Vozes Sinistras 2 - O caso de Rottweel

Dois dias após os estranhos incidentes na cidade de Rottweel, uma investigadora de Mooncity se mudou para Rottweel junto à sua família.

Kassandra Yanny, mãe dos gêmeos de 16 anos, Otis e Meggy. E Jack Soul, seu marido e fotógrafo profissional.

Kass, atraída pelas notícias locais, decidiu fazer um tour pela vizinhança um dia após a mudança. A escola já havia sido preparada para receber os novos alunos antes mesmo da viagem.

certo, vamos sair e conhecer Rottweel. Aposto que deve ter muita coisa legal aqui. Disse Kassandra.

Bom, hoje eu irei fotografar umas paisagens locais. Otis e Meggy, se arrumem para ir à escola. Ordenou Jack.

Kass foi até uma cafeteria local, chloe s coffee. Ao entrar, o sininho tocou e Kass deu uma olhada na parte de cima da porta de entrada.

Hum, um sininho para fregueses, que original. Pensou Kass, observando o pequeno sino.

Kass se dirigiu até a bancada e pediu um café expresso duplo com leite.

De repente, ao lado dela sentou uma mulher jovem de cabelo liso escuro.

O que vai ser senhora? Perguntou educadamente a atendente.

Um duplo expresso por favor. com leite. Respondeu a mulher convictamente.

Prazer, meu nome é cindy, você é nova por aqui? A mulher puxa conversa com Kass.

Prazer cindy, sou Kassandra, mas pode me chamar de Kass. E sim, sou nova por aqui, acabei de me mudar e ainda não conheço muito bem a cidade. Respondeu Kassandra.

A atendente da cafeteria serviu ambas as clientes com seus cafés expressos. E observou as duas mulheres conversando.

Mais alguma coisa, senhoras? Disse a atendente.

Não, somente. Obrigado! Respondeu Kass.

cindy negou com a cabeça. E a atendente deixou as contas na mesa e voltou ao seu posto.

De repente o celular de Kass tocou.

Alô? Kass atendeu o celular.

Oi amor, liguei para avisar que chegarei tarde hoje. Tem como você pegar as crianças? Jack pediu à Kass.

Hum... Tudo bem. Ela respondeu.

Sabia que não ia me deixar na mão, obrigado amor. Beijos, tchau! Jack terminou a ligação.

Bem, preciso ir agora... Disse Kass.

O som do toque do celular era tão familiar para cindy que não resistiu e perguntou.

Ah, fala sério. Glamorous da Fergie?

Ah, é... Sim eu amo essa música. Afirmou Kass.

Mentira, eu amo essa música também. Glamorous, Glamorous... Disse cindy cantarolando.

Bem, então somos duas! Kassandra deu uma risada.

cindy cumprimentou Kass com um abraço.

Vamos passar um tempo juntas qualquer dia desses? Sugeriu Kass.

claro! Se quiser posso te mostrar a cidade. E alguns boatos mal assombrados. comentou cindy.

Que boatos? Kassandra respondeu curiosamente.

Ah, vai ter que ficar para a próxima! Respondeu cindy ironicamente.

Ah, vai... Rapidinho. Daqui a pouco vou ter que buscar meus filhos na escola. Disse Kass.

Bem, já ouviu falar do caso de Jammes, o mineiro suicida ? Dê uma pesquisada na internet. Afinal de contas, onde seus filhos estão estudando mesmo? Perguntou cindy.

Na escola comneh. Respondeu Kass.

Dê uma pesquisada sobre essa escola, ela esconde algo, eu sinto isso. Acrescentou cindy.

Ok, muito obrigada. Já está na hora de ir buscar meus filhos. Até mais!

Kass entrou no carro e seguiu para a escola comneh.

chegando na escola Kass viu uma estranha fila no portão da escola.

com licença, você poderia me dizer qual o motivo dessa fila por gentileza? Kass perguntou a um senhor que estava no final da fila.

Esta fila é da cerimônia de homenagem aos alunos mortos no massacre de 20 de abril de 2002. A cerimônia inicia às cinco e quinze da tarde. Respondeu o homem.

Ok, obrigada. Respondeu Kassandra.

