A VISITA DE TIO AMARO
A tarde norma, o céu azul, o sol pálido cobria a verdura da várzea, o gado vai chegando para o curral. Naquele silêncio gostoso Chiquinha cochila na cadeira de balanço no terraço.
Chiquinha, a menina faceira de dezesseis anos que carrega consigo o luto pelo amor de Tunico, a mesma dona Chiquinha que aos pés do fogão frita seus bolinhos e me relata mais uma de suas histórias.
Foi nesta tarde morna que o fato aconteceu. Ela, sentada no terraço avista um cavaleiro que se aproxima, ele se apresenta dizendo ser irmão do coronel Porfírio que por estar a muito tempo ausente, sentiu saudade e os viera visitar.
Tio Amaro, como viera a saber depois, foi bem recebido pelo irmão e os demais da família que já haviam ouvido falar de suas andanças e aventuras mas não o conheciam pessoalmente.
Foi uma noite maravilhosa, o jantar foi mais caprichado, a sobremesa especial, recheados pelas histórias sensacionais de boiadeiro, já era bem tarde quando todos foram dormir. A noite já ia alta, naquela altura onde o sono é mais pesado, quando foram acordados com fortes batidas na porta, era um velho amigo de tio Amaro que viera trazer a notícia de seu falecimento, ocorrido na noite anterior, morrera tragicamente pisoteado por um cavalo selvagem. Puseram-se todos a rir, como podia ser se tio Amaro estava naquele momento dormindo ali no quarto ao lado, talvez o sono mais tranqüilo de seus últimos tempos pois como boiadeiro dificilmente dormia em uma cama macia. Não havia dúvidas, tio Amaro com seu gênio brincalhão quisera pregar uma peça em todos e do mesmo modo, resolveram acordá-lo e participar à ele sua morte. Bateram na porta e aguardaram um tempo mas um silêncio vinha de lá, resolveram entrar e surpreender tio Amaro, o espanto foi geral, no quarto não havia ninguém e a cama estava intacta.
O resto da noite foi terrível, como voltar a dormir depois da visita sobrenatural de tio Amaro? O pai de Chiquinha acalmava a todos explicando que tio Amaro não veio com intenção de assustar ninguém, apenas como havia programado visitá-los e não pode porque a morte o surpreendera, viera depois. Propôs que fizessem uma oração pela alma do tio, como agradecimento por sua última visita.
O dia amanheceu e novos dias vieram mas a lembrança de tio Amaro permanece até hoje na memória da minha querida Chiquinha, a boa velhinha do outro lado da rua.
A tarde norma, o céu azul, o sol pálido cobria a verdura da várzea, o gado vai chegando para o curral. Naquele silêncio gostoso Chiquinha cochila na cadeira de balanço no terraço.
Chiquinha, a menina faceira de dezesseis anos que carrega consigo o luto pelo amor de Tunico, a mesma dona Chiquinha que aos pés do fogão frita seus bolinhos e me relata mais uma de suas histórias.
Foi nesta tarde morna que o fato aconteceu. Ela, sentada no terraço avista um cavaleiro que se aproxima, ele se apresenta dizendo ser irmão do coronel Porfírio que por estar a muito tempo ausente, sentiu saudade e os viera visitar.
Tio Amaro, como viera a saber depois, foi bem recebido pelo irmão e os demais da família que já haviam ouvido falar de suas andanças e aventuras mas não o conheciam pessoalmente.
Foi uma noite maravilhosa, o jantar foi mais caprichado, a sobremesa especial, recheados pelas histórias sensacionais de boiadeiro, já era bem tarde quando todos foram dormir. A noite já ia alta, naquela altura onde o sono é mais pesado, quando foram acordados com fortes batidas na porta, era um velho amigo de tio Amaro que viera trazer a notícia de seu falecimento, ocorrido na noite anterior, morrera tragicamente pisoteado por um cavalo selvagem. Puseram-se todos a rir, como podia ser se tio Amaro estava naquele momento dormindo ali no quarto ao lado, talvez o sono mais tranqüilo de seus últimos tempos pois como boiadeiro dificilmente dormia em uma cama macia. Não havia dúvidas, tio Amaro com seu gênio brincalhão quisera pregar uma peça em todos e do mesmo modo, resolveram acordá-lo e participar à ele sua morte. Bateram na porta e aguardaram um tempo mas um silêncio vinha de lá, resolveram entrar e surpreender tio Amaro, o espanto foi geral, no quarto não havia ninguém e a cama estava intacta.
O resto da noite foi terrível, como voltar a dormir depois da visita sobrenatural de tio Amaro? O pai de Chiquinha acalmava a todos explicando que tio Amaro não veio com intenção de assustar ninguém, apenas como havia programado visitá-los e não pode porque a morte o surpreendera, viera depois. Propôs que fizessem uma oração pela alma do tio, como agradecimento por sua última visita.
O dia amanheceu e novos dias vieram mas a lembrança de tio Amaro permanece até hoje na memória da minha querida Chiquinha, a boa velhinha do outro lado da rua.