CILADA MORTAL
Katherine acordou às 10:00 da manhã e fez seu café como de costume. Usou a xícara que ganhou de Bryan, seu namorado. Os dois planejavam uma viagem para o mês seguinte, Agosto. O destino ainda decidiam, porém, os gostos mais o levavam para o Canadá.
Naquela manhã não havia sequer um indivíduo na rua, o que não era comum, já que o bairro era sempre muito bem movimentado. Katherine terminou de tomar seu café e logo foi passear pelo jardim e dar um trato em algumas plantações. No percurso até a porta de saída, Katherine ouviu alguns barulhos vindo do porão, mas não deu importância, afinal, a viajem que faria com Bryan estava deixando sua mente tão feliz que tudo de negativo era negligenciado. Chegando no jardim ela sentou na grama e começou a aparar algumas plantas.
Passaram-se dez minutos e ela novamente ouviu os barulhos vindo do porão. Levantou, dessa vez um pouco assustada, pois percebeu que se fosse alguém para a atacar, não haveria ninguém para socorré-la, já que a rua estava deserta e os vizinhos pareciam estar todos dormindo. Katherine correu para a sala, pegou o telefone e ligou para a polícia.
Depois de vinte minutos dois policiais bateram na porta, ela correu e era nítido que estava trêmula. Eles a acalmaram enquanto mais dois policiais que estavam na viatura saíram para vasculhar a casa. Um dos policiais começou a fazer perguntas para Katherine, afim de entender melhor o que estava se passando, já que naquela região era alto o índice de acontecimentos bizarros. Ela não sabia muito sobre a cidade, havia se mudado em menos de um mês. Katherine ficou horrorizada com as relatos que ouvia dos policiais.
Passaram-se quarenta minutos e os dois policiais desceram. Não havia ninguém no porão e em nenhum outro cômodo da casa. Aconselharam ela a dormir na casa de algum parente próximo, mas Katherine não tinha nenhum familiar na cidade, apenas Bryan, seu namorado, então imediatamente ela trancou toda a casa, pegou seu carro e foi para a casa dele.
Durante o caminho Kathetine teve a sensação de estar sendo seguida. Suas mãos ficaram trêmulas dificultando a direção. Percebendo que não era boa ideia continuar no volante como estava, Katherine estacionou seu carro em uma esquina e entrou em uma lanchonete que havia a poucos minutos dali (cerca de cinco minutos). Chegando no estabelecimento, havia um casal e um policial.
Katherine sentou-se no banco frente ao balcão e pediu um cappuccino. O policial percebendo que a moça estava nervosa, aproximou-se e perguntou se estava acontecendo algo. Katherine confessou tudo que estava acontecendo e ele deu razão aos outros policiais que disseram para ela dormir na casa de algum conhecido e confirmou que a cidade nos últimos meses andava muito perigosa. Raramente se via policiais pela cidade, a violência era tanta, que muitos membros da corporação pediram demissão, faltando assim, policiais para dar a devida segurança que a cidade suplicava. Katherine ficou sabendo que muitos vizinhos também haviam se mudado, deixando óbvio que o silêncio que pairava pelo bairro era devido a isso.
Kathetine sempre foi uma moça caseira. A maior parte do seu tempo passava no quarto ouvindo música. Não tinha TV e não ligava muito para isso, dificultando assim a chance de obter informações sobre tudo que se passava pela cidade. O único vizinho com quem Katherine tinha amizade sofreu um infarto em poucas semanas que o conheceu. Depois disso, Katherine se isolou mais, talvez por conta do sentimento de tristeza. Ela só recebia visitas de Bryan e de vez em quando ia até a casa dele.
Depois de ter tomado o cappuccino e ter se acalmado, Katherine voltou a esquina que estacionou seu carro e de lá partiu com mais velocidade para a casa do namorado. No meio do trajeto, ela decidiu ligar para Bryan e dizer que estava a caminho. Ligou três vezes e Bryan não atendeu. O nervosismo tomava conta novamente da moça.
E chegando na vizinhança onde o namorado morava, percebeu algo estranho. Havia cerca de umas vinte pessoas frente a porta da casa de Bryan, pareciam espantados com algo. Katherine imediatamente parou o carro e correu até a casa. Chegando no local, Katherine viu Bryan envolto a uma enorme poça de sangue. Bryan havia sido morto com trinta facadas espalhadas por todo o corpo e o mais aterrorizante, sua cabeça havia sido decapitada. Katherine congelou por longos minutos e quando deu em si, se jogou no corpo de Bryan derramando intensas lágrimas de dor. Os soluços de Katherine fizeram todas as pessoas em volta chorarem.
