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  Ele fez o que pode para não assustá-la, mas parece que o susto maior foi de John.
  Para sua surpresa Elisabeth nada vê, além de sua própria imagem refletida e para descontrair um pouco, brinca com o marido dizendo que viu sim, mas foi o rosto de uma linda mulher apaixonada por um certo homem que estava ao seu lado (não sabia ela que ele, é que estava muito assustado; diria apavorado).
  Que ele havia visto algo naquele espelho era inconteste, porém preferiu assimilar e investigar com mais critérios.
  Por outro lado até ficou mais tranquilo, se é que isso fosse possível, pois foi muito bom não ver transferida para esposa, toda sua apreensão.
  Mas, para ter certeza daquilo que tinha visto, John olha novamente e vê com mais clareza a imagem que retratava uma cena e que de imediato o fez imaginar ser uma situação de perigo a qual ele estava passando no momento.
[...como se fosse uma discussão no seu consultório, com um dos seus pacientes, mas...
Como poderia se nem um emprego novo havia conseguido e se levarmos em consideração que estavam ali naquele lugar, justamente para tentar reconstruir suas vidas.]

  Intrigado e para aumentar ainda mais este mistério, por vários e vários dias tal cena repetiu-se para John e sempre com um detalhe á mais, revelado naquele espelho.
 Seus conhecimentos, embora nunca tenha passado por algo semelhante na sua profissão, aguçou sua curiosidade em pesquisar fatos que pudessem ter qualquer correlação com este fato, presente em sua vida.
 Passaram-se alguns dias e John é chamado para comparecer numa escola para uma entrevista, onde havia deixado seu currículo.
 Gostaram demais de John, mas o alertaram quanto sua remuneração (não condizente com sua formação), caso aceitasse o cargo de professor naquele colégio.
  Certo do que queria e procurava, ele firma compromisso e se propõe iniciar suas atividades já no outro dia, se preciso fosse.
  Retorna, ansioso para contar a novidade para a esposa e ao entrar em sua nova casa vê Elisabeth rascunhando uns desenhos que presumiu serem infantis fazendo-o imaginar que ela estava progredindo e se reanimando novamente, depois do trágico ocorrido com o filho.
  Ter visto aquela cena, foi bom demais á ponto de dar uns passos para trás e se emocionar por minutos.
  Espera um pouco e simulala como se acabara de chegar. Em seguida John á abraça e conta como foi o seu dia.
  Ela fica tão contente quanto ele e diz que também precisa lhe dizer uma coisa boa que estava novamente acontecendo.
  Então ele pede que conte o que estava a deixando tão feliz e com os olhos radiantes...

 ...diz Elisa...:
 -Acho que vou voltar a escrever e desenhar novamente, pois aqui neste paraíso, tudo tem um poder mágico, inexplicável e mesmo que não quisesse, eu não conseguiria segurar toda essa inspiração que venho tendo, como se fosse uma avalanche de ideias me obrigando por tudinho no papel. E é como se começasse tudo de novo. Ótimo querida, diz John!

...segue...