Duelo ao Sol
Eles estavam frente a frente. Resolveram duelar pelo amor de suas vidas. Os dois queriam a atenção dela. Ela estava a alguns metros de distância. Estava calada e apreensiva. Não sabia ainda com quem queria ficar. Que vencesse o mais forte. Era o que importava.
Olhavam-se com raiva, ódio. Queriam resolver logo pois o Sol os castigava. Vez em quando imperava um silêncio que castigava mais que o próprio Sol.
Dali a pouco se pegavam , rolavam pelo chão, olhos
nos olhos, engalfinhados. Trocavam socos e pontapés. Depois se separaram cansados e exaustos.
Ela olhava de longe sem se aproximar pois poderia ser atingida e não poderia se intrometer. Para ela só interessava o mais forte.
Exaustos e cansados eles não iriam desistir tão fácil. Queriam mostrar à donzela quem era o mais forte.
Ela, cansada de ficar sob o sol procura um abrigo na sombra. Eles não, queriam mostrar o quão fortes eram e não queriam desistir de maneira alguma.
Tomados pelo cansaço mal conseguiam se manter em pé, não queriam desistir. Mal conseguiam se olhar, tal exaustão. Com a respiração ofegante e suando às bicas acabam caindo no solo quente.
Os dois insetos acabaram sendo torrados pelo calor do Sol intenso.