UMA TARDE À MAIS
Naquele dia Anna arrumou a bolsa mais rápido como de costume,
precisava estar na faculdade em meia hora.. O relógio parecia trabalhar contra, as horas passavam muito rápido, e ela só pensava na prova de filosofia que iria ter de enfrentar logo mais.
De repente o relógio avisa, seis horas da tarde, o expediente acabou, o que ficou, ficou pra amanhã, sem lamentos..
Anna agora andava apressada pelas ruas, mal olhava para o semáforo.
Mais um pouco, e logo chegaria à faculdade. Sem mais nem menos o sol se esconde detrás de uma nuvem pesada.
Oh! não! pensou Anna: Bem hoje, não trouxe o guarda-chuva, vai chover?
Anna segue apressada.. De repente, escuta uma buzina.
O rapaz grita de dentro do carro:
-Vamos!
-Ah? Anna não acredita no que vê.
- Você?
- O rapaz diz: Entre estamos atrasados..
- Anna hesita.. Afinal de contas o conhecia a pouco mais de uma
semana, ainda não eram amigos.. Ele entrara no segundo semestre e não houve tempo suficiente para se conhecerem..
Anna resolve inventar uma desculpa.
-Muito obrigada, mas preciso passar na papelaria, tenho um trabalho
para entregar hoje, e não tive tempo de comprar o material.. Desculpe!
-O rapaz a olha com cara de poucos amigos e diz: Tudo bem, nos vemos mais tarde.
Ufa!! Anna pensa: conseguira despistar o moço.
Anna finalmente chega a faculdade. Realiza a prova, e sente-se confortável e arrisca, dar uma olhada para o colega que lhe oferecera a carona.
O rapaz a olhava fixamente, parecia anestesiado.
Anna sente um arrepio percorrer o seu corpo todo, então entrega a prova, mas antes de sair, arrisca olhar mais uma vez para o rapaz, desta vez o mesmo, com a cabeça baixa parece mais preocupado em resolver a sua prova.
Um raio rasga o céu, Anna apressa ainda mais os passos.
As gotas de chuva não demoram a cair. Anna começa a ficar preocupada.
-Vou pegar um belo resfriado isso sim!
Agora já são quase dez horas da noite, poucas pessoas na rua, Anna começa a sentir um pouco de medo, afinal o ponto do ônibus está longe, e a chuva mais forte.
A chuva traz vento, Anna perturbasse ao perceber passos..
-Com licença, um senhor idoso pede passagem na estreita rua, Anna dá um suspiro de alivio. O ponto de ônibus não demora a apontar, mas ainda tem duas largas esquinas para atravessar..
Agora já são quase dez e meia da noite, Anna apressasse mais ainda, senão perderá a condução.
De repente Anna ouve um barulho estranho, tipo de grito abafado, ou seria um grunhido?
Sem coragem de olhar pra trás, segue adiante, num instante sente algo estranho..
O salto do sapato acabara de quebrar.
-Não acredito que isso esteja acontecendo comigo! Anna sente vontade de gritar..
-Mas quem me ouviria? Não tem uma viva alma nessa rua!
- Mas uns passos e estarei no ponto de ônibus.
Então como mágica, ao virar a esquina ,Anna se depara com o rapaz, com um sorriso, no rosto ele lhe oferece seu guarda chuva.
-E agora? Você vai arrumar outra desculpa, para não me acompanhar?
- Anna sorri e diz: Obrigada.
_ Para onde você vai? Ele pergunta.
- Pegar o ônibus, logo ali. Respondeu Anna.
- Então vamos juntos.
- E o seu carro? Onde está?
-Quebrou justamente quando saía da faculdade!
- Anna sorri aliviada.
Mais tarde, Anna veio à saber que o rapaz, só queria ser gentil, pois se mudou recentemente para a cidade, e procurava fazer amigos.
Anna parou de assistir tantos filmes de suspense, e começou a aceitar mais convites para sair, inclusive com o rapaz da faculdade.
Continua...