Kass entrou na escola e direcionou se até a secretaria. Ao entrar, se deparou com uma mulher ruiva, sentada em uma cadeira segurando um lenço e chorando.

Próximo?.... Quem é o próximo? Perguntou uma das secretárias.

Kass se aproximou do guichê.

Sou eu. A senhora poderia me dizer onde posso buscar meus filhos? Os nomes deles são Otis e Meggy. São do primeiro ano do ensino médio. Explanou Kass.

Desculpe me senhora, mas todos os alunos se encontram no salão de eventos para uma cerimônia que haverá daqui há 15 minutos. Disse a secretária.

E onde fica o salão de eventos? Perguntou Kass.

Infelizmente senhora, a fila de entrada dos pais ao salão de eventos fica do lado de fora do portão da escola. Então a senhora terá que esperar no final da fila. Explicou a secretária.

Kass se aproximou um pouco mais da secretária e sussurrou levemente. Enquanto olhava para a mulher ruiva.

O que houve com está mulher? Interrogou Kass em tom baixo.

O filho mais novo dela, Benny, desapareceu hoje à tarde. Até agora estamos procurando por ele, mas infelizmente não o encontramos. A polícia já deu sinal de alerta para sequestro e desaparecimento, mas ela ainda não tem nenhuma informação sobre o filho. A secretária respondeu.

Tudo bem... então vou para a fila. Suspirou Kass.

Ao início da Cerimônia, os port es se abriram enquanto o sinal tocava e os pais se direcionavam à vários assentos, distantes de seus filhos.

De frente para os assentos, um palco com cortinas vermelhas, fechadas num silêncio de dar calafrios decoravam uma triste homenagem.

Com licença moça, onde estão os alunos? Questionou Kass em tom de indignação.

Você já os verá, espere a cerimônia. Respondeu a funcionária.

Kass aguardou sentada e repentinamente as cortinas se abriram e no palco estavam duas garotas, uma de cabelos cacheados e de olhos azuis claros e a outra estava de macacão jeans e cabelos grisalhos pretos. Ambas estavam simulando uma conversa enquanto tocava um fundo musical triste.

Annie! Exclamou a menina de macacão jeans, enquanto apontava para o lado esquerdo do palco.

A menina de cabelos cacheados se virou para ver o que era. Inesperadamente um adolescente se aproximou dela e sacou uma pistola metralhadora simulando um queima roupa nas duas crianças. A cortina se fechou, enquanto soava um fundo musical de desastre.

Depois, as cortinas se abriram novamente e o cenário representava não mais o playground da escola, mas sim a parte interna da escola. Com vários alunos simulando um ataque.

Ahhhhhhh...! Berrava uma menina.

Socorro! Gritava uma funcionária.

Corre! Corre! Exclamava uma professora.

E ao final, dois alunos simulavam uma matança a todos os presentes no palco.

As cortinas se fecharam e o fundo musical cessou.

Uma criança de óculos, apareceu em frente ao palco com luzes sobre ela. Annie e Jasmine, parceiras de um massacre. Inocentes como bebês, o que de fato eram. A luz que elas acenderam com suas próprias vidas, suas mães se apagaram com suas idas. Recitou a menina.

E quando elas foram, nós também fomos. Há um problema entre nós, a segurança. Os causadores do sofrimento, não tiveram a mesma punição que elas tiveram. Um garoto surgiu de trás da cortina à direita da menina e continuou.

A diferença é que os culpados estão por aí, nem sabemos se amanhã encontraremos nossos colegas. E isso é um problema! Surge à esquerda uma outra menina pondo fim à apresentação.

O trio se despediu da plateia e aplausos foram dados pelo público de pais. Não só a homenagem foi feita, como também questionamentos por parte dos pais.

Como nossos filhos poderão estudar sem segurança? Questionou um pai.

! Precisam reforçar a segurança, não quero ver minha filha no jornal de desaparecidos. Reclamou uma mãe.

Logo um tumulto de questionamentos por parte dos pais, tomou conta do fim da cerimônia.

Bem! Agora, iremos encerrar esta cerimônia! Peço aos pais que aguardem seus filhos saírem por favor! Disse a diretora utilizando um megafone.

Os pais se sentaram e esperaram indignados.

