Terror em meus olhos

Estávamos na faculdade de Marketing. Costumávamos brincar que é a ciência do Encarnado. Afinal, nos ensinava a maquiar algo que nem sempre refletia a realidade. Eu estudava numa sala de piso de madeira. Aqueles tacos cheiravam a mofo e pinus velho. As janelas entreabertas deixavam só a claridade adentrar. Não havia sol suficiente pra esquentar. Pareciam aqueles dias frequentes em filme de terror. E realmente, metodologia era um filme de terror. Eram 9 e 45 da manhã e a professora falava com um ânimo que faria qualquer energético perder o efeito. Eu olhava para ela tentando entender o que era pedido. Normas, configurações e formatações. Mas eu só conseguia reter 50% do que ela dizia. Comecei a observar as coisas ao meu redor. Parecia aquelas crianças hiperativas. Eu sentava na terceira carteira da frente para trás. À minha frente sentavam duas pessoas. Ewe que sentava logo à frente. E Carl que gostava de Ewe. Carl era um dos meus amigos da vida. Sabe aqueles que você se identifica quando vê na escola? Não, não era ele. Mas havíamos crescido junto. Então, a licença poética dizia que éramos parceiros pela vida.

Na faculdade, o mapa de sala (Sim, havia mapas de sala. Era aquelas faculdades metade exército, metade católica. Então regras eram regras.) dizia que na nossa fila sentava: Carl, Ewe, Eu, Dell, Taylor e a menina estranha do fundo da sala. Bom, não sei o nome dela. Mas ela ficava no canto. Só tirava dez e ninguém entendia o porquê. Devia estudar em casa. Ainda assim, era estranha. Tinha os cabelos negros, pintava os olhos com aquelas linhas felinas e usava uns colares bizarros. Bom, deixávamos ela no canto. Afinal, aprendíamos que agregar valor a um produto seria, talvez, deixar o cliente escolher. Queríamos deixa-la escolher pela nossa amizade. Nosso grupo era fechado. Eu, Carl e Dell. Ewe era um tipo de Yoko. Seu pai era dono de uma empresa têxtil e ela iria trabalhar na empresa para o pai. Carl também trabalhava lá como estagiário. Mas o pai dela não sabia do romance plebeu. Dell não gostava dela. Era ciúme que ele sentia de Carl.

Dell era o típico cara louco. Sim, ele era louco. Sacaneava professores, diretores, alunos e quem mais que quisesse entrar na dança. A última dele foi trancar a sala dos professores. Com os mesmos dentro. Ninguém descobriu que foi ele. Mas sabíamos. Ele era nosso amigo. Era na pobreza e na riqueza. Na alegria e na tristeza.

Mas aquele dia nublado foi diferente. Estava frio lá fora. Ventava muito. Como se os ventos da mudança trouxessem más notícias. Acabou a aula de metodologia, após eu fazer uma viagem astrônoma. Fui tomar um café pra acordar o lobo frontal. Quando cheguei ao refeitório havia me sobrado uma cadeira. De frente a menina estranha do fundo da sala. Ela comia um sanduíche natural com muita maionese. Eu odeio maionese. Eu havia comprado apenas um café preto e aqueles biscoitos com chocolate. Fitei o sanduíche de maionese. Ela me fitou. Voltei meus olhos para os dela. Abaixei a

cabeça, envergonhado. Supus que ela sorria. Mas não. Descobri depois que ela não sorrira.

Levantei, joguei o copo plástico fora e voltei pra aula de Tendências de Mercado. Cheguei lá e quem estava no meu lugar? Dell e Júlia no lugar dele. E Taylor trocou com Júlia. Ou seja, eu me sentaria na frente da menina estranha do fundo da sala. Com meia hora de aula, ela me chamou.

- Você anotou algo na aula de metodologia?

Eu respondi prontamente, mais por medo que por vontade própria.

- Não anotei. Mas posso conseguir a matéria. Você quer?

- Quero sim. Você pode levar no meu quarto depois?

