devagar.
Correu entre os carros, subiu em um deles e resolveu correr entre os tetos. Durante seu trajeto observava que alguns carros ainda continham pessoas vivas, assustadas demais, porém vivas. Olhou atrás do caminhão tombado e viu que o transito continuava até longe, mas já podia ver a entrada da cidade. Resolveu ir a pé continuando a correr por cima dos carros.
Avistou a uns 100 metros, um carro com duas motos de Trilha na garupa, sorriu contente e pensou "Eu sempre quis fazer trilha, agora eu sou obrigado". A caminhonete estava aberta, foi fácil localizar as chaves no porta luvas, tirou uma moto, a vermelha, O Tanque também estava cheio como o da outra, saiu cambaleando pelo asfalto, era muito difícil se manter em linha reta, resolveu ir para a grama e conseguiu ir mais rápido, imaginou os grandes sulcos do pneu grudando e puxando a terra.
Rapidamente chegou à Caçapava, tudo estava deserto, foi até sua casa, e chamou por sua mulher, que saiu assustada e veio correndo abrir o portão. Abraçou-a e disse.
Rob – Ju pegue as mochilas, vou pegar comida, vamos embora daqui.
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