Enquanto isso, a mesma mulher ruiva que estava na secretaria apareceu e se dirigiu à frente do público.

A diretora tomou conta do microfone disposto por uma funcionária ao lado dela.

Escutem por favor. Esta mãe não tem notícias de seu filho Benny deste às três da tarde, que foi o horário do recreio. Benny é um aluno do nono ano. E a última vez que os colegas o viram foi antes de ele sair da sala de aula. Explicou a diretora.

A mãe aflita tomou o microfone da mão da diretora.

Por favor, se algum de vocês tiverem informaç es, qualquer informação que seja a respeito do meu filho, me liguem por favor. Meu nome é Isabele Khael. Disse a senhora Isabele às lágrimas.

Bem... O número de telefone da senhora Khael estará no painel de informaç es da escola. Muito obrigado pela atenção de vocês! Agora seus filhos já estão liberados. Finalizou a diretora Tanya.

Kass pegou seus filhos e os levou para casa.

No caminho, Meggy observou o rosto de sua mãe preocupada.

Algum problema mãe? Perguntou ela.

Não... Nada filha. Por quê? Respondeu a mãe.

Não sei, a senhora parece preocupada. Disse Meggy.

Não seja besta, mamãe está bem. Não é mãe? Respondeu Otis.

Ah, cala a boca Otis. Disse Meggy chateada .

Otis, já disse para não chamar sua irmã de besta! Kass chama a atenção do filho.

Ah, mãe.... Respondeu Otis.

chegando em casa, Kass preparou um espaguete à bolonhesa com queijo ralado. Os três estavam na mesa, mas Jack ainda não havia chegado do trabalho. Então Kass decidiu ligar para o marido.

Olá, quem é? Respondeu uma mulher.

Sou a esposa do Jack, eles está? Disse Kass desconfiada.

Ah, sim. Espere um momento, vou chamá lo. Disse a mulher pacificamente.

Alô? Oi amor, eu já estou indo para casa. Respondeu Jack.

Jack, onde você está? Perguntou Kass ao marido.

A Senhorita Hoppes me convidou para uma entrevista na casa dela. Te contarei tudo quando chegar em casa, eu prometo. Respondeu Jack apressadamente.

Kass aguardou a chegada do marido no sofá, com uma taça de vinho e maratona de terror.

Otis e Meggy se aproximaram da mãe e perguntaram pelo seu pai.

Ele já está chegando. Vocês podem ir dormir que eu vou esperar por ele. Respondeu a mãe exausta.

De repente a campainha tocou e Jack havia chegado. Kass abriu a porta para Jack.

Ambos se beijaram e Jack foi tomar banho para jantar.

E então amor, como foi hoje no trabalho? Perguntou Kass após Jack tomar banho.

Ah, sim. A Srta. Hoppes me convidou para uma entrevista na casa dela hoje. Ela me fez uma proposta, ela quer me contratar como fotógrafo particular para uma festa na casa dela. Disse Jack, enquanto mastigava a macarronada.

Hum... Tudo bem, mas amanhã você virá cedo, não é? Falou Kass.

Sim, por quê? Perguntou Jack.

Amanhã vou deixar os meninos na escola e tirarei à tarde para conhecer a cidade. Disse Kass.

No dia seguinte, Jack foi para seu novo trabalho na empresa Photos & Looks da Srta. Hoppes.

Seu novo trabalho consistia em tirar as melhores poses de fisiculturistas, casamentos, festas e fotografias particulares da Srta. Hoppes.

Julia San tini Hoppes era uma mulher rica e cheia de charme, cega pela fama e sedenta de fortuna.

Hoppes perdeu o marido, ainda grávida em uma acidente de carro dois anos atrás. Por ausência do marido usou drogas para se consolar e acabou perdendo seu bebê também.

Apesar de que seus pais eram milionários, ela não era tão mimada. E teve que lutar muito para ser digna da herança de seus pais. Principalmente a mansão Hoppes que veio a ser sua morada.

Ao chegar na porta da Srta. Hoppes, Jack tocou a campainha e esperou pela chegada de sua nova chefa.

Bom dia, Srta. Hoppes, vim para começar meu primeiro dia de trabalho. Jack a cumprimentou educadamente.