- É... Não sei se vai dar tempo. Eu preciso pegar a matéria com o Carl primeiro.

- Mas pode ser hoje? Eu quero muito estudar essa matéria, você até podia me ajudar com ela.

A menina era estranha. De verdade.

- Eu resolvo pra você. Prometo.

- Primeiro meu nome, Samila. O pessoal me chama de Sam.

- Oi Sam. É um prazer...

- Seu nome é?

Nesse momento, Dell na sua ânsia de cortar qualquer clima, me tacou uma bola de papel, muito bem feita por sinal. Eu olhei pra ela e confirmei que iria à sua casa ao término da aula. Continuei assistindo a aula sossegadamente enquanto Dell discutia com o professor por que o time dele era melhor. Dell era um pensador contemporâneo. Um filósofo. Ele acreditava que a NASA não tinha conseguido ir à Lua, que a ditadura foi uma farsa dos maçons e que o Santo Graal está guardado na Casa Branca. Bobagens, e nada mais que bobagens. Ele ama uma teoria da conspiração. E acredita que todos o querem sequestrar. Quando o contei ao fim da aula que iria à casa da Sam levar a matéria ele foi às alturas. Disse que ela tinha parceria com a máfia mexicana e chinesa de venda de órgãos e que ela venderia meu rim por $ 2.000. Quando, na verdade, o rim vale $ 15.000. Ele disse que iria comigo. E é óbvio que eu não quis. Apesar de que seria uma boa ganhar uns $10.000 por causa de uma dívida de pôquer que contraí mês passado e ainda não sabia como pagar. O dormitório das meninas ficava do outro lado dos campi e ela me esperaria no jardim que ficava logo a frente da ala das veteranas.

Passadas as aulas diárias; eram umas seis; fui pro quarto, tomei banho, me troquei e fui ao local combinado. Carl me emprestara seu caderno. Cheguei e ela estava lá fora. Com um vestido axadrezado, seus cabelos negros, unhas pretas, suas

gargantilhas bizarras e pose despojada. Ela era estranha. Uma estranha bonita e esbelta. Tinha um quê de mistério. E era algo que me atraía e ao mesmo tempo me deixava amedrontado. Enquanto caminhava, fitando-a, só pude pensar no frio da água gelada da banheira quando ela tivesse retirado meu rim. Ela me cumprimentou e me guiou ao seu quarto. Subimos e sua companheira de quarto não estava. Passou-me um calafrio na espinha. Ela sentou na única cadeira da sala e me olhou. Eu engoli seco e fiquei paralisado.

- Como vai ser?

- Só vim pra deixar a matéria. Mas se quiser alguma ajuda com ela...

- Quero sim.

Pensei comigo: “Se ela tentar me beijar, eu aceito ou corro como se não houvesse amanhã?”. Resolvi ficar. Expliquei a ela tudo que havia aprendido. Passada uma meia hora eu arrumei um compromisso. Ela agradeceu polidamente e se despediu. Foi quando vi no quadro de metal um bilhete: “Traga a encomenda em até dois dias ou você vai ter problemas!”. Será que ela realmente queria meu rim? Senão, por que não tentou naquele momento? Eram questões que eu não poderia responder. Por via das dúvidas, corri pra casa como zebra sendo perseguida por cinco leões.

