Despertar para um socorro!
...
Patrícia filha única, órfã de pai e tem em sua mãe a companheira inseparável. Uma jovem formada em administração, com ideais bem claros e definidos.
Por estes dias enfim consegue encontrar um bom emprego depois de uma longa espera e uma convincente entrevista seletiva.
Recém-formada com idéias frescas, estava muito animada, pois se tratava de uma empresa conceituada e promissora onde sua função nesta, seria de assistente administrativa junto ao setor de ‘RH’, cargo afim a sua formação.
Com uma disposição invejável encarou tudo com muito empenho e responsabilidades que de antemão são pré-requisitos fundamentais para qualquer pessoa, aja vista um mercado tão escasso e competitivo como se apresenta.
Todo dia bem cedo se prepara para o trabalho, despertada por um barulhento rádio-relógio, mas como já de prontidão debaixo dos cobertores a espera do tal despertar, acostumou-se a bloquear o aparelho (uma grife da década de 90), já no primeiro toque.
Sua Mãe diariamente conferindo o relógio, preocupada com o horário da filha, que sempre desperta juntinho com o alarmante aparelho. Inclusive e a propósito depois de uns dias encarando todo barulho pede a ela que mude o despertar para ser com musica (outro recurso do “sofisticado” aparelho) de uma rádio- 24 hs, bem mais suave e agradável.
Tudo sempre igual até passar-se uns dez dias, mais ou menos em que no exato momento de ser despertada Patrícia pensa ouvir uma musica estranha, impressão tão somente? Talvez por acúmulo de cansaço, mas foi nada disso!
Novamente nos dias subseqüentes e a moça, já muito preocupada tem outra componente fustigando sua mente e que se tornara progressivamente um medo aterrorizante, alimentado por algo que era pra ser o mais normal possível. Essa situação começa a refletir em seu semblante, pois sempre ao dormir o terror do dia seguinte lhe vem à cabeça e sabia ela que impreterivelmente isso também refletiria em seu trabalho!
Muito preocupada sempre com sua mãe evita o quanto pode em tocar naquele fato que como disse, vem literalmente tirando-lhe o sono e a tranqüilidade. “Como todos bem sabem tem um jargão popular que diz que mãe é tudo igual, só em endereços diferentes” e esta mãe percebe o semblante da filha gradualmente se abater, mas pensa ser por motivos de trabalho, por isso espera que sua filha a procure para uma conversa quando achasse necessário.
Na realidade parte mesmo de Patrícia a conversa, não por tratar-se do trabalho, mas pelo que ouvira todos os dias ao levantar-se. Chega o fim de semana e sua mãe permite que a filha se dê o direito de extrapolar o horário de descanso esperando-a para almoçar até próximo das 14:00 hs sábado.
Após isso a filha cheia de cuidados conta a sua mãe de sua preocupação com o mistério que observava todas as manhãs ao acordar.
A mãe tenta a tranqüilizar e vai pegar o aparelho para mostrá-la que não havia nada de errado. Em seguida simula o despertar para àquela hora e tudo normal como presumira a mãe. Uma musica bem conhecida toca naquela hora.
...era uma daquelas que ambas cansaram de cantar e ainda cantam juntas, naqueles momentos de faxina geral pela casa.
(Isso ficou longe de deixá-la mais calma!)
A ausência de anormalidade no tal despertar, fez com que Patrícia ficasse ainda mais angustiada, pois ela tinha uma inexplicável certeza de que algo de errado vinha se sucedendo, todos os dias e de fato sabia que não era imaginação sua!
-E como negar o que ouvia diariamente?
[Temos aqui um mistério, na verdade este só se estendeu ainda mais a deixando muito mais transtornada!]
Enfim ao a acordar para o trabalho na 2ª Feira pela manhã, Patrícia passa por tudo novamente, porém com um detalhe extra:
- Ela só não distingue a música que está a tocar e o medo que se acentua, não a deixa seguir adiante ouvindo, bloqueando sempre o relógio instantaneamente ao despertar, mesmo com a rádio-de-música.
O detalhe observado é o seguinte, ela ouve misturada a musica uma espécie de mensagem falada, pronunciada com uma voz rouca e em tom bem baixo.
