Rasgando o Véu

Era um dia como outro qualquer, eu estava passeando pelo centro da cidade. Era um dia calmo, os pássaros se refrescavam na fonte bem no centro da praça. Eu gostava de ficar observando, pois era um momento de paz. Nesse mesmo dia uma amiga dos meus tempos de colégio me pediu ajuda. Sempre gostei de ajudar as pessoas e infelizmente as vezes algumas se aproveitavam da minha bondade, mas esse não era o caso dela Jenifer

- Oi Ale! Tudo bem? Disse ela com um belo sorriso no rosto.

- Tudo ótimo Jenifer, como vão as coisas? E retribui o sorriso. Ela era uma garota muito bonita, sua pele era morena, cabelos longos e lisos, sempre tive uma pequena queda por ela. Mas ela estava namorando então minhas chances eram nulas, bom pelo menos era o que parecia.

Depois de conversarmos muito ela me pediu um favor.

- Ale, eu queria pedir sua ajuda porque eu e meu namorado nos separamos porque brigávamos muito, e queria que você me ajudasse, é que eu voltei a morar com minha mãe e minha casa tá uma bagunça, poderia me ajudar a arrumar minhas coisas?

- Claro que sim! Respondi com um sorriso no rosto.

Jenifer deu um sorriso de orelha a orelha e marcou o dia.

- Na sexta está bom pra você? Ou você tem algum compromisso?

- Não estou livre, estarei lá, pode marcar o horário.

- Pode ser as oito da manhã?

- Perfeito, pode deixar Jenifer, vou ajudar você, pode contar comigo.

Ela olhou para o relógio e levou um susto.

- Nossa! Tenho que voltar pro trabalho! Tá combinado te espero a sexta ok? Beijos.

Fiquei olhando a observando, ela estava mais linda do que nunca.

Como eu estava livre naquele, dia continuei perto da fonte para me distrair.

Os dias foram passando, até que chegou o fatídico dia, cheguei as oito em ponto e toquei o interfone, mas não tive resposta, estava tudo muito silencioso, algo não estava certo, toquei mais uma vez e nada. Vi que o portão estava entreaberto e resolvi entrar. Assim que adentrei o recinto vi Jenifer sento estrangulada por um homem e corri para ajuda-la. Eu o puxei para longe dela, ele deveria ter seus 1,80 mais ou menos. Ele se virou e tentou me dar um soco, não sei como, mas consegui me desviar.

- O que você quer aqui? Bradou o desconhecido.

- O que você é da Jenifer hein? Fala seu desgraçado. Ainda com dificuldades para falar ela se levantou e disse com a voz rouca:

- Esse é meu amigo Paulo, ele só veio porque eu pedi pra me ajudar aqui em casa.

- Ele não vai fazer nada! Você volta comigo!

Jenifer gritou:

- NÃO VOLTO DE JEITO NENHUM! Pra você me matar?

Resolvi me intrometer na conversa.

- Você não pode obrigar ela a fazer algo que não quer, é melhor você ir embora.

Ele apontou o dedo para mim, totalmente alterado:

- Escuta aqui seu merda! Para de querer mandar em mim, senão eu te mato!

Ele sacou uma faca e investiu contra mim, Jenifer estava apavorada. Consegui desviar da maioria dos seus golpes, para surpresa dele ela pulou nas costas dele tentando afastá-lo de mim, mas Paulo a jogou para longe, pequei um vaso e consegui golpeá-lo na cabeça, que o deixou inconsciente. Fui ver como ela estava.

- Jenifer, tá tudo bem?

Ela balbuciava, fui levantando ela aos poucos quando ela grita.

- Argh!

Assim que me virei, senti uma dor muito forte no peito. Paulo estocou sua faca serrilhada em mim, um golpe mortal. O sangue jorrou assim que ele puxou a mesma, senti minha vida se acabando, e caí de joelhos e caí.

Enquanto ainda restava vida em mim, podia ouvir os gritos desesperados dela, mas a escuridão estava me pegando e então... Houve silêncio absoluto.

Eu não sabia o que estava acontecendo, tudo era escuridão, mas ouvi uma voz dizendo:

- Ainda não é sua hora, levante-se, você pode e sabe disso. Quem era aquela voz?

Tinha um timbre extremamente agradável, mas eu não sabia de onde vinha de repente a mesma disse num tom mais austero.

- VAMOS LEVANTE-SE! Isso não é nada pra você! Depois de tudo o que você passou na sua vida toda isso não é nada.

Senti o calor voltando ao meu corpo, mas a dor ainda permanecia e quando recobrei a consciência Paulo havia me carregado para fora da casa, o mesmo se encontrava de costas pra mim.

Não sei o que houve naquele momento, me enchi de fúria e me levantei.

Jenifer assim que me viu gritou novamente, e Paulo ficou branco como uma folha de papel.

- Mas... Você tá morto!

- Será mesmo? Indaguei a ele.

Sem pensar duas vezes corri na direção dele antes que ele sequer pensasse em fugir.

Comecei a bater nele com vários socos e chutes até que ele caiu no chão.

- E então? Pareço morto pra você?

Dei um chute em sua boca. Jenifer gritou:

Ale por favor, para!

-NÃO! Ele agora vai sofrer.

- Você não é assim, eu sei que não, você é a pessoa mais amável do mundo, por favor, para!

As súplicas dela, não significavam nada pra mim naquele momento, parecia que eu não era mais eu.

Sem pensar duas vezes, peguei a faca que estava no chão e comecei a tortura-lo, primeiro fazendo pequenos cortes no rosto, nossa como era bom ver sua cara de pavor!

Aquilo me excitava muito!

Depois comecei a estocar a faca nas pernas e nos braços.

- Ele suplicava:

- Por favor... Não me mata... Pelo amor de DEUS...

Mas eu não queria parar, depois de muitos cortes, fiquei a faca de uma forma que causasse o máximo de dor possível e então o rasguei do pescoço até sua barriga.

Ouvindo seus gritos e depois de cessados, vi a luz deixando seus olhos.

Foi a primeira vez que tirei a vida de alguém. Tive uma sensação de poder imensa.

Eu estava em transe, ainda com a faca nas mãos.

Ouvi o choro de Jenifer:

- Por que você fez isso? Quem é você agora?

- Sou eu mesmo, mas só que cruzei a linha, o véu da morte.

- Sei que não vai gostar do que vou dizer, mas ter matado o Paulo, foi delicioso!

Jenifer serrou os olhos e me deu um tapa no rosto.

- Sai daqui! Não quero te ver nunca mais!

Não tentei explicar nada, na verdade não me importava. Limpei a faca e a levei junto comigo, e à medida que ia me distanciando os lamentos dela iam ficando para trás, assim como minha antiga vida. A vida de bondade, amabilidade e outras tantas coisas não faziam mais sentido.

Pensei pensando comigo mesmo.

ISSO VAI SER TÃO MAIS DIVERTIDO!

Alessandro Silva
Enviado por Alessandro Silva em 25/10/2015
Código do texto: T5426306
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