A jovem misteriosa de Jakaira (parte I)
Paulo é um rapaz moreno, magro de 23 anos e de origem humilde.
Seu pai é ferroviário e a mãe empregada doméstica.
Ambos se esforçam para ajudá-lo a pagar a faculdade, pois com o que Paulo recebe de salário, ainda falta dinheiro.
Desde que se conhece por gente, ouve estórias estranhas de fantasmas, assombração e crendices populares.
Tem pavor só de ouvir falar, e o pior é que o assunto rende tanto na cidadezinha, que basta encontrar um morador antigo que este já começa a contar causos.
Vultos de pessoas mortas avistadas, barulhos estranhos nas casas abandonadas, a misteriosa neblina na serra, tudo isso faz parte da rotina de Jakaira.
Jakaira significa na língua tupi, o deus da neblina, das brumas que abrandam o calor e os bons ventos.
Num ensolarado domingo Paulo foi até a pequena padaria que fica na rua de terra.
Repentinamente sentiu uma brisa gélida ao seu lado.
Caminhou mais uns passos e á sua frente surgiu uma linda jovem loira, de cabelos lisos, compridos, usando um vestido rosa claro com delicadas e minúsculas flores brancas.
Ele olhou-a com um misto de receio e interesse.
Ela se aproximou e cumprimentou-o.
Paulo respondeu:
- Oi!
- Você mora aqui na cidade? – indaga ela.
- Sim, e você?
- Há muito tempo.
- Nunca tinha te visto.
- É que não gosto de andar sozinha pela cidade.
- Você está sozinha agora. – disse Paulo sorrindo.
- Porque você não me dá medo. Tenho medo das outras pessoas.
- E se eu fosse alguém ruim?
- Eu não me aproximaria.
- Já que confia em mim, quer ir até a padaria comigo?
- Sim.
Paulo entra, cumprimenta a balconista e pede seis pãezinhos.
- Algo mais?
- Um litro de leite.
- Paulo, tudo bem?
- Sim Seu José!
- Como estão seus pais?
- Bem, como sempre trabalhando.
- Manda um abraço para eles.
- Pode deixar Seu José.
- Um bom dia Paulo!
- Bom dia Seu José!
A jovem ficou perto de Paulo e assim que saiu da padaria disse:
- Você conhece todos moradores daqui?
- Sim, só não conheço os visitantes.
Repentinamente Paulo olha para trás e vê um moço alto, moreno, forte e com ar agressivo.
Assusta-se, e tenta proteger a moça que está ao seu lado.
- Cuidado!
Quando virou para frente ela sumira.
Paulo ficou todo arrepiado e com as pernas bambas.
Subiu a rua para casa em passos largos e acelerados.
Sua respiração era ofegante, e o coração batia disparado e descompassado.
O trajeto para casa parecia mais longo que o normal.
O que estava acontecendo?
Paulo é um rapaz moreno, magro de 23 anos e de origem humilde.
Seu pai é ferroviário e a mãe empregada doméstica.
Ambos se esforçam para ajudá-lo a pagar a faculdade, pois com o que Paulo recebe de salário, ainda falta dinheiro.
Desde que se conhece por gente, ouve estórias estranhas de fantasmas, assombração e crendices populares.
Tem pavor só de ouvir falar, e o pior é que o assunto rende tanto na cidadezinha, que basta encontrar um morador antigo que este já começa a contar causos.
Vultos de pessoas mortas avistadas, barulhos estranhos nas casas abandonadas, a misteriosa neblina na serra, tudo isso faz parte da rotina de Jakaira.
Jakaira significa na língua tupi, o deus da neblina, das brumas que abrandam o calor e os bons ventos.
Num ensolarado domingo Paulo foi até a pequena padaria que fica na rua de terra.
Repentinamente sentiu uma brisa gélida ao seu lado.
Caminhou mais uns passos e á sua frente surgiu uma linda jovem loira, de cabelos lisos, compridos, usando um vestido rosa claro com delicadas e minúsculas flores brancas.
Ele olhou-a com um misto de receio e interesse.
Ela se aproximou e cumprimentou-o.
Paulo respondeu:
- Oi!
- Você mora aqui na cidade? – indaga ela.
- Sim, e você?
- Há muito tempo.
- Nunca tinha te visto.
- É que não gosto de andar sozinha pela cidade.
- Você está sozinha agora. – disse Paulo sorrindo.
- Porque você não me dá medo. Tenho medo das outras pessoas.
- E se eu fosse alguém ruim?
- Eu não me aproximaria.
- Já que confia em mim, quer ir até a padaria comigo?
- Sim.
Paulo entra, cumprimenta a balconista e pede seis pãezinhos.
- Algo mais?
- Um litro de leite.
- Paulo, tudo bem?
- Sim Seu José!
- Como estão seus pais?
- Bem, como sempre trabalhando.
- Manda um abraço para eles.
- Pode deixar Seu José.
- Um bom dia Paulo!
- Bom dia Seu José!
A jovem ficou perto de Paulo e assim que saiu da padaria disse:
- Você conhece todos moradores daqui?
- Sim, só não conheço os visitantes.
Repentinamente Paulo olha para trás e vê um moço alto, moreno, forte e com ar agressivo.
Assusta-se, e tenta proteger a moça que está ao seu lado.
- Cuidado!
Quando virou para frente ela sumira.
Paulo ficou todo arrepiado e com as pernas bambas.
Subiu a rua para casa em passos largos e acelerados.
Sua respiração era ofegante, e o coração batia disparado e descompassado.
O trajeto para casa parecia mais longo que o normal.
O que estava acontecendo?