Ora ora, senhor Jack Soul, por favor. Pode me chamar de Julia. Sem formalidades por aqui. Respondeu Hoppes, escondendo risadas.

Enquanto Jack preparava sua câmera para começar suas belíssimas fotografias, Kass estava no caminho para deixar seus filhos na escola.

Ué, mas esse não é o caminho da escola? Disse Otis, observando o carro desviar o caminho da escola.

Só vamos passar rapidinho na casa de uma amiga. Afinal ainda faltam 35 minutos para começar as aulas Respondeu a mãe.

Kass para o carro em frente à casa de cindy que já estava esperando por Kass.

Oi! cumprimentou cindy aproximando se do carro.

Oi! Recebeu minhas mensagens? Perguntou Kass.

Sim, mas você me mandou no meio da madrugada dizendo que viria me buscar, pedindo meu endereço. Quase achei que fosse me sequestrar. Respondeu cindy dando risadas.

cindy entrou no carro e cumprimentou os filhos de Kass.

Bem, agora vamos para a escola. Kass acelerou o carro.

chegando na escola, foram abordados por policiais que solicitaram para que revistassem a todos no carro.

Mas o que está acontecendo? cindy questionou.

E eu vou saber? Respondeu Kass.

As duas saíram do carro e foram revistadas.

Estão livres, podem ir. Respondeu uma policial após passar o detector de metais.

Kass deixou os filhos no portão da escola e estacionou o carro mais à frente.

cindy, você pode esperar no carro? Prometo que não vai demorar. Assegurou Kass.

claro... Respondeu cindy.

Kass foi até um dos policiais.

com licença, o que houve aqui? Perguntou Kass observando a lateral da escola cercada de fita da polícia.

Desculpe me senhora é confidencial. Respondeu o policial seriamente.

Kass mostrou seu distintivo do FBI e perguntou novamente em tom sério.

Bem, aparentemente um corpo foi achado hoje à tarde na escola comneh, enviamos para uma análise no necrotério. Os funcionários da escola suspeitam ser o corpo do aluno desaparecido, Benny. contou o policial.

Tem mais alguma coisa? Kass interrogou.

Havia marcas de perfuração na região do tórax e ele estava sem os olhos. só o que temos por enquanto. Acrescentou o policial.

Você pode me passar o lugar da necropsia? Perguntou Kass.

certo, aqui está. O policial sacou um pedaço de papel e uma caneta para anotar o endereço para Kass.

Kass voltou ao carro e agiu naturalmente na presença de cindy.

O que aconteceu? Questionou cindy.

Não é nada... Respondeu Kass.

Então vamos logo. Disse cindy.

As duas foram para o Chloe's Coffee conversar um pouco. Kass pediu um duplo expresso, e cindy, um simples expresso com leite.

Nossa, esse café está muito forte. comentou Kass.

cindy experimentou seu café observando bem os detalhes estranhos em Kass, que indicavam que algo estava acontecendo.

Cindy, dá para acreditar que meu marido está trabalhando com a Srta. Hoppes? Kass puxou conversa.

Seu marido não é aquele fotógrafo que estava na entrevista de emprego na casa da Hoppes? Cindy indagou.

Sim, ele me contou que passou a tarde toda fazendo entrevista. Disse Kass.

Olha, pelo que eu sei sobre os Hoppes, é que eles não são muito confiáveis. Comentou Cindy.

E tem mais, se não me engano ela quase matou uma das funcionárias dela no dia do aniversário de vinte anos dela. A animadora de festas, Dorothy foi despedida por ter pego um par de sandálias dela emprestado.

Mas quem é que briga por um par de sandálias? Questionou Kass.

Ela... Respondeu Cindy à risadas .

E você pesquisou o que eu te disse sobre as coisas mal assombradas e tal? Cindy Perguntou à Kass.

Ah, eu esqueci... Estou tão preocupada com um negócio na minha cabeça, mas outra hora eu pesquiso... Kass respondeu.

A conta por favor... Kass chamou a garçonete.

Aqui está senhora. A garçonete entregou a conta.

Kass abriu sua bolsa e meteu a sua mão a fim de catar sua carteira, porém em um pequeno deslize na hora de puxar a carteira, deixou aparecer seu distintivo do FBI rapidamente.

