A HORA DE CORRER

Tudo parou, era agora ou nunca mais; não podia falhar, então me preparei. De repente, do meu lado, um rosto assombrado, não tanto quanto eu estava; me olhava ameaçadamente e de modo desafiador. Engoli a seco a saliva e fiz menção de dar um passo à frente e o estranho fez o mesmo; falei em pensamento "pronto, é agora que vou correr!" daí larguei em disparada e ele também correu! E vindo em minha direção vi muitas luzes que ofuscavam meus olhos, barulhos de ensurdecer e gritos, muitos gritos! E avançaram contra mim e quase me acertaram! O estranho então me deu um baita empurrão e fui parar do outro lado! Não fosse isso e eu já estaria morto. E era sempre assim na hora de atravessar a rua.