Olhos sanpaku
Depois que criei coragem e comecei a me aprofundar em literatura - inclusive a científica - sobre os tais olhos sanpaku, fui me afastando gradativamente das superfícies espelhadas, das fotografias antigas e até do olhar oblíquo que, além de sugerir um flerte, far-me-ia, na certa capitular-me...
Coisas do Demo, e até demo-nstráveis a um mero olhar. Passei a matutar mais sobre o porque de tamanha maldição, sem conseguir entender porque justamente o Criador, com aquele olho único que a Maçonaria O representa, quereria condenar a priori, até sem testar, produtos de sua própria e divina lavra. Precisava? Ou andaria querendo dar um pouco de razão a Darwin, seu inimigo mortal, a quem eliminou de um sopro só. Ou da falta dele...?
A doutrina nos instrui a sermos tementes e ao mesmo tempo a O adorarmos acima de todas a coisas, as colchas e as coxas...rijas ou frouxas...Mas se o próprio Filho que veio representar uma versão mais light do rigor paterno já disse em Evangelho que o seu jugo é leve...por quê ainda tamanho temor...?
E já me ia consumindo nessas lucubrações que da terra não te elevam nem aos céus te enlevam quando, no quase-breu, olha com quem me deparo eu que não sou nenhum Depardieu:
Logo a Paes, exu-berrante, querendo tirar-me a paz...!