A MISTERIOSA VILA 24 - CRIATURAS PERIGOSAS

Enquanto nos deslocávamos ora mergulhando, ora nadando lentamente na superfície, fomos atacados por um grande e faminto tigre, ele nadou lentamente em direção ao cão, passou por ele, creio que avaliando sua potencial presa, em seguida foi em direção a Asgard, porém ao se aproximar, ele já o esperava beligerante, e com seu sabre o atingiu diretamente no olho, isto fez com que o seláquio saísse rapidamente de perto, deixando um rastro de sangue, como uma fita vermelha em direção ao fundo escuro. Ganhamos preciosos minutos de vantagem e chegamos até o recife de corais, que separava o mar profundo de uma grande fenda inundada no paredão. Lutar contra tubarões tigres não é uma coisa sensata. Transpusemos a arrebentação adentramos a fenda, provavelmente o dormitório dessas grandes bestas. Ms, pelo menos por enquanto, estávamos livres dos dentes mortais das criaturas submarinas.

Precariamente nos segurávamos nas rochas escorrega-dias e esverdeadas impregnadas pelo limo, e esculpidas pelo incessante vai e vem da água.

Asgard liberou o cão, o animal escalou as rochas e desapareceu por entre as cavas da montanha. Ficamos ali a espera do nosso feroz investigador, passados alguns minutos, ouvimos um grunhido familiar, o cão retornou, parou sobre uma pedra e nos olhou diretamente. Havia algo entre suas mandíbulas. O filete de sangue oque escorria sobre sua garganta denunciava o evento. O cão trazia sinistros restos das entranhas de um dos sentinelas, que desafortunadamente dormia no seu posto, na entrada de um dos tuneis da fortaleza.

Asgard avançou em sua direção acariciou sua enorme cabeça, e fez sinal para o seguirmos. Entramos em um túnel escuro acima da enseada caminhamos por longo tempo, guiados pelo cão, quando chegamos ao primeiro salão, paramos por alguns instantes. Havíamos acessa-do as masmorras. O cheiro de carne putrefata me provocava náuseas, o ar era pesado e úmido. De repente começou a surgir o cheiro de cravo, e foi ficando mais forte a cada segundo.

Asgard:

- Temos companhia,

Asgard agachou-se com o sabre apontando para frente, eu o segui, Soren e Dragon, se posicionaram entre as frestas das rochas, ficamos dois de um lado, e dois do outro do corredor. Quase sussurrando Asgard diz.

- Aros me acompanhe, não saia de perto de mim por nada.

Ficamos em total silencio observando, de repente, surgem quatro criaturas, eram seres humanos, mas com aparência animalesca, nunca havia visto algo igual. Magros esqueléticos suas mãos pereciam garras. Calma-mente eles caminham em nossa direção, e assim que chegaram ao alcance, como leões enfurecidos Soren e Dragon os atacaram, o primeiro, foi decapitado num só golpe, desferido por Dragon, ainda tive a visão dos seus olhos se revirando na cabeça separada do corpo rolando sobre a pedra. Sua boca abria e fechava como se qui-sesse pronunciar alguma coisa, ou simplesmente tentas-se respirar.

Os outros dois, não tiveram nenhuma chance contra o felino Soren, ele cravou seu sabre nos peito do segundo, com tanta violência, que ouvi seus ossos estalando por baixo da caixa torácica. O quarto reagiu, mas Asgard o pegou pelas costas e extraiu sua costelas com o sabre afiado. A batalha foi rápida e sangrenta, minhas roupas ainda molhadas pela água do mar, ficaram completamente salpicadas de sangue, embora eu não tivesse efetivamente usado meu sabre. Tão rápido como começara a batalha terminou.

Rapidamente seguimos para as masmorras. Nas paredes de pedra havia grilhões de ferro presos a pesadas correntes, um tacho de metal cozinhava alguma coisa, podia sentir o cheiro fétido e repugnante, ao lado da porta de madeira havia uma enorme cama encoberta por cortinas transparentes, sobre ela, havia algumas mulheres, elas dormiam profundamente, seus belos corpos expostos revelavam o quanto eram usadas pelos guerreiros em seus jogos sexuais. No outro lado do penumbroso salão, pendiam do teto duas cordas, em uma delas um feto gigantesco de aparência semi-humana, balançava de um lado para o outro inerte. Enquanto avançávamos por entre os corredores e quartos, ouvíamos gemidos, e gritos, uma mistura macabra de pavor e de prazer. Adentramos ao próprio inferno.