A LOUCURA: MENSAGEIRA DA MORTE
Lana estava sentada na varanda de sua casa naquele final de tarde. O crepúsculo e a penumbra já anunciavam o cair da noite. A triste e solitária jovem, com um olhar distante, parecia observar o nada. O seu olhar era meio assustador e melancólico.
Em tempos passados, Lana havia sido uma jovem cheia de vida, alegre e animada. Mas sem que ela percebesse, algo estava se transformando em seu interior, e ela se sentia cada vez mais frágil. A pobre jovem, sem entender, sentia que tudo que era concreto se distanciava, e sua vida parecia sem sentido e cada vez mais abstrata. E tudo ficou muito mais complexo depois do acidente.
Para tentar esquecer suas complexidades, Lana resolve acompanhar quatro amigos em uma festa, tal evento ocorreu em uma atmosfera regada a bebidas alcoólicas e adornada em vários tipos de drogas. Ao retornarem, em um veículo, Lana era a menos incapaz de guiar o automóvel. O carro deslizava em alta velocidade às quatro da manhã por uma rodovia. Dois amigos de Lana estavam totalmente adormecidos no banco de traz, enquanto que os outros dois estavam totalmente embriagados e cantavam com voz rouca e dissonante uma estranha canção.
De repente, em uma curva, o carro faz uma manobra brusca, a cansada jovem ao volante tenta se desviar de uma mulher com vestes negras que se encontrava parada no meio da rodovia. Lana perde o controle do veículo, que dá duas voltas de 360° antes de sair da via e capotar por três vezes matagal adentro. Lana foi a única sobrevivente, a única que usava o cinto de segurança. Ela ficou trinta dias internada em um hospital, com a mulher de vestes negras, a mesma imagem que ela havia avistado na rodovia, a observá-la.
Desde os dias de internação no hospital, Lana vê a todo o momento a imagem da misteriosa mulher, que só a observa e nunca diz nada. Porém, naquela tarde em que Lana se encontrava na varanda, em meio à penumbra e o crepúsculo, a estranha figura lhe estende a mão, como se a convidasse para um passeio. A jovem aceita o convite. E mesmo com dificuldade ao andar, sai a perambular, ao lado da assustadora imagem. E no dia seguinte, o corpo da pobre e demente Lana é encontrado sem vida, às margens de um estreito córrego.