Desolador
Jonas o jornalista intrépido, caminhava entre os destroços que aquele terremoto insensível provocou. Teria que fazer a matéria, mas estava meio absorto, alguma coisa não conseguia assimilar, incrível, pensava ele: eu sinto algo no ar, é como se fosse alguma mensagem, mas de mensagem estou acostumado nesta minha profissão, que escolhi e me sinto maravilhosamente bem, se nascesse de novo escrever ou narrar os acontecimentos faria com imenso prazer.
Só que o catador de notícias americano na sua mente atordoava sem parar, um filme começou rodar, o passado daqueles poucos dias de terror o atormentava, via naquele lugar meio desprotegido principalmente dos meios econômicos avançados como o possante Estados Unidos e outros países tais. Via alguns dos edifícios caírem como os construídos de brincadeira nos montes de areia das praias, as casas tombarem também, o terror nas mentes das pessoas, a tristeza daqueles que perderam tudo, mesmo os pertences mais valiosos: os entes queridos. Os segundo pareciam horas intermináveis, num corre e corre sem parar, gritos, choros mesmo daqueles que pensavam de nunca chorar, ter medo. Exatamente o fim do mundo para aquele lugar.
Jonas sentou num monte de destroços, aqueles pensamentos eram especiais, não sabia a razão disso, então aquele filme precisava mais atenção. Sentia a firme convicção de que aquele fenômeno da natureza destruidor poderia causar furor mesmo na sua adiantada pátria amada, mas continuava vendo ali milhares de vidas destruídas.
Os sofrimentos entranhavam até o fundo de tua alma. Ele estava ali, presenciando o filme, ao mesmo tempo parecia estar nele, semelhante um sonho, daqueles que algumas pessoas quando estão sonhando absorvem cada detalhe e por motivo difíceis de deduzir estas pessoas no sonho percebem que mesmo vendo os piores horrores eles não as atingirão (não sei se estou sabendo explicar, mas é isso mesmo) Jonas suava frio, os tormentos embora não o ferissem no corpo, sentia o sofrimento abrasador daquelas pessoas, muitos vagavam sem rumo, nos semblantes havia falta de esperança. Fazia a reflexão pavorosa: se fosse um amigo dos mais chegado, um membro de sua família naqueles sofrimentos intensos ou se ele estivesse ali naqueles instantes o medo atroz seria iminente.
Nestas reflexões quase inexplicáveis, Jonas lembra de que antes de viajar para aquele país que aconteceu aquelas coisas horripilantes, ele teria que entrevistar um escritor que declarava veementemente em alguns dos seus livros que Jesus Cristo não era Deus, foi um ser que possuía alguns dons extraordinário, mas não possuía natureza divina. O chefe da redação foi categórico:
--- Jonas, preciso que faça essa matéria, preciso dos argumentos deste escritor descrente, vai pegar fogo, eu também sou da mesma opinião deste escritor polêmico, (comenta o chefe da redação) vai e faça logo esta matéria! Atenção, no final da matéria terá que ter a sua conclusão, vê lá o que vai me arrumar, rapaz!!!
Só que por motivos também quase inexplicáveis, Jonas teve que ir direto ao país que aconteceu a terrível tragédia. Pensou na entrevista que estava preste fazer com o estranho escritor, depois a matéria seria sobre Jesus, o Deus que se fez homem, naqueles poucos instantes Jonas interpretava da seguinte maneira:
--- Este escritor está me fundindo a cuca, fazer esta matéria, e o mais difícil, a minha conclusão!... Jogarei por terra toda minha crença no cristianismo?
Por exemplo aceitar as opiniões de Dan Brown o famoso autor de Código Da Vinci?
Ou de outros escritores que aceitam também?
Não, é lógico que deveria aceitar a oposição da escritora Amy Welborn que em oposição a Dan Brown pode esclarecer que opiniões infundadas, caluniosas sobre a divindade de Jesus teria que vir à tona.
Novamente uma onda de melancolia se espalhava no ar, Jonas continuando sentado nos destroços vendo passar aquele filme de destruição, desta vez parecia ver as pessoas correndo, apavoradas e pedindo socorro, muitas desapareciam nas imensas crateras que se abriam. Naquele instante veio na mente de Jonas a seguinte citação:
--- Que poder possui este homem, até o mar em fúria lhe obedece, seguiu outras citações, até outros fenômenos da natureza pode obedecê-lo, como este terrível terremoto!
Logo pareceu retornar aos tempos de Jesus, era como se estivesse exatamente naquele barco no mar em fúria, prestes a todos ali serem engolidos por aquelas imensas ondas e logo depois o mar e a horrenda tempestade obedecer aquela ordem imperiosa, depois uma imensa e belíssima paz.
Depois era como se ele percorresse com Jesus aquelas ruas estreitas e de puro chão, presenciasse os milagres, como aquele que apareceu um leproso apavorado com as feridas que o dilaceravam e pedisse: se quiseres pode me curar e exatamente em instantes não possuía nenhuma lepra. ouvisse a voz:
-- Preciso que dê testemunho de mim
Era como se Jonas caísse por terra, e de volta à terra ele emocionado, revela:
--- Preciso fazer a matéria e dar minha conclusão: Jesus é o Deus feito homem que esteve entre nós!...