(POLITICOS VIVENDO NOS UMBRAIS E NAS TREVAS!)

(POLITICOS VIVENDO NOS UMBRAIS E NAS TREVAS!)

Sou subalterno ás cotidianas lidas das vidas. Caminho por parâmetros de caminhos de inconcebíveis refregas. Minhas visões estão cerceadas impostas pelos desvarios arbitrantes e inconsequentes que eu mesmos fiz. Sou um paria que perambula nas agravantes estradas das dimensões espirituais. De vez enquanto, encontro outros antigos companheiros que vivem as mesmas amarguras e desencantos com os meus. Explico esses meus atrozes sofrimentos: quando vivi nas terras brasileiras, fui agraciado com uma família de grandes posses, sejam financeiras e matérias. Fui o ultimo a reencarnar, minha família compostas de dois irmãos e uma irmã. Crescemos em linda mansão no interior de São Paulo. O ano que nasci foi em mil novecentos e quinze. Naquela época, tínhamos muitos empregados “as”. Porem nossos pais nos ensinou desde crianças que nós não devíamos envolver com nenhum deles. Principalmente como seus filhos “as” uma vez que aquelas gentes estavam ali somente para nos servir. Não vou adentra nas condições de vidas que estes seres humanos viviam e eram tratados por nossos pais, uma vez que nos atuais momentos que vivo tenho intensos remorsos que apunhalam meu desdito espírito nefando. Mas, voltando minha narrativa. Nós como meus irmãos seguimos regiamentes suas ordens. Com passa dos anos tornamos despostas aos sofridos empregados, deixamos de pagar seus míseros salários, suas casas. Casas! Como o falecimento dos nossos pais uma noite nos reuniu e decidiu que aquela ralé que servia-nos, eles não mereciam viverem perto da nossa bela mansão. Casebres sem asseios alguns que mandamos construímos tornaram suas moradias. Nesta época eu vinte dois anos, e os conceitos propaladas do nazismo, tornou-se meus ideários, uma vez que em mil novecentos e trinta e dois tivemos a propalada revolução em nosso estado, foi a partir dessa época que eu principalmente me fascinei pelas ideias de Adolfo Hitler. Com esses pensamentos consegui influenciar meus outros irmãos em não somente ver, mas tratar nossos empregados como escravos. Entretanto fazíamos estes abomináveis tratamentos discretamente, uma vez eu meu irmão mais velho fomos a uma das cidades do interior do nosso estado, e lá contratamos vinte e cinco jagunços sem respeitos alguns, como isto nossos empregados tornaram escravos totalmente submissões. Digo hoje alguns deles eram torturados, e mortos. Com trinta anos, e com a derrota do nazismo, resolvemos vender há mansão e demais bens herdados. Os empregados foram enviados em caminhões acobertados em direção do nordeste, em uma noite fria e com uma garoa constante caindo. Hoje aqui muitos deles não me perdoaram, como meus irmãos, somos continuamente perseguidos e maltratados por alguns deles, exatamente uns três, visto que demais nos perdoaram e galgaram planos elevados espirituais, assim fiquei sabendo por um dos meus verdugos espirituais. Continuando minha narrativa em solos brasileiros, há principio cada um comprou excelentes casas no bairro nobre do Morumbi, eu já tinha terminado meus estudos da faculdade, me tornei um advogado, com prestigio do nome proveniente da minha família descendente de italianos, em três anos eu já era um causídico bem quisto na alta sociedade paulistana. Em mil novecentos e quarente seis conversado com alguns amigos em uma casa noturna, um deles me fez um proposta que a principio me assustou. Ele perguntou-me se eu gostaria entra para politica, pasmo fique, pois até presente data nunca passou pela minha mente se politico, entretanto a proposta foi aplaudida pelos demais amigos. No entanto das insistências dos amigos eu aceitei. Essa proposta foi-me feita no final de dezembro desse mesmo ano. Resumindo no ano seguinte fui eleito deputado