Nestas alturas o reflexo no trabalho foi inevitável, pois seus colegas que sempre rasgaram fartos elogios a ela, percebem algo diferente no seu comportamento diário, com esquecimentos freqüentes, chegadas em cima da hora e um isolamento nítido, atípico e preocupante.
Passaram-se quase 3 meses desde o inicio no tal emprego até que num dado dia, quando já bem próximo do trabalho, a menos de "100 metros", ela ouve a tal voz de todos os dias, porém com um detalhe crucial e determinante, sem a musica misturada, a tal voz dizia algo que a fez ter um “Q” de lucidez, olha pelo retrovisor e imediatamente a sua frente,dá uma guinada brusca em seu veiculo voltando à 'mil' para casa.
A tal voz dizia ainda em som bem mais baixo, mas como relatado, sem a musica junto, som nítido e audível que dizia, melhor clamava por socorro:
- Pepa, Pepa,..., por favor, não me deixe, não me... ... ... .Tudo repetido várias vezes e cada vez mais fraco.
...Eis que o ponto instigante se elucida!
Pepa, nada mais é do que o apelido de Patrícia dado por seu pai em sua mais tenra idade e importante dizer, desconhecido por todos, exceto por ela mesmo, seu pai falecido a 10 anos e sua mãe. E foi justamente por isso que ela retorna dirigindo daquela forma tão arriscada.
-Ela antes de sair do carro quando próximo a sua casa, chama gritando forte e desesperadamente por sua mãe.
-Deixa o carro no meio da estrada com a porta aberta, saindo correndo casa adentro.
-Vê sua mãe caída ao chão da cozinha, com os olhos esbugalhados, as feições faciais e corporais todas retorcidas (tal situação sugere um principio de AVC, fato que veio a confirmar-se logo em seguida no hospital para onde sua filha a conduziu) e agora “in loco” ouvia da boca ‘torta’ de sua mãezinha a frase com aquela voz rouca e mais baixa, já quase inexistente, que a atormentou por todo aquele tempo, ao levantar todos os dias bem cedo para o trabalho.
- Intrigante situação não é mesmo? E você nunca passou por algo semelhante? E se vier a passar, qual será sua reação?
... ?...
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Patrícia filha única, órfã de pai e tem em sua mãe a companheira inseparável. Uma jovem formada em administração, com ideais bem claros e definidos.
Por estes dias enfim consegue encontrar um bom emprego depois de uma longa espera e uma convincente entrevista seletiva.
Recém-formada com idéias frescas, estava muito animada, pois se tratava de uma empresa conceituada e promissora onde sua função nesta, seria de assistente administrativa junto ao setor de ‘RH’, cargo afim a sua formação.
Com uma disposição invejável encarou tudo com muito empenho e responsabilidades que de antemão são pré-requisitos fundamentais para qualquer pessoa, aja vista um mercado tão escasso e competitivo como se apresenta.
Todo dia bem cedo se prepara para o trabalho, despertada por um barulhento rádio-relógio, mas como já de prontidão debaixo dos cobertores a espera do tal despertar, acostumou-se a bloquear o aparelho (uma grife da década de 90), já no primeiro toque.
Sua Mãe diariamente conferindo o relógio, preocupada com o horário da filha, que sempre desperta juntinho com o alarmante aparelho. Inclusive e a propósito depois de uns dias encarando todo barulho pede a ela que mude o despertar para ser com musica (outro recurso do “sofisticado” aparelho) de uma rádio- 24 hs, bem mais suave e agradável.
Tudo sempre igual até passar-se uns dez dias, mais ou menos em que no exato momento de ser despertada Patrícia pensa ouvir uma musica estranha, impressão tão somente? Talvez por acúmulo de cansaço, mas foi nada disso!
Novamente nos dias subseqüentes e a moça, já muito preocupada tem outra componente fustigando sua mente e que se tornara progressivamente um medo aterrorizante, alimentado por algo que era pra ser o mais normal possível. Essa situação começa a refletir em seu semblante, pois sempre ao dormir o terror do dia seguinte lhe vem à cabeça e sabia ela que impreterivelmente isso também refletiria em seu trabalho!