E depois de um profundo momento de luto, Katherine foi levada por um policial até a delegacia. Lá foi feita diversas perguntas sobre ela e Bryan. Por um momento Katherine teve a sensação de estar sob suspeita pelo assassinato, mas logo viu que não passava de uma paranóia, afinal, o suspeito teria sido um homem alto, forte e de cor branca. Assim que chegou na delegacia Katherine foi informada que esse mesmo homem estava sondando a vizinhança inteira , inclusive, de que seria ele o motivo dos barulhos no porão.
Passaram-se três meses após o assassinato de Bryan e Kathetine já havia mudado de cidade, dessa vez, foi morar com uma prima que a muito tempo não tinha contato, mas que sempre foram boas amigas. No dia vinte e cinco de Novembro Katherine recebeu uma ligação do detetive responsável pelo caso informando que haviam prendido o assassino de seu namorado. Katherine não pensou duas vezes e se despediu da prima por alguns dias, afinal, queria saber quem era o assassino de Bryan e só ficaria em paz quando a justiça fosse feita.
E novamente durante o percurso até a cidade macabra Katherine teve a sensação de estar sendo seguida. Dessa vez ela não estacionou e continuo até chegar na delegacia. E enfim chegando, os policiais disseram a Katharine que deveriam novamente ir ao local do crime. Kathetine achou aquilo tudo muito estranho, mas foi. Na viatura havia dois policiais, os mesmos que socorreram katherine na primera vez.
Durante o trajeto Katherine estranhou algo a mais, pois os policiais haviam entrado em uma rua desconhecida, diferente do trajeto que dava a casa de Bryan, onde ocorreu o crime. Katherine questionava os policiais e nada era respondido.
Quando chegaram próximo a um beco, os policiais pararam o carro e pediram para Katherine os acompanhar. E chegando frente a uma casa totalmente abandonada, Katherine foi alvejada com dez tiros.
Jornal Acontecimentos Macabros, 26 de Novembro de 1995.
"Mulher cai em armadilha de policiais e é morta com 10 tiros. O assassino encontra-se preso aguardando julgamento. O nome é George. Segundo informações da prima da vítima, George era ex-namorado da moça e o mesmo havia matado Bryan Thompson. Tudo seria motivado por vingança. Os policiais eram os melhores amigos de George e foram pagos para serem cúmplices nos dois assassinatos. Os mesmos foram expulsos da corporação e também aguardam em julgamento."
- Francielly Fernandes
- 20/06/2019
Katherine acordou às 10:00 da manhã e fez seu café como de costume. Usou a xícara que ganhou de Bryan, seu namorado. Os dois planejavam uma viagem para o mês seguinte, Agosto. O destino ainda decidiam, porém, os gostos mais o levavam para o Canadá.
Naquela manhã não havia sequer um indivíduo na rua, o que não era comum, já que o bairro era sempre muito bem movimentado. Katherine terminou de tomar seu café e logo foi passear pelo jardim e dar um trato em algumas plantações. No percurso até a porta de saída, Katherine ouviu alguns barulhos vindo do porão, mas não deu importância, afinal, a viajem que faria com Bryan estava deixando sua mente tão feliz que tudo de negativo era negligenciado. Chegando no jardim ela sentou na grama e começou a aparar algumas plantas.
Passaram-se dez minutos e ela novamente ouviu os barulhos vindo do porão. Levantou, dessa vez um pouco assustada, pois percebeu que se fosse alguém para a atacar, não haveria ninguém para socorré-la, já que a rua estava deserta e os vizinhos pareciam estar todos dormindo. Katherine correu para a sala, pegou o telefone e ligou para a polícia.
Depois de vinte minutos dois policiais bateram na porta, ela correu e era nítido que estava trêmula. Eles a acalmaram enquanto mais dois policiais que estavam na viatura saíram para vasculhar a casa. Um dos policiais começou a fazer perguntas para Katherine, afim de entender melhor o que estava se passando, já que naquela região era alto o índice de acontecimentos bizarros. Ela não sabia muito sobre a cidade, havia se mudado em menos de um mês. Katherine ficou horrorizada com as relatos que ouvia dos policiais.
Passaram-se quarenta minutos e os dois policiais desceram. Não havia ninguém no porão e em nenhum outro cômodo da casa. Aconselharam ela a dormir na casa de algum parente próximo, mas Katherine não tinha nenhum familiar na cidade, apenas Bryan, seu namorado, então imediatamente ela trancou toda a casa, pegou seu carro e foi para a casa dele.
Durante o caminho Kathetine teve a sensação de estar sendo seguida. Suas mãos ficaram trêmulas dificultando a direção. Percebendo que não era boa ideia continuar no volante como estava, Katherine estacionou seu carro em uma esquina e entrou em uma lanchonete que havia a poucos minutos dali (cerca de cinco minutos). Chegando no estabelecimento, havia um casal e um policial.
