Ainda continuou a amar aquele país

Faiçal, o moço inteligente, aliás um verdadeiro gênio, estava no aeroporto à espera da autorização para ficar nos Estados Unidos. Saiu de seu país às pressas, se ficasse lá sabia que seria idêntico morar no inferno. Seus olhos marejados de lágrimas, amava muito sua terra, seus familiares, seus amigos, os costumes radicais dali eram inconcebíveis. Até que tentou lutar com seus amigos para que houvesse um novo horizonte, onde o povo pudesse olhar embevecido o quanto a vida poderia tornar-se bela, mas por causa disso ele começou a ser caçado igual um animal perigosíssimo...

Uma porta se abriu lá num país longínquo, qual? Os Estados Unidos, é claro! Alguns de seus amigos já haviam conseguido permanência ali, e lhe comunicaram:

---- Faiçal, arrume um jeito aí e pode vir pra cá. Aqui é muito bom, rapaz, a vida neste país é coisa da cinema, sim, igual aqueles filmes magníficos americanos, rsss... rss.. brincadeiras à parte, mas a coisa magnífica aqui é a liberdade, talvez no mundo não tenha igual,( é porque eles não conhecem o Brasil) se você conseguir o visto de permanência vai ser muito bom. Sabemos de sua inteligência rara, de seus conhecimentos incríveis da física, os americanos dão muito valor a isso.

Depois desses estímulos todos, foi que Faiçal conseguiu entrar nos Estados Unidos, ele já possuía uma simpatia por esse país. Já havia abraçado o cristianismo com seus defeitos e acertos. Não criticava seus amigos e familiares por causa da religião de origem, nem tentava convencê-los em mudar suas convicções, porque ali também tem muitas coisas maravilhosas, mas no cristianismo que ele abraçara, a exigência fundamental de ter o amor, de perdoar até os inimigos, nossa! É indescritível!...

Como eu estava dizendo: Faiçal já estava no aeroporto dos Estados Unidos, ele e muitos outros imigrantes com os papéis prontinhos para a permanência. Eram centenas de pessoas que completamente apavorados pela iminência de não poder mais ficar nos Estados Unidos. O comunicado os fulminava em cheio. Muitos ali já se consideravam americanos, porque adaptaram-se excelentemente, os tempos que já viviam ali permitiram isso. Outros imigrantes pela primeira vez queriam experimentar viver nesse país, mas veio o decreto presidencial:

--- 7 nacionalidades proibidos de entrar e ficar nos Estados Unidos.

O nosso personagem Faiçal estava com aqueles injustiçados, ele cheio de angústia lamentava dizia nos seus pensamentos:

--- Meu Jesus, Meu Deus, derrame sua proteção sobre nós, mesmo naqueles que não acreditam em ti. Se voltarmos para o nosso país, muitos de nós sofreremos muito. Podem sair futuros terroristas daí, porque seriam obrigados a vingarem e a vingança pode ser cada vez mais terrível...

Faiçal nestas alturas seu cérebro já raciocinava tudo de terrível poderia acontecer. Lógico que humanamente parecia não ter solução, o desastre seria total continuava com seus pensamentos:

--- Haja o que houver, eu cortarei o círculo vicioso da minha mente, a vingança está fora de cogitação, o amor tem que prevalecer. Tinha um pressentimento de que Donald Trump prejudicaria de alguma forma os imigrantes, principalmente os mulçumanos de alguns países, mas não imaginava que seria de uma maneira tão cruel.

Naquele instante alguns imigrantes estavam com certeza implorando aos Céus ajuda daquela dramática situação. Não importava a religião, os apelos eram dramáticos.

Como num passe de mágica, aconteceu algo maravilhoso, a justiça americana determinou a permanência dos refugiados. A Juiza Ann Donnelly, vai contra o veto de Donald Trump.

Qualquer coincidência de nomes é mero acaso, mas os tormentos de muitos imigrantes ainda continua...