O homem metódico

Meu pai andava enfermado por maleita.Todo aquele sol inclemente,a aridez,a falta d'água,escassez de alimento e tudo o mais não se compara àquilo que sentiu meu pai para chegar a tão extremada atitude.Era ele caseiro,jagunço,de um tal seo Joaquim,e zelava da propriedade e dos animais que haviam ali em troca de conseguir assim um lugar para abrigar minha mãe e meus irmãos...eu não era nascido a esta altura.Um sol escaldante e o velho enrolado de cobertor,que a maleita é fria,depoismente calorenta.Pobre homem.Pois um diabo de um menino de uma família de gente perigosa e assassina achou graça em abrir a cancela que cercava os animais que meu pai cuidava,após o que gritava,rindo:venha fechar a porteira velho corno!Meu pai acamado,praguejava sua impotência ante a afronta do peste.Domingo meu pai recuperou força e foi falar com os pais do diabo miniatura.A matriarca da família do menino disse para o pai que não pediria desculpa alguma e que com eles era tiro-e-queda pois todos eram perigosos e nada temiam em ninguém.Meu pai abaixou a cabeça e foi embora.Dias depois,com um só tiro matou o capeta do menino.Quando nasci meu pai já havia fugido por mode vingança.Uma tia minha disse que pras bandas de Mato Grosso do Sul.Eu nasci em Alagoas,donde meus pais e avós pertenciam.Não conheci meu pai e depois que saí daquele agreste nunca mais quis para lá voltar.