Pandemia
Parecia mais um dia normal, a sociedade caminhava a passos lentos para o seu fim, até que surgiram as primeiras noticias de algo que poderia acelerar esses passos, era um vírus, os primeiros sintomas eram manchas pelo corpo, em uma semana as manchas apodreciam, em duas semanas o indivíduo era levado a total loucura, e em um mês, a morte. Sua alta mortalidade e facilidade de contaminação assustava, os mais atentos se isolaram e procuraram estocar comida o amais rápido o possível, mas os mais otimistas se desleixaram, pensavam que era mais um susto momentâneo tipo a AIDS, ou que era preocupação apenas de terceiro mundo como o ebola, mas o tempo passou, guerras internas e externas entre os países foram se agravando, a convivência na vizinhança já não era a mesma, qualquer mancha estranha pelo corpo já era suspeito. Boatos surgiram culpando a indústria farmacêutica, outros diziam que foi o governo, já que os moradores de rua eram as primeiras vitimas, e o governo culpava tal país por atentado terrorista. Passou-se quatro anos e só tinha sobrado um quinto da população mundial, o cenário era pós-apocalíptico, sobraram apenas alguns grupos isolados, nenhum lugar era seguro, além da preocupação com o vírus tinha também a possibilidade de um grupo maior e mais armado levar tudo que te pertence, isso quando não acontecia um massacre dos grupos mais vulneráveis. Até que começou a surgir as primeiras noticias de uma possível cura, ou pelo menos uma vacina que deixava a pessoa imune por algum tempo, com a promessa de que logo viria uma cura definitiva, e claro, de um território 100% seguro, laboratórios de alta tecnologia ainda estavam conservados e ao que parece, sendo utilizados, a indústria farmacêutica que foi acusada de ser a grande vilã agora era a salvadora. Eram apenas boatos, não dava pra checar, não tinha mais internet ou jornal, mas com certeza a promessa de um território seguro, um lugar que lhe dar novamente uma vida normal era bem melhor que aquela realidade. Alguns grupos começaram se dirigir a esse território, ao chegarem lá, recebiam a vacina de graça e poderia recomeçar sua vida normalmente, parecia bondade demais, parecia. Quem disse que era de graça? Que disse que iria levar uma vida boa? A única promessa foi de segurança e imunidade. Em pouco tempo já podiam conhecer os novos patrões, e também os novos carrascos, a partir daí, essa nova sociedade foi dividida os super ricos, que sempre foram ricos, e os refugiados, os sobrevivente que antes eram pessoas comuns e agora eram escravos.