Cindy observou aquilo atenciosamente, fingindo não ter visto nada.

Após pagar a conta, Cindy e Kass vão para o carro.

Kass, posso te fazer uma pergunta? Você não está aqui nesta cidade para apreciar a paisagem, não é? Proferiu Cindy.

Ué, por que está perguntando isso? Kass respondeu.

Depois de pensar por uns segundos, Cindy respondeu com franqueza.

Eu vi seu distintivo do FBI. Cindy falou rapidamente.

Ah, droga, sério? Então acho que agora eu deveria te matar... Kass olhou para cindy seriamente.

cindy estava assustada e com medo.

Te peguei, hahaha. Respondeu Kass em tom de brincadeira. E cindy fechou a cara.

Sim, eu sou mesmo do FBI, fui transferida para esta cidade pelos estranhos acontecimentos que estão ocorrendo por aqui. Sei que te conheci a pouco tempo, mas tenho que confiar em você. Então é o seguinte... Kass explicou à cindy sobre suas investigaç es no colégio. E sobre ter de ir até um necrotério.

Sei que é coisa demais para você, mas ... Kass foi interrompida por cindy.

Tudo bem, eu quero investigar com você. Se você deixar é claro. Sugeriu cindy.

Ok, mas você vai fazer o que eu mandar. E como você não tem distintivo, vou precisar de uma motorista para minha investigação e de uma parceira de pesquisas. O que acha? Disse Kass.

Ahhh, sim eu adoraria. Respondeu cindy euforicamente.

cindy e Kass foram até o necrotério indicado pelo endereço dado pelo policial na escola comneh.

chegando ao local, Kass exibiu seu distintivo para receber autorização de entrada. cindy esperou no carro.

A gente vai se comunicar por mensagem, ok? cindy mandou uma mensagem para Kass.

Ok, qualquer coisa eu te aviso, até mais! Respondeu Kass.

Kass entrou na sala de necropsia.

Então doutor, o que o senhor achou? Interrogou a agente Kass.

Então, até onde sabemos é que o corpo encontrado na escola comneh de fato é do garoto Benny. Ele foi perfurado três vezes, duas na região do tórax e uma na coxa direita. Explicou o médico legista.

Facadas, talvez? Kass deu um palpite.

Não, as marcas são grandes demais para facadas, nem se fosse um terçado faria um buraco tão grande. Explica o doutor Pedro Ricco.

E quanto aos olhos? Indagou Kass.

Bem, da forma como foram retirados sem ferir parte do crânio, é possível que o assassino tenha feito uso de instrumentos pontiagudos que consigam perfurar os olhos e os arrancar perfeitamente. Esclareceu o Dr. Ricco.

O senhor teria mais informaç es sobre a vítima? Perguntou Kass.

Sim, a vítima sofreu hemorragia na região do tórax e na coxa direita até a morte. Há uma chance de os olhos terem sido arrancados antes da vítima vir a falência. Por enquanto é só. Finalizou o doutor.

certo, mantenha contato, se caso souber de mais informaç es. Solicitou Kass.

E aí? você já está vindo? Kass recebe uma mensagem de cindy.

Já estou a caminho! ;) Kass respondeu à mensagem.

Kass entrou no carro. cindy estava no volante e dirigiu até sua casa.

valeu pela carona! Agradeceu cindy.

Kass assumiu o volante e foi buscar seus filhos na escola.

Ao chegar na escola Kass encontrou uma multidão de pessoas reunidas. Ela passou direto e buscou seus filhos, na volta observou um homem falando ao microfone.

O que está acontecendo aqui? Pensou Kass.

Kass viu um homem no meio da multidão, alegando ser o Presidente da Associação de moradores de Rottweel (AMR).

Boa tarde a todos, sou Richard vallum. Presidente da AMR, venho comunicar a vocês que a cidade de Rottweel já está em decadência na questão de segurança. Disse vallum.

Ah, é? Não me diga... Respondeu Kass, aproximando se de vallum.

E quem é a senhora? Indagou vallum.

Eu sou Kassandra, uma mãe que prezo pela segurança dos meus filhos. E essa associação é aberta a qualquer pessoa, senhor Vallum? Perguntou Kass.