estadual. Ai que começou minha caminhada em direção das chamadas trevas espirituais. Como eu não tinha nenhum senso de brasilidade, meus projetos foram sempre em interesses de absorver fortunas por meios ilícitos sem me preocupar com o sofrimento dos, mas deserdados financeiramente. Vivia em grandes banquetes sempre oferecidos pela chamada nata da alta sociedade Paulistânia. Banqueiros, empresários das indústrias, do agro comércio, e outros como juízes, desembargadores, e fim eu vivia em mundo totalmente lúdico. Enquanto eu vivia nababescamente, em sua maioria a população sofria com desempregos, e outras tristes mazelas. Porem eu só ansiava fama e poder. Assim fui eleito deputado federal, em seguida senador. Mas minha vida em sua essência estava completamente presa a ganancia e despudoradas orgias. Minha esposa não suportando com meus atos e ações solicitou o desquite que prontamente atendi. Nossos três filhos foram com ela, assim prosseguiu minha vida de corrupções devassas. Entretanto como acontece com todos os seres humanos a idade foi chegando, e lentamente minhas forças físicas foram perdendo vigor, e em mil novecentos oitenta e sete, voltado de Brasília, em pleno voo, eu comecei a me sentir cansado e ofegante, meus assessores correram a fim de me socorrer, eu tinha um médico particular que me examinado constatou que estava enfartando, desmaie. Ai foi começou as cobranças por minhas ambições incomensuráveis. Quando despertei estava em local totalmente trevoso, milhares espectros horripilantes me rodavam como abutres desejando sugar minhas “vísceras” sinceramente não sabia onde estava. Passei treze anos naquele inferno de Dante, sempre com aqueles espectros infernais sugando meu corpo já esquálido. E fim eu perdi a noção de quem eu era, e principalmente de quem eu fui. Virei um zumbi esquálido, Um belo dia surgiu um homem elegantemente vestido, cabelos negros com uma cartola cobrindo a vasta cabeleira e vestido de terno preto, camisa de seda vermelha, gravata borboleta também preta, um sapato bem lustrado e uma bela bengala que nas duas hastes eram revestidas de ouros, com uma capa preta que quase iam aos seus tornozelos, e com uma voz grave porem mansa, me disse: “Filho das trevas!” Hoje estou perante a você, pois fui incumbido de retira-lo desse lodaçal que vós mesmo criastes quando viveste no corpo carnal na superfície do planeta. Embasbacado exclamei: Eu morto! Sim peçonhento ser que antes de reencarnar prometeu aos mentores da luz que seria um homem honesto e bom, contudo como já aconteceu em duas encarnações faliste totalmente. Deixaste se emprenhar pelos mesmos erros e ambições. Foi ai que percebi que minha voz era intensamente cavernosa. Chamado um do seu séquito, este ser mandou trazer um tipo de “espelho” entregando ao seu senhor, prontamente ele me mandou olhar. No momento que avistei aquela horripilante figura eu dei um urro de apavoramento! Continue olhando filho da ambição! Sua voz autoritária, repetiu, Olhe! apavorado ao extremo voltei a olhar, e sinceramente não sei descrever como eu me sentia em me ver totalmente esquelético, não tinha meus olhos, meu rosto cadavérico, meu corpo era ossos puros, com a voz cadavérica perguntei ao homem de terno alinhado. Quem sou eu atualmente? Ele respondeu objetivamente: És uma caveira! Voltei a questionar: por quer me tornei esse horripilante ser? No momento não posso lhe explicar, porquanto levaria muito tempo, somente posso lhe dizer que aqueles milhares de espectros que rodavam você foram os causadores dessa sua simbiose. Voltando, chamando quatro séquitos mandou trazer um tipo de padiola, que eles me colocaram, e assim sair daquele “inferno”. No trajeto que era lento voltei há pergunta ao homem de capa preta: Eu estava no inferno? Ele dando um sorriso, retrucou: Sim e não. Como