Katherine sentou-se no banco frente ao balcão e pediu um cappuccino. O policial percebendo que a moça estava nervosa, aproximou-se e perguntou se estava acontecendo algo. Katherine confessou tudo que estava acontecendo e ele deu razão aos outros policiais que disseram para ela dormir na casa de algum conhecido e confirmou que a cidade nos últimos meses andava muito perigosa. Raramente se via policiais pela cidade, a violência era tanta, que muitos membros da corporação pediram demissão, faltando assim, policiais para dar a devida segurança que a cidade suplicava. Katherine ficou sabendo que muitos vizinhos também haviam se mudado, deixando óbvio que o silêncio que pairava pelo bairro era devido a isso.
Kathetine sempre foi uma moça caseira. A maior parte do seu tempo passava no quarto ouvindo música. Não tinha TV e não ligava muito para isso, dificultando assim a chance de obter informações sobre tudo que se passava pela cidade. O único vizinho com quem Katherine tinha amizade sofreu um infarto em poucas semanas que o conheceu. Depois disso, Katherine se isolou mais, talvez por conta do sentimento de tristeza. Ela só recebia visitas de Bryan e de vez em quando ia até a casa dele.
Depois de ter tomado o cappuccino e ter se acalmado, Katherine voltou a esquina que estacionou seu carro e de lá partiu com mais velocidade para a casa do namorado. No meio do trajeto, ela decidiu ligar para Bryan e dizer que estava a caminho. Ligou três vezes e Bryan não atendeu. O nervosismo tomava conta novamente da moça.
E chegando na vizinhança onde o namorado morava, percebeu algo estranho. Havia cerca de umas vinte pessoas frente a porta da casa de Bryan, pareciam espantados com algo. Katherine imediatamente parou o carro e correu até a casa. Chegando no local, Katherine viu Bryan envolto a uma enorme poça de sangue. Bryan havia sido morto com trinta facadas espalhadas por todo o corpo e o mais aterrorizante, sua cabeça havia sido decapitada. Katherine congelou por longos minutos e quando deu em si, se jogou no corpo de Bryan derramando intensas lágrimas de dor. Os soluços de Katherine fizeram todas as pessoas em volta chorarem.
E depois de um profundo momento de luto, Katherine foi levada por um policial até a delegacia. Lá foi feita diversas perguntas sobre ela e Bryan. Por um momento Katherine teve a sensação de estar sob suspeita pelo assassinato, mas logo viu que não passava de uma paranóia, afinal, o suspeito teria sido um homem alto, forte e de cor branca. Assim que chegou na delegacia Katherine foi informada que esse mesmo homem estava sondando a vizinhança inteira , inclusive, de que seria ele o motivo dos barulhos no porão.
Passaram-se três meses após o assassinato de Bryan e Kathetine já havia mudado de cidade, dessa vez, foi morar com uma prima que a muito tempo não tinha contato, mas que sempre foram boas amigas. No dia vinte e cinco de Novembro Katherine recebeu uma ligação do detetive responsável pelo caso informando que haviam prendido o assassino de seu namorado. Katherine não pensou duas vezes e se despediu da prima por alguns dias, afinal, queria saber quem era o assassino de Bryan e só ficaria em paz quando a justiça fosse feita.
E novamente durante o percurso até a cidade macabra Katherine teve a sensação de estar sendo seguida. Dessa vez ela não estacionou e continuo até chegar na delegacia. E enfim chegando, os policiais disseram a Katharine que deveriam novamente ir ao local do crime. Kathetine achou aquilo tudo muito estranho, mas foi. Na viatura havia dois policiais, os mesmos que socorreram katherine na primera vez.
Durante o trajeto Katherine estranhou algo a mais, pois os policiais haviam entrado em uma rua desconhecida, diferente do trajeto que dava a casa de Bryan, onde ocorreu o crime. Katherine questionava os policiais e nada era respondido.
Quando chegaram próximo a um beco, os policiais pararam o carro e pediram para Katherine os acompanhar. E chegando frente a uma casa totalmente abandonada, Katherine foi alvejada com dez tiros.
Jornal Acontecimentos Macabros, 26 de Novembro de 1995.
"Mulher cai em armadilha de policiais e é morta com 10 tiros. O assassino encontra-se preso aguardando julgamento. O nome é George. Segundo informações da prima da vítima, George era ex-namorado da moça e o mesmo havia matado Bryan Thompson. Tudo seria motivado por vingança. Os policiais eram os melhores amigos de George e foram pagos para serem cúmplices nos dois assassinatos. Os mesmos foram expulsos da corporação e também aguardam em julgamento."
- Francielly Fernandes
- 20/06/2019