A Escuridão da Noite
Já passavam se das dez da noite quando a campainha do meu apartamento tocará, pensei que poderia ser alguma pessoa da família, já que ninguém me avisou da portaria que alguma pessoa havia subido, já estava no quarto deitado assistindo a um filme, levantei calmamente o chão estava gelado a noite era fria uma típica noite do inverno sulista, ao chegar perto da porta virei a maçaneta com cuidado e lentamente abri a porta, para minha surpresa não havia ninguém ali olhei através dos corredores não tinha sinal algum de que alguma pessoa estaria do lado de fora. Entrei, para dentro novamente todos os cômodos estava silenciosos como sempre, mas durante a madrugada, com mas exatidão as 3:23 da manhã, um ruído tão quanto curioso assombrou me o resto daquela madrugada, um barulho de unhas que num certo ponto ficava estridente, era como se alguém de unhas muito grandes, passasse elas em todas as paredes da casa simultaneamente. Nunca vi nada assim antes, durantes cinco anos morando neste apartamento, levantei rapidamente liguei a luz do quarto e vi que não havia nada, fui para cozinha e para a sala, lá sim, havia algo eram manchas negras de pés por toda parte, Alguém esteve ali... Ao amanhecer do dia seguinte fui até o apartamento 56 da moradora mais antiga dali, a Sra. Peterson, conheceu todos que morararam no prédio o mesmo foi fundado pela família dela no século XIX, A mulher no auge de seus 83 anos me contou a "lenda" do meu apartamento... "Era Inverno de 1969 quando um homem de idade em torno dos 40 anos se mudou para o apartamento 89, ele tinha uma aparência medonha, era meio frio e amargo, a mudança dele coincidiu com outro fato marcante o desaparecimento de um menino que morava aqui Kevin de oito, Ninguém sabia aonde o menino estava, todos estavam com medo, na televisão estava todos os dias manchetes estampando que muito daquelas seitas da época, que vinham surgindo a cada dia usavam crianças como algum tipo de sacrifício para rituais de magia negra, e estavam certo, o menino Kevin foi encontrado no térreo três dias depois do seu sumiço ele havia levado três facadas no peito, haviam marcas no seu corpo, um pentagrama na barriga, e o número da besta em sua testa, foram dias sombrios e melancólicos, existia um assassino das trevas entre nós, Não demorou muito e a polícia chegou ao apartamento 89, o daquele homem estranho, encontraram sangue em recipientes na geladeira, símbolos satânicos na parede, e um livro da seita que ele pertencia "Discípulos do homem nas trevas" Ele havia sacrificado o garoto Kevin ao tentar conjurar o demônio da carne, ele tentou invocar Lúcifer". Voltei ao meu apartamento com um frio na barriga e com enorme receio, aquela história era terrível era algo maligno. Já era tarde e as palavras da senhora Peterson não saíam da minha cabeça, Ao primeiro momento pensei em me mudar mas não havia acontecido algo tão sério, Bem, eu não sabia o que viria acontecer nas próximas horas, eu havia deitado no sofá e acabei pegando no sono já era tarde quando acordei novamente, mas eu vi, eu vi o que me atormentou naquela noite, era sombrio e horripilante seu corpo era alto e negro seus olhos eram amarelos, suas unhas era grandes e longas sua face era das mais obscuras, ele estava na porta da cozinha me olhando fixamente como se me observa se a horas, quando fui levantar do sofá, as luzes se apagaram, meu corpo foi tomado por calafrios, minhas pernas paralisaram, o medo era tão grande que eu não sabia o que fazer, comecei a andar lentamente pela escuridão, quando senti algo tocar meus braços, era algo frio, olhei para o lado e vi aquele rosto, um rosto tão medonho e bizarro, seu rosto era negro e escuro, seus olhos amarelos, e seu sorriso mostrava seus dentes como presas, aquele sorriso, era tão horrível, cheguei até a porta, abri ela com as mãos totalmente suadas, saí correndo pelos longos corredores do prédio. Depois daquela noite só voltei duas vezes lá no apartamento 89, para pegar minha coisas, moro em uma cidade do interior agora, longe das agitações das grandes metrópoles, mas as vezes na escuridão da noite ainda acordo com a sensação de estar sendo observado, às vezes eu ainda vejo aquele homem, aquele, que habita nas solidões das noites frias e escuras.