Chegando a casa me deparei com Dell tentando acender alguma coisa no quarto. Expulsei a ele, que saiu praguejando. Liguei pra Carl, agradeci a matéria e disse que no próximo dia devolveria. Guardei os cadernos na minha mochila e fui me deitar. A cama estava desarrumada. Dell sempre fazia isso. Me arrumei pra deitar: arranquei a roupa e me cobri. Senti algo passando por baixo de mim. Me apavorei e dei um grito de susto. Uma barata. Voadora. Não existe masculinidade perante uma. Após doze tentativas de mata-la, consegui dormir mesmo com medo de vingança das suas irmãs. Acordei sufocado. Percebi que estava amordaçado e com as mãos presas umas as outras. Meus pés estavam presos pelos joelhos e tornozelos. Eu estava num espaço apertado. Percebi estar em movimento. E balançando de um lado para o outro, notei que estava no portamalas de um carro. Andamos por aproximadamente uns 15 minutos. Era uma estrada de terra e pedregosa. Senti o cheiro forte de tabaco ruim, perfume barato e um toque muito leve de gasolina queimada. Havia uma mulher no carro. O carro parado me fazia perceber que as coisas estavam ruins. Pra mim. Ouvi vozes masculinas e femininas lá fora. Estava frio e eu tremia mesmo amarrado. Tentei gritar. Mas percebi que seria meio inútil. O lugar era silencioso, a não ser por um cão que insistia em latir. Mas seus ganidos na curta madrugada eram ecoados por supostas paredes. E só ouvia-se vozes misturadas as máquinas de grampear. Eu já havia ouvido aquele som. Meu pai reformava estofados de carros e esse barulho era o das máquinas de grampos. Quando eles abriram o porta-malas estavam todos com as cabeças cobertas por panos negros e diziam que já me aguardavam. E eu não estava acreditando em Dell. Ele tinha razão. Eu ainda não sabia se era o rim que eles queriam. Eu iria descobrir em breve. Colocaram um pano úmido no meu rosto e acordei algum tempo depois com o corpo meio dolorido. E dessa vez com o a cabeça, as mãos e as pernas presas a uma barra em pé. Ainda

estava frio e a barra gelava minhas costas. Estava tudo extremamente escuro. Eu não ouvia nada, só sentia a presença de pessoas ou seres, sei lá. O lugar era muito frio, mas às vezes eu sentia um bafo quente que passava respirando por mim. Não sei se exatamente por mim. Mas eu sentia seu calor. De repente, passa por mim alguma coisa grande. Tentei gritar, mas senti uma tontura anormal. Senti ânsia e quando quase vomitava a mulher retirou minha mordaça. Tive fôlego pra praguejar alguns nomes e ela disse que seria rápida e indolor. Colocou o pano novamente e eu apaguei. Mas dessa vez acordei de manhã na minha casa. Dell dormia gostosamente no chão. A cama dele estava arrumada. Olhei pro relógio com os olhos ardendo e uma dor incrível nos pulsos. 12h30min. Minha prova era às 9 da manhã. Revistei meu corpo e só achei uma leve marca de agulha no pulso. Nenhum corte, ponto, hematoma ou dor interna. Só a picada no pulso. Olhei pro celular e 18 ligações do Carl e duas da Ewe.

Cheguei ao refeitório com a cara e alma amassada. Carl e Ewe me olhando de cara feia. E me lembraram de que na verdade a prova era um trabalho de trio. E que eu estava com os cadernos do Carl, que estava contida toda a matéria. Bom, tenho certeza que se eu falasse a verdade eles não acreditariam. Quando fui inventar uma desculpa eles disseram que Dell já havia dito. Que eu fui à casa da Sam e que voltei tarde. E que quando ele voltou após ser expulso, eu já não estava lá. Questionaram-me o que eu tinha com a estranha. Deixei eles falando sozinhos. Saí pra ir atrás da Sam e descobrir o que ela havia feito comigo. Percorri todo o nosso campus. E não achei-a. Fui até o dormitório dela. Nada. Não tinha pegado o telefone dela. Eu estava confuso, cansado, havia perdido um trabalho semestral e agora estava com medo de ser sequestrado de novo. E eu nem sabia o porquê. Peguei as aulas da tarde e após chegar em casa questionei Dell sobre os horários. Ele só confirmou o que Carl e Ewe haviam dito. Ele não sabia quais eram exatamente os horários. Ele não estava em condições, segundo palavras dele. Eu não sabia o que fazer. Ninguém acreditaria em mim. E se eu contasse a Dell... bom, aí sim ninguém acreditaria em mim. Ele talvez. Então preferi sofrer sozinho. Mas aquilo dia a dia acabava comigo. Não conseguia dormir mais sem trancar tudo. E cada vez mais, Dell ficava sem condições. Resolvi então investigar por mim mesmo até ter provas.

