Amor irradiante
I Capítulo
Dizem que aquele que possui o amor, aquele sentimento irradiante
que pela sua força parece não haver nada igual, pela sua beleza
e luz, irradiando mais que a estrela mais brilhante.
Sim, aquele que possui e pratica este amor,
consegue acreditar no infinito, na beleza das coisas espirituais
queria te prender um pouco mais, caro leitor
dizendo que na posse deste sentimento fenomenal
o ser humano torna-se um ser de luz, incrivelmente sobrenatural
estas pessoas existem possuem a capacidade de fazer o mundo feliz,
eu escrevo com a intenção de contar a beleza incontestável do amor,
é o como uma mensagem não com a intenção de ensinar
de como viver praticando o amor, quem sou eu um mísero mortal!
Um ser humano comum falando dos imortais na arte de amar...
Então eu começo nas histórias e mais histórias:
Mary, a grande protagonista de nossa história caminhava apressadamente, um grande temporal estava prestes a chegar, já era de tardezinha, os caminhos ficariam sombrios, com leve ar de tristeza se os postes não tivessem as lâmpadas com suas luzes belas e brilhantes embora fossem artificiais sem comparar com a luz do sol.
Na vida de Mary assemelhava a estas coisas que aterrorizam nossa mente, em algumas pessoas as tempestades, os furacões o pavor é intenso... Esta mulher jovem, apenas com seus vinte e cinco anos absorveu a aridez que esta vida sempre tem a nos oferecer, ela continuava a viver, sem esmorecer, com o decorrer deste relato pretendo passar como o lado do bem prevalecia nesta criatura, no seu livre arbitre procurava colocar o dever de amar acima de tudo, o seu tormento não deveria estender a nenhum outro ser humano qualquer, mesmo aqueles que mesmo de uma maneira indireta o fizeram. A sabedoria e a bondade prevalecia na tua mente, talvez fosse um anjo que o Criador colocou neste mundo cheio de contrastes.
Certas coisas fogem de nossa compreensão, por exemplo: Mary, linda, sua alma transparente e bela, fisicamente um ser de rara beleza, com tudo isso estava sozinha...
Ela caminhava direto para tua casa, a poucas horas que saiu do seu emprego, um simples local de assistência social. Os pingos da chuva atingia seus belos cabelos ondulados e um pouco dourados, chegou em casa, aquele silêncio!... Ninguém a esperava.
No sofá ela desabou. Cansada, só, escutava aquele temporal que caía lá fora. O temporal incutia terror, não teve jeito Mary começa lembrar do seu passado, veio os tempos felizes da infância que foram bons, filha única, seus pais: seu Joaquim e Dona Josefa, com ela passeavam, aquela menina loira com cabelos ondulados, a pele levemente bronzeada típica de uma brasileirinha com magníficas misturas, chamava a atenção de quem a observava.
Depois veio a adolescência, os tempos de juventude, dos namoros teve, um que foi uma tórrida paixão. Consequentemente uma gravidez praticamente indesejada por todos. Seu pai sr. Joaquim no furor do acontecimento quase que a espanca violentamente, na jovem Mary ainda parecia escutar sua voz:
--- Serás responsável pelos seus atos!
Outra decepção porque foi decidir com o namorado e nova bronca:
--- Problema seu!... Se quiser deixar tudo na boa é só fazer o aborto.
--- Nunca! Respondeu ela com todas tuas forças.
O mundo desmoronava para Mary, até que o casamento fora marcado. Uma tênue esperança, vida para ela e a criança que estava no teu ventre. Em casa a trégua estava feita.
Enfim chega o dia do casamento, (Mary continua absorta nos teus pensamentos, seu coração disparava, pois sabia do final da história) Vestida de noiva com os pais e os convidados esperava na igreja cheia. A espera do noivo se estendia por horas intermináveis.
Até que veio a resposta bombástica:
--- Não haverá mais casamento porque seu noivo não virá!!!
