Dilma e Vilma
Dilma e Vilma. Ambas de Souza. Uma, miúda, outra esbelta e espadaúda. Passaram,juntas, naquele vestibular de Letras da UFMG, em 1969, ano em que eu também me inseri entre os agraciados.
Vilma, madeixas longas e lisas, alvinha e fininha, fora a primeira colocada, escolheu diploma inglês, e continuou justificando o seu extraordinário perfil acadêmico ao longo do curso.
Já Dilma, sem as excelências acadêmicas da parônima, elegeu o diploma de português, e continuou se destacando pela esbeltez e morenez, com seus cabelos curtos e óculos que lhe tentavam mascarar a sedutora face.
Irmãs não eram, nem primas, e entre si, além das rimas, e aparentemente pouco se deram - como os fados esperam, e ao cabo a todos zeram.
Inzwischen, havendo escolhido o diploma de alemão, frequentei, encucado e encantado, classes conjuntas de linguística e latim, com ambas Vilma e Dilma. Que ao menos numa cousa convergiram e nem mo demonstraram: me ignoraram. Ou só se enfadaram?