Insidioso

Eis que, tenebroso, ele adentra a caverna do conhecimento.

Lança sua seda envolvente e lânguida, seu hálito morno e entorpecente e, sem piedade, escurece a luminosidade do dia, apaga as tochas que ardem.

Não há como fugir, ele é mais veloz.

Move-se pelo ar, tal como fumaça negra; vêm arrastando-se pelas paredes, rastejando silencioso, terrivelmente sedutor.

Pavoroso aos sentinelas da vida a ser vivida, terrifica os viajantes ansiosos pelo dever e saber, porém é desejado pelos que estão ao fim de suas jornadas. Debruça-se sobre meus ombros e arrebata-me de mim mesmo - ele é o SONO.

Eudes de Pádua Colodino
Enviado por Eudes de Pádua Colodino em 13/09/2016
Reeditado em 13/09/2016
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