Muito preocupada sempre com sua mãe evita o quanto pode em tocar naquele fato que como disse, vem literalmente tirando-lhe o sono e a tranqüilidade. “Como todos bem sabem tem um jargão popular que diz que mãe é tudo igual, só em endereços diferentes” e esta mãe percebe o semblante da filha gradualmente se abater, mas pensa ser por motivos de trabalho, por isso espera que sua filha a procure para uma conversa quando achasse necessário.
Na realidade parte mesmo de Patrícia a conversa, não por tratar-se do trabalho, mas pelo que ouvira todos os dias ao levantar-se. Chega o fim de semana e sua mãe permite que a filha se dê o direito de extrapolar o horário de descanso esperando-a para almoçar até próximo das 14:00 hs sábado.
Após isso a filha cheia de cuidados conta a sua mãe de sua preocupação com o mistério que observava todas as manhãs ao acordar.
A mãe tenta a tranqüilizar e vai pegar o aparelho para mostrá-la que não havia nada de errado. Em seguida simula o despertar para àquela hora e tudo normal como presumira a mãe. Uma musica bem conhecida toca naquela hora.
...era uma daquelas que ambas cansaram de cantar e ainda cantam juntas, naqueles momentos de faxina geral pela casa.
(Isso ficou longe de deixá-la mais calma!)
A ausência de anormalidade no tal despertar, fez com que Patrícia ficasse ainda mais angustiada, pois ela tinha uma inexplicável certeza de que algo de errado vinha se sucedendo, todos os dias e de fato sabia que não era imaginação sua!
-E como negar o que ouvia diariamente?
[Temos aqui um mistério, na verdade este só se estendeu ainda mais a deixando muito mais transtornada!]
Enfim ao a acordar para o trabalho na 2ª Feira pela manhã, Patrícia passa por tudo novamente, porém com um detalhe extra:
- Ela só não distingue a música que está a tocar e o medo que se acentua, não a deixa seguir adiante ouvindo, bloqueando sempre o relógio instantaneamente ao despertar, mesmo com a rádio-de-música.
O detalhe observado é o seguinte, ela ouve misturada a musica uma espécie de mensagem falada, pronunciada com uma voz rouca e em tom bem baixo.
Nestas alturas o reflexo no trabalho foi inevitável, pois seus colegas que sempre rasgaram fartos elogios a ela, percebem algo diferente no seu comportamento diário, com esquecimentos freqüentes, chegadas em cima da hora e um isolamento nítido, atípico e preocupante.
Passaram-se quase 3 meses desde o inicio no tal emprego até que num dado dia, quando já bem próximo do trabalho, a menos de "100 metros", ela ouve a tal voz de todos os dias, porém com um detalhe crucial e determinante, sem a musica misturada, a tal voz dizia algo que a fez ter um “Q” de lucidez, olha pelo retrovisor e imediatamente a sua frente,dá uma guinada brusca em seu veiculo voltando à 'mil' para casa.
A tal voz dizia ainda em som bem mais baixo, mas como relatado, sem a musica junto, som nítido e audível que dizia, melhor clamava por socorro:
- Pepa, Pepa,..., por favor, não me deixe, não me... ... ... .Tudo repetido várias vezes e cada vez mais fraco.
...Eis que o ponto instigante se elucida!
Pepa, nada mais é do que o apelido de Patrícia dado por seu pai em sua mais tenra idade e importante dizer, desconhecido por todos, exceto por ela mesmo, seu pai falecido a 10 anos e sua mãe. E foi justamente por isso que ela retorna dirigindo daquela forma tão arriscada.
-Ela antes de sair do carro quando próximo a sua casa, chama gritando forte e desesperadamente por sua mãe.
-Deixa o carro no meio da estrada com a porta aberta, saindo correndo casa adentro.
-Vê sua mãe caída ao chão da cozinha, com os olhos esbugalhados, as feições faciais e corporais todas retorcidas (tal situação sugere um principio de AVC, fato que veio a confirmar-se logo em seguida no hospital para onde sua filha a conduziu) e agora “in loco” ouvia da boca ‘torta’ de sua mãezinha a frase com aquela voz rouca e mais baixa, já quase inexistente, que a atormentou por todo aquele tempo, ao levantar todos os dias bem cedo para o trabalho.
- Intrigante situação não é mesmo? E você nunca passou por algo semelhante? E se vier a passar, qual será sua reação?
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