Uma noite para esquecer... (verídico)

...aconteceu la pelas bandas do nordeste, em uma cidade

do interior, na década de setenta. Uma estréia nacional de um filme de terror, um filme de muito medo, terror brabo, daqueles que as pessoas

não ficavam até o final do filme,muitos gritos e sustos,o filme era,

" O exorcista ".

( Eu sou um contador de história, com sotaque, nordestino )

Zé, levou sua mulher Maria, embuchada prestes a dar luz, e os

dois assistiram o filme inteirinho, até o final. Na saída Maria reclamava!

- Zé isso é filme que uma mulher grávida, deve assistir? Quase

pari no meio do filme! Zé ria muito, e Maria continuava. - Vai rindo Zé,

quero ver você rir, quando seu filho nascer, com a cara de carranca

daquela menina,aí quero ver você rir. Zé com meio sorriso, responde:

- É só um filme, mulher, só um filme.

Só deu tempo de chegarem em casa,o céu desabou, uma chuva

forte, com ventos, raios, relâmpagos e trovões, tipico de um filme de

terror. Maria reclamava: Não me deixa sozinha, que ainda estou com as

imagens do filme em minha cabeça, e esse tempo ainda, só falta acabar a energia! O boca, acabou a luz! Maria agarrando Zé pelos braços,

continuava a reclamar: - Quem manda me levar para assistir, esse tipo de filme, até no banheiro você vai comigo. Mas para alegria dos dois a energia voltou. - Pronto Maria, fica tranquila,está tudo bem. Zé acalmava Maria, mas rindo muito.

Zé tinha uma mania, antes de deitar, ia até a sala,abria

um pouco a cortina, para verificar seu jardim,por sinal um belo jardim,

todo gramado e com sete estatuetas de tamanho original, os setes anões. Ele ganhou de um amigo, que não queria mais os sete anões,

alegava que em noites de grandes chuvas, e com relâmpagos, os

bichinhos se mexiam.Zé muito cético, nem ligava, e já fazia um bom

tempo que tinha as estatuetas.

Zé abriu um pouco a cortina, e nesse momento um relâmpago,

iluminou o jardim, Zé assustado fechou a cortina e gritou:

- Maria, Maria, vem ver, rápido, o Dunga sumiu!

- Quer me matar do coração? Dizia Maria e foi confirmar, que Zé dizia. Abriram a cortina,e para surpresa, o Dunga não estava, só tinha o sinal de uma grama circular mais baixa.

De repente o sangue dos dois gelam, alguém batia na porta com força,e repetia a batida. É nessa hora,que separa o homem, do menino, Zé tinha que pagar para ver, e foi abrir a porta, Maria muda só acompanhava Zé com o olhar. Zé abriu a porta e fechou rapidamente.

- Maria, Maria, você não adivinha,quem está aqui batendo!

Maria sem pensar respondeu: - É o Dunga,o Dunga?

Zé respondeu rindo: - Não é minha irmã, querendo uma vela emprestada, está com medo que acabe a energia de novo.

Maria fula da vida, responde:- Pega a vela e sua irmã e vão para o diabo que carregue.

Mas não acabou a história não! Dias depois Maria, deu a luz

ao menino, e a maternidade estava cheia de parentes, e povo para ter

parentes! No berçário, todos curiosos para verem o filho do Zé. Em fim a enfermeira trouxe o menino enrolado no cobertor, e Zé pegou em seus braços. Nesse instante,pairou um silêncio sinistro no ar,não se escutava

nenhum zunido, nada, e Zé descobriu o rosto do menino, e foi um espanto, junto com murmúrios, o filho do Zé,era idêntico, esculpido,

escarrado, igualzinho...sabe de quem? De quem?

Não sabem, eu digo....do Zé,igualzinho o Zé...

Novaes Viva Mocidade
Enviado por Novaes Viva Mocidade em 28/02/2019
Reeditado em 20/03/2019
Código do texto: T6586612
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.