A Cidade do Nevoeiro - CAPÍTULO 5 - FRAGMENTOS
Sylph estava de volta ao seu quarto, após a conversa com Moogie ele decidiu não ficar ali parado, sem descobrir algo mais a respeito daquele vilarejo, ele precisaria tomar uma decisão a respeito daquele lugar, ele iria entrar no nevoeiro, não importa a história de Moogie, ele iria fazer algo, não sabia ele de onde vinha esta sua determinação mas isto crescia cada vez mais dentro de Sylph e cada vez mais rápido.
A história que ouvira de Moogie era certamente instigante e tentadora as vezes, embora tudo que já tinha visto e ouvido de certa forma Sylph se sentia confiante e tranquilo no que passava em sua mente, parecia mais simples para ele pensar em se aventurar pelo nevoeiro e tentar descobrir o que de fato esta acontecendo.
Mas este é um mundo estranho e não tão natural do que ele tem em mente, uma sensação de que de onde viera era totalmente diferente de que as coisas era mais claras e não tão fragmentadas, mas quando Sylph começava a pensar nisto rapidamente ele se perdia dentro de seus pensamentos.
A poeira do chão de seu quarto...
Sylph desenhou algumas coisas que vinham a sua mente em uma tentativa de tentar lembrar o que de fato eram aquelas coisas, uma era tão familiar mas mesmo assim a palavra não vinha a sua mente, era um objeto circular que fazia ondas e parecia haver um espeto na base, mas ele não sabia o nome, só lembrava que era possível comer e tinha um gosto doce.
- Mas eis que o que de fato é um gosto doce? Sylph se pegava fazendo estas perguntas as vezes.
Sylph olhou suas botas e percebeu que havia muita lama, o chão da cidade era lamacento porém, não havia sentido para isto e sempre causava estranheza nos moradores por mais que estivessem lá a um bom tempo. Tempo, quanto tempo estão lá e quanto tempo passa de verdade, uma pessoa responsável por contar o tempo não poderia determinar o verdadeiro tempo que estão lá, mas isto ali e agora era irrelevante para Sylph, mas por que um pensamento sempre fica aparecendo um após o outro?
Sylph se deitou e olhou o teto, fixou seus olhos em uma rachadura no teto e tentou se concentrar para não pensar em absolutamente nada, se acalmou e se concentrou na cor branca em sua mente até que a única coisa que sobrou foi um branco total e logo ele lembrou o nome daquele objeto no chão, era um pirulito, mas, não se lembrava o que era o sabor doce.
Sua cabeça doeu com isto, uma pontada na parte central da cabeça que Sylph até agora não havia sentido, fechou seus olhos e em meio a escuridão dos olhos fechados viu letras se materializando em sua mente e soletrando Sylph falou "P.I.R.U.L.I.T.O". Esta foi realmente uma sensação estranha para ele que olhou para os lados tentando ter alguma compreensão do que estava acontecendo, mas isto lhe causou mais estranheza.
Olhando para a janela ele pode ver os moradores desengonçados indo e vindo pela rua em frente ao seu hotel ou casa ou espelunca que ele estava hospedado, disseram para Sylph uma vez que iriam construir uma casa para ele já que uma das ocupações dos moradores era viver construindo coisas feito doidos. Isto fez Sylph se perguntar de onde vinha tanta madeira, pois para construírem tanto deve vir de algum lugar, mas logo lembrou que no local por onde chegara naquele mundo haviam muitos objetos jogados e era um local enorme, poderia haver muitos pedaços ali.
Sylph se sentou na cama e olhou para a porta, algo estranho estava acontecendo com seu peito, ele suspirava, como todos ali haviam dito os pensamentos se perdem dentro de sua cabeça, quanto mais pensa em tudo que o cerca mais se perde e isto causa mais estranheza e acaba virando um círculo vicioso onde não sai do lugar.
Ele pensava que se alguém estivesse traçando a trajetória da vida dele que já era pré determinada supostamente, esta pessoa estaria mais perdida em sua escrita do que em suas ideias.
Logo novamente ele se deitou, ao invés de ficar inquieto Sylph apenas fechou seus olhos e mergulhou na escuridão a sua frente, tentou por algum momento não pensar na história do Moogie novamente, ficar remoendo as coisas e deixar de lado este sentimento de querer se aventurar por ai, ele pensou que talvez fosse melhor agir com cautela e buscar conhecer mais sobre a cidade e depois pensar no que fazer.
Mas Sylph era indeciso e logo mudaria de ideia, os pensamentos se perdem dentro da mente dele, estão fragmentados.