O Esquartejador (Último Capítulo)
Estou de volta! Descansado, renovado e com as baterias recarregadas. Agora era chegada a hora de acabar com tudo aquilo que tem tirado o meu sossego. O plano estava pronto. Resolvi dar uma festa em meu apartamento, convidando a todos inclusive o doutor Bernardo, meu suspeito número um. Era uma noite de sábado. Estava muito quente naquela noite. Aos poucos meus convidados foram chegando, um a um eles paravam seus carros, outros chegavam a pé. Recebi meus convidados na porta, apertei a mão e abracei muita gente. Pronto, a festa, mas principalmente a armadilha estava armada, agora era só aproveitar e esperar o assassino morder a isca.
A festa rolou a noite toda, álcool e drogas, as minhas reuniões eram regadas a muita cocaína e heroína. Tudo andava muito bem, até eu ouvir um grito, fraco, quase inaudível vindo do meu quarto. Sem aparentar alarmismo sai, andei poucos metros e descobri que veio de dentro do meu quarto. Lentamente girei a maçaneta e me deparei com algo assustador, era a Katia, toda suja de sangue ao seu lado com um buraco na cabeça estava Ruan, meu melhor amigo, morto. Parei. O cenário era de um filme de terror. O vestido branco que a Katia usava naquela noite estava tingido de vermelho. O corpo do Ruan com os braços abertos, igual Jesus Cristo na cruz. Ajoelhei-me, levantei meu olhar em direção a ela e a questionei:
- Por que fez isso comigo? – Ela me olhou por um instante viu a janela aberta e se atirou rumo à morte.
Fui preso, acusado pelos crimes que não cometi julgado e sentenciado a passar o restante dos meus dias preso em um manicômio judiciário. A promotoria alegou que eu era perigoso para a sociedade, quanto aos corpos esquartejados, ninguém sabe. Escrevo esse relato de dentro da minha cela, cansado, após fazer picadinho de mais um, se isso vai acabar um dia, eu não sei, mas se precisar matar alguém mande o corpo que eu sei o que fazer com ele.
Fim...