Aonde vais?
O antigo relógio de parede nunca falhou no tempo. Cadernos, diários, páginas rabiscadas estão sobre a mesa da sala. A única cadeira fora do lugar ainda está levemente aquecida, lembrando que alguém esteve ali. O abajur à meia luz, provavelmente, para deixar o ambiente mais aconchegante. A garrafa de café, a bandeja de prata, xícaras de porcelana permanecem na mais "perfeita" ordem, emitindo sinal de que, sequer foram tocadas. A tevê ligada, com volume baixo, exibe um filme romântico, desses de "tirar o fôlego". O telefone celular está sobre o tapete do quarto, descarregado. Há correspondências acumuladas há vários dias, na caixa dos correios. Aromas de madressilvas e gardênias invadem todos os espaços. Uma página arrancada de um antigo diário contém um bilhete... Um recado sucinto, mas de grande significado.
A porta da frente está entreaberta. Na parte interna do muro à direita há uma frase, em letras garrafais, que diz o seguinte: "O lugar aonde pensas que vais não vos permite voltar atrás."
O relógio bateu 18:00h. Nesse momento ouve-se o piado triste da coruja, inquilina solitária há mais de dois anos, do velho abacateiro.
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A porta da frente está entreaberta. Na parte interna do muro à direita há uma frase, em letras garrafais, que diz o seguinte: "O lugar aonde pensas que vais não vos permite voltar atrás."
O relógio bateu 18:00h. Nesse momento ouve-se o piado triste da coruja, inquilina solitária há mais de dois anos, do velho abacateiro.
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