PÉ NA ESTRADA, CANÇÃO DOS CONDENADOS
PÉ NA ESTRADA, CANÇÃO DOS CONDENADOS
Cheguei ao bar as três da manhã, vi tantos gatos pelos cantos,
(Coisa de endoidecer.) Um couro de cobra pendurado junto ao telhado de sapé, nenhuma mina de anágua fresca para dançar. (Cheiro de podridão.) Troquei a ficha na maquina de musica, pedi um guisado de frango com quiabo e quatro canecas de cerveja (O que podia fazer)?
Nem dormi, a estrada de poeira me chamava. (que diabos). Tantos buracos, uma mulher da Pirelli no outdoor pede meu silencio, com medo de sua alma nunca mais voltar (Quanta idiotice).Um corpo de mulher inerte em meu lado dorme em seu céu ou em seu inferno, e lá vamos nos pela estrada infinita que corta nossos sonhos. Ao longe as sirenes cantam a canção dos condenados.