assim? Voltei a questionar: Olhando com aqueles olhos negros e profundo respondeu: você estava no inferno que você mesmo criaste; Não entendi, foi minha resposta. Explico-lhe. O inferno que viveste foi criado por suas ambições, orgulhos, vaidades famas, orgias, e outras mazelas que quando viveste no plano físico desfrutastes, esquecendo totalmente das promessas que fizestes antes de reencarnar aos seus mentores das luzes. Como lhe expus antes, não seguiu as intuições que alguns deles lhe enviavam mentalmente. Por fim tornaste um crápula espiritualmente, ainda vivendo no plano físico, seus antigos inimigos de vidas passadas aproveitaram disto, e seduzistes com cobiças, arrogâncias, prestígios, libertinagens, e até assassinatos. Com isto criaste seu “inferno intimo”. Uma vez que não existe inferno, nem céus, nem purgatório. Essas palavras foram criadas por religiosos ignorantes que desconhecem as leis que regem este infinito de inenarráveis dimensões. Dimensões essas que podem ser das luzes ou das trevas. Assim somos todos nós que fazemos de nossas vidas os chamados céus, ou infernos. Visto que ambos estão dentro dos nossos pneumas. Calei pois finalmente compreendi que eu estava saldando meus erros pelas minhas inconsequentes arrogâncias quando vivia no plano físico. Finalmente chegamos ao local predeterminado pelo o homem de terno preto. Era outro local de escuridão, porem não como aquele que passei treze anos, ali eu pude perceber que havia milhares e milhões, ou quem sabe bilhões de seres aparentemente humanos, outros ainda com grandes mazelas pelos corpos. Olhando-me ele me disse. Você ficará aqui! Inquirir: por quanto tempo? Voltando a sorrir, ele contrapôs. Todavia não se preocupe, pois sempre terá alguns outros iguais a mim lhe vigiando constantemente. Antes de ele partir, tornei a indagar: Por quanto tempo ficarei neste local? Sorrindo outra vez respondeu: vai depender de você mesmo! Como assim? Tereis de esquecer seu escabroso passado, e procura cultivar bons pensamentos, e solicitar perdão não as pessoas que fizestes quando vivia no plano da carne, mas especialmente aos seus algozes, que lhe digo. São muitos! Hoje posso dizer que tenho liberdade de caminha por seguimentos de diversas dimensões do chamado umbrais. Já habito nestes locais, um dez anos, lhe digo. Muitos políticos que faleceram antes ou até depois de mim continuam lá nas dimensões das trevas, outros tantos aqui como eu tentando resgatarem seus débitos atrozes. Encerro expondo aqui nestas dimensões encontram todos os tipos de seres que quando habitaram nas superfícies terrestres que visaram bens financeiros, materiais, famas, roubos, entre outro tantos descalabros. São ministros de justiça, desembargadores, juízes, empresários que vivia somente pensando em lucros financeiros, banqueiros, pastores de igrejas evangélicas, padres,cardeais da igreja católica, espiritas kardecistas, umbandistas, budistas, pederastas, prostitutas, homossexuais, em fim são tantos que difícil descrever. Resumindo aqui existem variantes circos de sofredores. Eu sinceramente não sei por quanto tempo continuarem aqui, mas sinceramente já começo sentir mais aliviado dos meus erros pretéritos, sendo assim aguardo um dia que possa sair daqui e volta a reencarnar. Não sei se será na terra, mas se for eu sinceramente gostaria de nascer em local simples com poucos estudos e se possível se um humilde agricultor em uma área causticante! Como sempre acontece ele também deixou de escrever, e se foi!

AA. -------- J. -------- C. -------- DE. -------- MENDONÇA.

DATA. -------- 10. --------- 05. --------- 2017.

HORA. --------- DEZOITO HORAS E VINTE MINUTOS.

Maroty
Enviado por Maroty em 10/05/2017
Reeditado em 17/05/2017
Código do texto: T5995397
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