Eu me dividia entre provas, trabalhos e investigações. Comecei pelo que eu tinha: uma suspeita e alguns dados. Eu havia sentido o perfume, sabia que o lugar tinha máquinas de grampear, sabia que o suspeito fumava um cigarro bem ruim, que era alguém conhecido e que haviam várias pessoas envolvidas. Numerei as pessoas que tinham acesso a mim. Fui as eliminando pela lógica. Meus amigos não teriam motivos e todos eles tinham álibi. Dell estava sem condições. Carl e Ewe passaram a noite na casa dos pais dela. Mas Sam havia sumido. Eu fiquei semanas só estudando e investigando. Até que algo muito curioso aconteceu.

Voltamos a sala do começo da descrição. Já havia passado quase um mês e nossa sala se reencontrou. Dessa vez chovia convulsivamente. As janelas tremiam e os céus gritavam num grito lancinante que arrepiavam a nuca do Haniball Lecter. Os céus cinzachumbo estavam grossos e o frio cortava a medula de maneira assustadora. Libertei as

jaquetas e cachecóis do closet e parecia realmente um treinador de cães raivosos. Cheguei a sala e senti aquele perfume. Naquele mesmo momento minha memória voltou a tona. Senti uma leve tontura. Sentei no meu lugar até a pressão voltar ao normal. Dell cantava canções contemporâneas e não parava de falar com Ewe, que não parecia se importar muito. O que, aliás, era uma atitude tão estranha. Ela e Carl pareciam o casal mais grudado da terra. Só falavam em casamento e em coisas de dividir quarto e tais. Eles pareciam discutir, até que uma meia hora de aula Carl sentou na minha frente e se virou pra mim. Me disse que Ewe pensava em terminar. Que estava sufocada e que não queria mais se esforçar por algo incompatível. Eu via no rosto dele o desespero em perder algo muito importante. Quando ele perguntou minha opinião o professor nos interrompeu e disse que o reitor tinha um recado muito importante. O reitor Hernández era um mexicano alto, com um grande bigodão. Mas a questão foi que no momento em que ele entrou senti o cheiro do tabaco pirata. E isso foi curioso por que tive alguns segundos para observar Sam e ela continuou com seu fone. Ele falou algo sobre os horários de entrada e saída do campi. Na hora de sair chamou Sam para conversar lá fora. Ela foi despreocupadamente. Notei uma atitude suspeita, e ela inclusive piscou pra mim na volta à sala. Eu estava quase tendo certeza que Sam tinha algo a ver com meu sequestro. E algo interessante é que ela estava com uma roupa mais alegre naquele dia, não estava com suas costumeiras gargantilhas sinistras e parecia até mais bonita.

Fui pra casa pensando seriamente em denunciá-la ou ao menos ir encará-la pra saber o que fizeram comigo. Eu sabia que ainda tinha meus órgãos. Só não queria que aquilo acontecesse com mais ninguém ou com meus amigos. Liguei pra Carl pra contar tudo, mas antes que eu pudesse dizê-lo ele me interrompeu e disse que estava chateado por que havia terminado com Ewe. Eu fiquei horas conversando com ele ao telefone. Foi quando ele me chamou pra ir a casa dele. Fui, ficamos conversando e resolvi dormir lá.