Sim, para qualquer um que queira discutir e nos ajudar a encontrar uma solução para os problemas de segurança desta cidade. Respondeu Vallum.

Então, estarei aqui toda sexta para participar. Afirmou Kass.

Olha só, temos mais uma na nossa comunidade pessoal. Uma salva de palmas para nossa nova participante. Vallum e todos aplaudiram Kass.

Kass levou seus filhos para casa e aguardou a chegada do marido que chegou vinte minutos depois.

Oi pai! Meggy cumprimentou seu pai com um abraço.

Pai, dê uma olhada nisso. Otis mostrou um meme para seu pai.

aiaiai esse Otis... Respondeu Jack à risadas.

Jack cumprimentou Kass com um beijo e lhe fez massagem enquanto conversava sobre seu emprego na mansão Hoppes.

E então, como vai na mansão Hoppes? Perguntou Kass.

Vou bem, hoje tirei umas fotos para decorar a casa da Srta. Julia, ela vai dar uma festa amanhã à noite e precisa que eu seja o fotógrafo da festa. Explanou Jack.

Mas amanhã é sábado, pensei que ficaríamos juntos para passearmos em família... Disse Kass.

Mas amor, é só neste sábado. Mas e então? Como foi o seu dia? Interrogou Jack, mudando de assunto.

Foi legal, saí com uma amiga, a Cindy. Deixei Otis e Meggy na escola, investiguei um caso na escola Comneh... Respondeu Kass.

Amor, você disse que não iria investigar... Não sei o porquê de eu ainda acreditar em você. Está no seu sangue, mas tome cuidado para não meter nossos filhos nisso. Disse Jack.

Tudo bem, amor. Agora vamos para cama, estou exausta. Kass foi para cama.

No sábado de manhã, Jack e Kassandra deixaram seus filhos em casa, enquanto continuavam seus afazeres.

cindy, vou investigar mais hoje. Você quer ir? Kass mandou uma mensagem para cindy.

Não posso, estou trabalhando hoje . Respondeu cindy segundos depois.

Kass decidiu ir até o Dr. Pedro Ricco para investigar mais. Lá, o doutor lhe contou a história de Jammes, o mineiro suicida.

Há uns dias, um mineiro que trabalhava nas minas de carvão do senhor Sr. Walls se suicidou após a misteriosa morte de sua esposa. Segundo ele, ouvia vozes na sua cabeça que sussurravam e o atormentavam, até que ele cometeu suicídio. Segundo uns moradores e alguns sem tetos locais, eles viram o corpo de Jammes sendo puxado para um bueiro próximo a um matagal, como se fosse um espírito vingativo. contou o Dr. Ricco.

Há boatos de que Jammes traía sua esposa, mas não temos certeza sobre isso. Acrescentou o Dr. Pedro.

E quem está responsável por este caso? Indagou Kass.

Eu acho que era uma tal de Scarlet. Respondeu o doutor.

O senhor pode me passar o contato dela? Solicitou Kass.

Sim, claro, só um momento... O doutor entregou um papel com o número de Scarlet.

E... doutor, o senhor saberia me dizer o que houve com o corpo de Jammes? Ou da esposa dele? Kass perguntou curiosamente.

Não sei se deveria te contar, mas já faz tanto tempo que acho que não iria causar mal algum. Então, o corpo de Jammes foi achado enforcado em um hospital psiquiátrico e não havia nenhuma outra marca de ferimentos nele ou sequer de DNA de terceiros, confirmando suicídio. E o corpo da esposa dele, foi encontrado de bruços ensanguentado em sua própria cama. Pelo que deduzi, poderia ser uma facada ou algo pontiagudo, bem acertado no coração, que a matou na hora. Não teve nem tempo de ela se mexer para pedir ajuda, provavelmente ela estava dormindo quando a mataram. Explicou o doutor.

Obrigado pelas informaç es doutor, irei contactar a agente Scarlet imediatamente. Kass respondeu agradecidamente.

E no verso da folha que lhe dei, está o endereço! Disse Dr. Ricco.

Kass ligou para a policial Scarlet enquanto estava indo em direção ao seu endereço. Infelizmente ela não atendia. Ao chegar no endereço, avistou uma vizinha jogando o lixo fora.

com licença, a senhora poderia me dizer onde fica a casa da senhora Scarlet? Perguntou educadamente.

