A PISCINA DE BOLINHAS
Eram dois meninos e uma menina pulando e mergulhando na piscina com muita alegria, quando o jovem do hotel chegou apresentando outro garoto.
_Gente, aqui temos o Frederico! Falou. _Ele também vai brincar na pisicina conosco.
Dizendo isso tomou nos braços o menino que já tinha tirado os tênis e o colocou dentro da piscina. Agora os quatro esbaldavam alegria naquele limite cercado de centenas de pequenas bolas coloridas.
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_Ai, mamãe! _Tomei outro choque aqui. Reclamou a criança. _Tá doendo muito.
_Quer que mamãe tira você daí, querido? Perguntou a assustada mãe.
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Pouco mais de quinze minutos se passaram e Frederico fez uma reclamação; _Moço? ele levantou a mão chamando a atenção do rapaz que os assistia. _Tomei um choque na perna. Ele disse numa caretinha em seu redondo rosto.
Estavam em um pequeno parque (Play Ground) de um Hotel Fazenda mui popular, às margens de uma popular rodovia. Os adultos conversavam no jardim ou tomavam suas cervejas, enquanto as crianças comiam, corriam ou brincavam na cama elástica e na piscina de bolinhas. Outras comiam algodão-doce.
Era uma tarde de Domingo e a familia estava voltando para casa, depois de uma reunião importante numa cidade vizinha, quando o pai do menino foi nomeado Responsável Técnico de uma grande construção para um shopping.
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O menino abriu os braços e a mãe lhe deu colo. Ele estava um pouco trêmulo e ela lhe ofereceu mil coisas, no intuito de o distrair e alegrar. Ele apenas pediu água. Ficou meio amoado. Minutos depois ele gemia e reclamava de frio.
_Doi muito mamãe! Ele disse. _Quero ir pra casa. _Quero papai!
A mãe ficou preocupada e pediu uma moça do hotel um algodão embebido em vinagre, alegando que o menino havia se ranhado em algum metal ou arame , na piscina. Foi atendida prontamente.
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Frederico era o dodói da família. Com apenas cinco anos de idade ele encantava a todos com sua meiguice e agilidade para fazer pequenas traquinagens. Muito inteligente e carinhoso, conquistava a todos. Já sabia ler e escrevia várias frases, com toda precisão. Também tinha dom para recitar poesias. Ele era um garoto incrível.
O pai de Frederico tinha ficado trabalhando e voltaria para casa na próxima semana. Mas a mãe precisava voltar depressa porque o mais velho dos filhos tinha escola na Segunda-feira. Por isso estavam no carro a babá, a menina caçula e Frederico. Sua mãe dirirgia o Sedam da familia nessa viagem de retorno à capital.
Resolveram parar ali porque o pai lhes havia prometido que pediria a mamãe para fazerem o lanche naquela parada. O lugar era realmente agradável e as crianças estava contentes.
Depois de lanchar e fazer pipi, Fred pediu para brincar na piscina de bolinhas. Um rapazinho do local levou as crianças e ficou ordenando para não brigarem. Tudo estava bem, até o Fred soltar um gritinho e dizer que havia tomado choque.
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_ Mamãe, estou com frio. Repetiu o menino. _Também estou com medo. _Cadê o papai?
_Psschiii... não tema. _A mamãe está aqui. _Nada vai te incomodar, a mamãe promete.
O menino abraçou sua mãe apertadamente e ficou quientinho, trêmulo. Todo carinho recebido e as palavras doces de sua mãe de nada lhe animou. Ele continuava agarradinho e tremendo, e começou um suave gemido.
Em uma de suas pernas tinha uma manchinha arroxeada com dois furinhos. A mãe achou estranho aquela ranhura na perna do Fred.
_Parece que se furou na tela de arame do pisicina. Pensou.
Sua irmã reparou e comentou que o Fred tava suando e pálido. Mãe se sentou, olhou bem para o filho e mandou chamar o dono do hotel, que lhe atendeu prontamente.
Nesse momento um senhor idoso toma a perna do menino, observa com atenção e se afasta de repente. Ele se dirige ao proprietario do hotel e diz; _O menino foi picado por uma cobra muito venenosa. _Acuda o garoto e mande verificar a piscina.
O dono do estabelecimento não retruca e pede ao seu cunhado para levar, urgentemente a mãe o menino para o hospital da cidade mais próxima. Ele foi prontamente obedecido e o motorista não poupou a máquina nem respeitou o limite de velocidade. Mas o menino já estava fazendo vômitos e suando frio, deixando sua mãe ainda mais apavorada.
Cinquenta minutos depois o garotinho estava numa maca diante de um médico e dois enfermeiros. Todos os procedimentos de urgência foram aplicados e tudo na maior competencia profissional.
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Os funcionários do hotel viraram a piscina e com rodos e vassouras empurraram as centenas de bolinhas para um lado. Minutos de busca e todas viram, admirados, a grande serpente bem enrolada em pose de defesa e ataque. Eles atacaram o bicho e assim que desferiram os primeiros golpes, descobriram que entre os rolos daquela cascavel havia três filhotes. Mataram todos os repteis, entre gritos e estardalhaços.
Um rapaz tomou o seu carro e imediatamente viajou para o hospital onde sabia encontrar a mãe e o filho ferido. Levou consigo as cobras mortas para analise e certificação da espécie perante o laboratório do hospital.
Mas, apesar de tudo, os esforços para salvar aquela vida foram em vão. Do pequeno Fred agora, só ficaria as doces lembranças. Nada mais poderia ser feito... O MENINO FALECEU.
(Pardon)