Adormeci na casa de Carl, mas senti a mesma sensação de madrugada. Acordei em algo também parecido com um porta-malas. Mas dessa vez me levaram amarrado a um escritório. Fiquei sentado numa mesa, daquelas com um lustre de metal no meio. Ainda ouvia as máquinas de grampo. A sala tinha cheiro de mofo. Eu percebia estar sendo observado da escuridão. Ouvi vozes diferentes da primeira. Eu estava meio sonolento e não entendia o porquê estava ali. Foi quando senti aquele perfume novamente. Veio em direção à luz a mesma mulher com a cabeça coberta com o capuz negro. Eu havia sentido aquele mesmo perfume. Ela estava com um terno feminino vermelho. Contei os botões: dois. Senti novamente o cheiro do tabaco barato. Eu aguardava a entrada de mais alguém. Mas era ela quem cheirava a fumo. Seus sapatos em minha direção tamborilavam no chão de madeira. O que dava ainda mais um som soturno e sinistro a sua presença. Não sabia se deveria aguardar a morte, o sofrimento ou a libertação. Ela sentou na minha frente. Foi quando comecei a gritar. Vociferei alguns adjetivos e ela parecia impassível mesmo mediante meus elogios. Foi quando parei. Não parecia que eu deveria esperar o pior. O pior pra mim era a morte. Eu não

deveria esperar a morte. Não tão rápido. O outro homem que, eu imagino que a acompanhava no carro, chegou e sentou-se ao lado dela. Ele estava encapuzado e era próximo da mulher. Colocou a mão nas costas da mesma, tirou o capuz e:

- Carl!

- Sim. Não era algo que me fazia ao gosto, mas Ewe me convenceu a te sequestrar.

- Ewe!

- Sabíamos do seu contato com Sam e fizemos com que pensasse que era ela. Na verdade o que queremos é seu fígado. Ewe precisa de um transplante. Naquele dia fizemos um exame de sangue e foi comprovado que você é compatível com ela. Estamos só aproveitando. Mas se ela entrasse em algum tipo de fila, você não poderia doar o fígado a ela. E nenhum médico faria num hospital. Então estamos aqui.

- Dell sabe disso?

- Dell não sabe nem que dia é hoje. Queremos fazer do jeito mais fácil. Então as coisas serão assim: faremos a operação, e ela receberá o fígado. Mas pra não correr o risco, caso você abra a boca, você cairá daquela janela no dia em que veio investigar Sam. Você veio investiga-la por que desconfia da relação dela com reitor. Isso já está em alguns diários que você escreveu...

- Você acha que eu estou a investigando por esse motivo? Estou a investigando por que achava que foi ela quem me sequestrou. Eu nunca escrevi esses diários...

- Você já escreveu. Já está no seu quarto. Por isso eu disse pra você facilitar. O plano está completo. Não há erros.

- Mas vão achar meu corpo. E eles perceberão as marcas.

- Exato. Por isso depositamos na sua conta $12.000 e já sacamos os $10.000 da sua dívida paga. Temos o motivo pra você vender o órgão pro Reitor Hernández. Reitor inclusive que um dia teve contato com a máfia. Mas não faz parte dessa vida mais. Mas a cereja do bolo vem agora. Estamos te dando este caderno e um lápis. Queremos que você escreva essa história toda. Vamos publicá-la no jornal da faculdade. Como uma bela história fictícia. Daqui a alguns meses. Que tal?

- Isso não faz sentido. Vocês vão incriminar o Reitor. Colocar a culpa pelo acidente em mim. Pegar meu rim que eu mesmo venderia pro Reitor e me pedir pra escrever uma história. E minha família? E o histórico bancário de depósitos?

- Sua família vai acreditar na história que a policia contar. E o deposito é fruto de lavagem de dinheiro. Você tinha dívida de pôquer. E a história faz parte de uma loucura momentânea minha. Sei lá. Gosto de história. Principalmente aquelas baseadas em fatos reais. Será que é tão dificil assim?

E assim terminou a conversa. Carl e Ewe; totalmente muda; se levantaram e se foram. Olhei pra esse caderno. E agora estou esperando minha hora chegar. Alguém abre uma porta. Eu respiro fundo já esperando algo. Mas nada acontece. Eu ainda estou aguardando algo. Sinto sua respiração atrás de mim. Continuo a escrever convulsivamente. Como se não houvesse ni...

Wilhelm Young
Enviado por Wilhelm Young em 28/09/2015
Código do texto: T5397744
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