O casarão
Em um pequeno vilarejo da Europa há um casarão intrigante. Há anos que não mora ninguém lá, mas o jardim da casa está sempre bem cuidado e florido. Todas as noites, a vizinhança escuta o som de um piano. Algumas pessoas dizem que o casarão é mal-assombrado, enquanto outras afirmam se tratar de encantamento.
O casarão está localizado no fim de uma rua estreita do vilarejo. As portas estão sempre trancadas e fechadas por fora com uma tranca de madeira. As janelas sempre fechadas, assim como as encardidas e velhas cortinas. Entretanto, o jardim está sempre com belas flores com sinais de que são regadas todas as noites.
Conta-se que o casarão fora adquirido por um casal de imigrantes finlandeses que se mudaram para lá, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Ambos aparentavam ter uns sessenta anos de idade. Eram reservados e não tinham muitos amigos. Não tiveram filhos e não se tinha notícia de terem recebido visitas de parentes, enquanto lá viveram. Apenas um senhor de meia idade que cuidava do jardim e ajudava o casal nos afazeres domésticos circulava na casa.
O homem dirigia um velho calhambeque e a sua senhora saía sempre com um envelope nas mãos. Ela era uma pianista que abandonara o seu país após a guerra. Porém, não abandonara o seu fiel companheiro: o piano. Toda noite a senhora sentava-se em frente ao piano para tocar suas canções favoritas e declarar o seu amor ao seu querido esposo, coisa que nunca se cansara de fazer.
O jardineiro da casa era um homem do vilarejo, pessoa calada e simples. Era viúvo e tinha dois filhos que foram estudar em outro país e não mais voltaram. Às vezes, o homem sumia por algum tempo sem ninguém saber do seu paradeiro e depois voltava para sua simples casinha. De lá saía apenas para trabalhar no casarão.
Após dez anos morando no casarão, o casal resolveu fazer uma viagem de navio. O destino, não se sabe... Seria uma viagem longa porque levaram três malas enormes, conta um dos seus vizinhos, que hoje está muito velhinho, já não anda e tem dificuldades para enxergar.
Durante a viagem houve uma violenta tempestade e a embarcação naufragou. Eles desapareceram no mar. Os corpos do casal nunca foram encontrados. Também, não apareceu ninguém à procura de notícias dos moradores do casarão.
Quando o casal foi viajar, o jardineiro não foi mais visto no vilarejo e nem no casarão. A casinha também permaneceu fechada e assim continua até hoje, passados vinte anos da viagem dos donos do casarão.
Mas, fatos intrigam o povo do vilarejo. O jardim continua formoso, com belas flores de cores vivas. Não se sabe quem cuida das flores, quem planta e quem rega constantemente o jardim. Todas as noites, as pessoas conseguem ver uma fraca luzinha amarela vinda do casarão e ouvir o som das teclas de um piano, ecoando lindas canções. Há um mistério no casarão.
Durante o dia o casarão é observado por muitas pessoas, moradores da região e por turistas. Mas, à noite, ninguém se atreve por lá passar. As pessoas que circulavam no casarão, jamais foram vistos no vilarejo.
O mistério só poderá ser desvendado se alguém se aventurar lá entrar e pernoitar. Até hoje, ninguém ainda quis arriscar. No futuro, quem sabe...
Em um pequeno vilarejo da Europa há um casarão intrigante. Há anos que não mora ninguém lá, mas o jardim da casa está sempre bem cuidado e florido. Todas as noites, a vizinhança escuta o som de um piano. Algumas pessoas dizem que o casarão é mal-assombrado, enquanto outras afirmam se tratar de encantamento.
O casarão está localizado no fim de uma rua estreita do vilarejo. As portas estão sempre trancadas e fechadas por fora com uma tranca de madeira. As janelas sempre fechadas, assim como as encardidas e velhas cortinas. Entretanto, o jardim está sempre com belas flores com sinais de que são regadas todas as noites.
Conta-se que o casarão fora adquirido por um casal de imigrantes finlandeses que se mudaram para lá, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Ambos aparentavam ter uns sessenta anos de idade. Eram reservados e não tinham muitos amigos. Não tiveram filhos e não se tinha notícia de terem recebido visitas de parentes, enquanto lá viveram. Apenas um senhor de meia idade que cuidava do jardim e ajudava o casal nos afazeres domésticos circulava na casa.
O homem dirigia um velho calhambeque e a sua senhora saía sempre com um envelope nas mãos. Ela era uma pianista que abandonara o seu país após a guerra. Porém, não abandonara o seu fiel companheiro: o piano. Toda noite a senhora sentava-se em frente ao piano para tocar suas canções favoritas e declarar o seu amor ao seu querido esposo, coisa que nunca se cansara de fazer.
O jardineiro da casa era um homem do vilarejo, pessoa calada e simples. Era viúvo e tinha dois filhos que foram estudar em outro país e não mais voltaram. Às vezes, o homem sumia por algum tempo sem ninguém saber do seu paradeiro e depois voltava para sua simples casinha. De lá saía apenas para trabalhar no casarão.
Após dez anos morando no casarão, o casal resolveu fazer uma viagem de navio. O destino, não se sabe... Seria uma viagem longa porque levaram três malas enormes, conta um dos seus vizinhos, que hoje está muito velhinho, já não anda e tem dificuldades para enxergar.
Durante a viagem houve uma violenta tempestade e a embarcação naufragou. Eles desapareceram no mar. Os corpos do casal nunca foram encontrados. Também, não apareceu ninguém à procura de notícias dos moradores do casarão.
Quando o casal foi viajar, o jardineiro não foi mais visto no vilarejo e nem no casarão. A casinha também permaneceu fechada e assim continua até hoje, passados vinte anos da viagem dos donos do casarão.
Mas, fatos intrigam o povo do vilarejo. O jardim continua formoso, com belas flores de cores vivas. Não se sabe quem cuida das flores, quem planta e quem rega constantemente o jardim. Todas as noites, as pessoas conseguem ver uma fraca luzinha amarela vinda do casarão e ouvir o som das teclas de um piano, ecoando lindas canções. Há um mistério no casarão.
Durante o dia o casarão é observado por muitas pessoas, moradores da região e por turistas. Mas, à noite, ninguém se atreve por lá passar. As pessoas que circulavam no casarão, jamais foram vistos no vilarejo.
O mistério só poderá ser desvendado se alguém se aventurar lá entrar e pernoitar. Até hoje, ninguém ainda quis arriscar. No futuro, quem sabe...