Pois não, fica logo aqui do lado. Respondeu a vizinha.

Kass bateu na porta de Scarlet, observando vários avisos para manter a distância.

Oi! Tem alguém aí? Perguntou Kass.

Kass ouviu ruídos e gritos.

Socorro! Socorro! Uma voz desesperada.

Kass arrombou a porta silenciosamente e entrou.

Onde você está? Kass procurou a origem da voz.

Em meio a escuridão, não havia uma lâmpada que não estivesse quebrada. Kass ligou a lanterna do seu celular e foi à procura da voz desesperada.

Ela encontrou um móvel bloqueando a passagem para se aproximar da voz e o tirou do caminho.

Onde você está? Perguntou Kass repetidamente.

Aqui! Aqui! Ao lado da cozinha! Respondeu a voz.

Aguenta firme! Estou indo aí! Exclamou Kass.

Kass se aproximou da fonte da voz, parecia ser uma mulher amarrada com sua própria vestimenta.

Deve ser a Scarlet... Raciocinou aos poucos Kass.

Scarlet? Perguntou Kass.

Sim, sou eu. Me ajude por favor! Respondeu a voz aflitamente.

Repentinamente Kass ouve vozes através das paredes e tetos que fazem eco.

Kass, socorro... sussurrou uma voz dentro da cabeça de Kassandra.

O som dos sussurros enchera a mente de Kass, quase afastando a sanidade mental dela.

Kass conseguiu resistir e soltar Scarlet rapidamente.

As duas correram para a saída, entraram no carro de Kassandra e fugiram do lugar.

Então, o que houve com você? Perguntou Kass.

Eu desvendei o caso das vozes estranhas de Rottweel, mas agora estou sendo perseguida, eles estão atrás de mim. Disse a policial Scarlet.

Quem está atrás de você? Kass perguntou.

O filha da puta do Richard Vallum! Respondeu Scarlet.

O quê? Indagou Kass de boca aberta.

Isso mesmo, ele mandou alguém ou alguma coisa dar um jeito em mim, por eu estar me metendo nos assuntos locais. Soube que ele foi responsável pelo ataque ao colégio de Comneh em 2002 e possivelmente tem envolvimento com o caso de Jammes e acredito que o caso de Benny não foi mera coincidência. Explicou Scarlet.

Amanhã vamos investigar juntas, vamos descobrir quem tentou silenciar você. Afirmou Kass.

Kass ofereceu abrigo em sua casa para Scarlet por uma noite.

No dia seguinte, Kass recebeu uma chamada.

Alô? Kass atendeu o celular.

Oi Kassandra Yanny, acho que não ficou muito claro as coisas para você. Deixe me te explicar, se você não nos entregar a agente Scarlet e o pendrive, você sofrerá as consequências. Disse uma voz irreconhecível.

Quem é você? E que porra de pendrive você está falando? Perguntou Kass em estado de fúria.

O suspeito desligou a chamada de imediato.

No domingo de manhã, Kass interrogou Scarlet sobre o ocorrido no dia anterior, mas foi interrompida por uma mensagem de Cindy.

VEM ATÉ O DOUTOR PEDRO RICCO, VOCÊ PRECISA VER ISSO! . Kass recebeu uma mensagem de Cindy em letras maiúsculas.

Rapidamente, Kass e Scarlet foram em direção ao necrotério.

Ao chegarem elas notaram policiais revistando o local que se encontrava cercado.

Agente Kassandra, o que houve aqui? Perguntou Kass mostrando seu distintivo a um policial.

Agente Kassandra, sou o policial Vitor Sant. Parece que encontramos o corpo do doutor Pedro Ricco esfolado na cama de necropsia hoje. Explicou o policial.

Obrigado pela informação policial. Posso dar uma verificada no local? Kass atravessou a porta e se dirigiu ao local do crime.

Em cima da cama de necropsia, encontrou se o corpo do doutor Pedro parcialmente esfolado e sem os olhos. O corpo em investigação de Benny foi esquartejado e posto em umas das gavetas. Junto ao corpo do doutor havia um papel, nele estava escrito: "Isso é sua culpa! Entregue a Scarlet!" .