BATMAN - 3

A minha garganta estava seca e só o queeu queria era beber alguma coisa forte, o suficiente para poder entrar em coma e apagar. Hoje era o dia de meu aniversário e eu estava escondido num porão, onde Alfred disfarçado de Batman me resgatou de o Arkham, juntamente com Barbara Gordon, a Batgirl.

Eu estava com alguma droga correndo em meu organismo, muito forte, há pelo menos uns dois anos, desde a morte da Harley, que eu matei. Me lembro, muito vagamente que essa história começou quando começaram a surgir boatos em Gotham de que um grupo chamado de Bando da Coruja estava matando informantes da policia. Aquilo parecia ser muito bizarro e irreal. Eu encontrei um mendigo morto numa noite escura...

...

Eu estava na beira de um prédio, a capa esvoaçando, com uma raiva enorme, pois estava sentindo muitas dores no estomago. Eu tinha pego dois ladrões naquela mesma noite tentando entrar num banco e um deles era muito forte e realmente me acertou. Desde muito cedo, entretanto, eu já tinha aprendido que se é pra bater, é pra bater sem dó e em minutos eu já tinha resolvido isso. E agora estava ali, curtindo a minha dor, no alto de um prédio antigo da periferia de Gotham, quando ouvi um homem gritar apavorado. O grito me deu arrepios. Meus instintos eram tão automáticos que muita coisa fazia sem nem pensar e no próximo segundo já tinha pulado do prédio, no vazio, indo em direção ao grito. Parei a uns poucos quarteirões à frente, num local escuro e silencioso, acreditando que tinha sido dali que o grito viera. Apertanto um botão na minha máscara, ao lado dos olhos, o infra-vermelho foi ativado e vi, ao fundo do beco sujo, um homem morto. A visão me deu uma certa apreensão. Um homem estava balançando, enforcado, com as suas mãos amarradas para frente. Ao fundo escrito em letras vermelhas enormes estava escrito uma única palavra: coruja.

Minha máscara, que na verdade é um capacete, criado com as melhores tecnologias, captou um pequeno som, uma respiração, de alguém que estava escondido dentro de uma lixeira não tão próxima. Abrindo a lixeira encontrei um mendigo apavorado, chorando muito assustado, em silêncio. Eu o tirei para fora da lixeira e lhe disse que não iria lhe fazer mal, mas queria que ele me dissesse o que tinha visto. Ele disse, apavorado, que viu muitas corujas pulando dos prédios e cercando aquele homem e que o mataram enquanto cantavam uma canção que falava de corujas. Eram pelo menos uns vinte homens e mulheres disfarçados com roupas que lembravam uma coruja. Quando pegaram o homem e o amarraram, antes de o matarem um outro personagem apareceu: um outro homem, vestido de coruja, enorme, assustador, que era com certeza o líder deles.

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Batman ainda conseguira que o homem ao menos tentasse dizer o que o homem maior, vestido de coruja dissera ao morto. O mendigo estava tão apavorado que mal ouviu, algumas frase dispersas, como: ...vamos na festa na Mansão Wayne, ...dominar Gotham, e ...matar o Comissário Gordon.

A minha cabeça doía horrivelmente. Tentei levantar e acabei caindo e desmaiando, não sei por quanto tempo. Quando acordei Barbara e Alfred estavam me colocando de novo na cama. Ao longe u ouvia gritos os presos do Arkham dizendo que iam matar o Batman, fossem quantos Batmans houvessem. Eu senti cheiro de fumaça e desmaiei novamente.

...

Lucy, uma amiga da Sociedade de Gotham, aproximou-se de Bruce Wayne.

- Oi Bruce. – Disse ela sorridente.

- Oi Lucy. – Ele sabia que Lucy tinha interesse em namorar com ele. Certa vez até saíram juntos, mas não deu muito certo.

- Eu estava te observando.

- É, porquê?

- Eu vi como você olhava para a Dra. Quinzel. Ela é bonita e parece inteligente.

- Não, eu não estava olhando pra ela. Você acha que eu estava?

- Estava sim. Eu te conheço, você se interessou por ela.

Mesmo depois de muitas horas da festa acabada, ele ainda continuava a pensar na conversa com a Lucy. Ele queria dizer que não, mas a Dra. Quinn o interessara bastante. O jeitinho meigo dela, as maneiras educadas e chiques, porém sem afetação, um quê de dependência feminina. É a Quinn o afetara muito.

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A Dra. Harley Quinn fora à festa apenas para falar com Bruce Wayne, esse era o plano. Quando ela entrou no carro com vidros escuros, ela teve que disfarçar, pois a pessoa lá dentro era muito inteligente e poderia captar algo no ar. Uma coisa era saber da fama de rico, poderoso, dono de muitas empresas e mulherengo,. Como era a fama de Bruce Wayne. Mas outra coisa era olhar para os seus olhos e ouvir a sua voz. Em algum momento ele tocara a mão dela e aquilo lhe causara choques, como se uma empatia instantânea houvesse ocorrido. Enquanto ela descia as escadas, indo em direção ao carro, ela se sentia como a Cinderela, ao perder o sapatinho de cristal. Mas não era isso que ela estava perdendo, mas era o seu coração. Eles queriam matar Batman, mas pra isso decidiram matar o homem mais rico e importante de Gotham e mandar um aviso em letras enormes e vermelhas. Harley viu alguns membros da Coruja na festa de Bruce Wayne e ficou intimidada, mas ela tinha um papel a cumprir. O que ela não esperava era enxergar alguém que tinha uma aura tão linda, por detrás de tanto dinheiro e poder. Uma lágrima escorreu na sua face. No fundo ela sabia que estava apaixonada por Bruce Wayne, mas sabia também que ela era uma peça importante para matá-lo.

...continua.

Paulo Sergio larios

pslarios
Enviado por pslarios em 19/05/2017
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