O mundo desabou, é fácil compreender colocando-nos no lugar da noiva infeliz: suponhamos que estamos no desespero, depois vem uma esperança de sairmos daquela tempestade, terremoto e tudo, de repente a realidade: a tempestade e o terremoto com ventania não vão acabar. A guerra começa novamente naquele lar de três pessoas: senhor Joaquim, dona Josefa e Mary.
A jovem Mary com seus 22 e dois anos põe o pé na estrada, sua mãe dona Josefa até que a ajudaria a criar, mas sr. Joaquim permanecia inflexível, não a tinha expulsado mas pelos seus atos era como se o fizesse. Ela ainda consegue amparo num abrigo de assistência social no qual ela trabalhou com toda dedicação. Coube o destino trágico de dois meses mais tarde ela perder o bebê. O aborto ocorreu sem que ela quisesse, o médico a informou que biologicamente ela não poderia mais ser mãe. Esse anjo de ternura não se amargurou ajudava aqueles que precisavam com todas tuas forças, até seus pais no leito de morte foram assistidos por ela dedicando a eles todo o carinho e compreensão.
Queria te dizer caro leitor de que Mary estava acomodada em tua casa pensando nisso tudo, chorava, aliás impossível não se emocionar com que poderia ser o continuar de tua vida. De repente ela percebe que a tempestade furiosa havia acabado, viu uma noite esplêndida, o céu estava emoldurado de estrelas, da nossa terra poderia ver pequenos sóis iluminando o universo, era como se algo incutisse na mente de todos aqueles que passam pelos horrores das trevas, algo que dissesse: a luz sempre vencerá as trevas, assim como o amor semelhante a uma intensa e maravilhosa luz, vence a maldade instalada em alguns humanos.
Nesse momento de empolgação Mary sai de casa para comprar os materiais para o seu lanche, na entrada da bela noite ela aproveitaria para ir até a confeitaria. Poucos minutos depois realiza teus desejos, compra os materiais necessários para a alimentação. No caminho alguma coisa estranha ou uma simples ordem a impulsionam para um lado, dá alguns passos e ouve um choro de criança, cena de chamar atenção: era um menino que estava em desespero. Ela pergunta:
-- Nossa! O que aconteceu?
O menino permanece estático, nitidamente demonstrava uma mistura de medo, insegurança consequentemente uma nítida impressão loucura.
-- Vamos, minha casa é perto eu te atendo lá (quase sem raciocinar direito, mas Mary leva o garoto para tua casa) o menino em silêncio obedecia.
Em casa, digna de uma autêntica psicóloga, Mary vai desvendando os mistérios daquela alma daquele pequeno ser que o mundo provavelmente o transformaria num ser humano monstro. Deixou o menino sentado e foi fazendo as perguntas:
--- Quero te ajudar, mas primeiro você terá que ser o primeiro que vai permitir ajudar a você mesmo, está bem?
--- Então como você chama e quantos anos você tem.
Quase num sussurro e com voz trêmula ele diz:
--- João e tenho 8 anos.
A conversa foi se estendendo e Mary com sua percepção magnifica foi compreendendo o que aquele menino estava havia passado, por exemplo João com apenas 8 anos já tinha experiências terríveis neste mundo às vezes cruel. Pra começo de conversa seus pais foram violentamente assassinados, praticamente viviam na miséria e viciados em drogas, cada dia e inferno se estendia. Depois o menino João vivia de abrigo em abrigo, vários lares que propuseram responsabilizar por ele mas as respostas coincidiam:
--- Menino problemático! Não dá pra ficar com ele!!!...
Depois de um bom banho, alimentado, o menino João dormia na sala num sofá que Mary possuía na tua casa, mas ela embevecida, com bastante preocupação e olhar carinhoso observava aquele pequenino ser com seu viver aterrador. Pergunta até mesmo com voz alta:
--- E agora meu Deus o que faço pra livrá-lo dos martírios que poderão ainda atingí-lo?
Continua, a história deverá continuar...