O Aviso...
Não consigo evitar, não consigo ajudar, os gritos estão vindo de todos os lados, uma agonia, um desespero.
Pessoas estão sumindo e ninguém sabe os seus destinos.
Foram todos de uma vez, família e amigos.
Sumiram...
Não teve um aviso, foi da noite para o dia, o mundo mudou.
As perguntas não param de surgir... Foi uma invasão? O arrebatamento? Uma pegadinha cruel? Uma conspiração do governo?
As teorias não paravam e por mais que alguns soubessem a verdade, inclusive eu mesma, preferia não acreditar, preferia ignorar, afinal era apenas um sonho...
Acordo de meu pesadelo, chorando, pois foi tão realista e cruel, mais que das outras vezes.
Contei aos meus familiares e eles sempre convictos afirmavam ser um aviso, de que o arrebatamento estava próximo, e que se eu não desse ouvidos iria para o inferno.
Então eu brincava e dizia que o sonho apenas se tratava de uma invasão alienígena e que eles foram levados para experiências humanas e por sorte eu fiquei, mais a cada dia as brincadeiras perdiam a graça até mesmo para mim.
Levanto-me de minha cama, atordoada e cansada, pois não dormi bem essa noite, verifico a hora e vejo que ainda são cinco da manha.
Desço as escadas e vou à cozinha, na mesma hora meu pai vem tomar o seu leite matinal.
Eu aproveito e lhe conto novamente do sonho, ele me escuta atentamente, quando termino ele diz — filha, sonhos às vezes não são apenas sonhos, são avisos de que algo grande esta por vir e você... — então o copo se quebra, assim como meu coração
Pois essa foi a ultima coisa que eu o ouvir dizer, pois na minha frente, diante de meus olhos, ele sumiu, deixando para trás apenas sua roupa e o copo de leite.
Fico em choque, por um período indeterminado, então reúno forças e corro em direçao ao quarto de minha mãe, ela também não esta la, corro ao quarto de meu irmão de apenas seis anos, ele também não esta la, o desespero me consome, e eu choro, ate minhas lágrimas esgotarem, pois sei exatamente o que esta acontecendo aqui.