Mordido
Era uma noite fria, o vento uivava castigava a copa das árvores, no chão as folhas dançavam num ritmo alucinante e ao mesmo tempo mórbido.
Eu estava indo para casa, o vento também estava gelado e de repente começou a chover.
Meu Deus como estava forte!
Mal conseguia ver, eu estava num sítio com meus amigos. Quando eu estava quase me aproximando da casa ouvi uma espécie de rugido, mas por causa do barulho do vento não sabia de onde vinha, deveria ser algum cachorro na vizinhança, continuei a caminhar mais depressa mas, ouvi algo se aproximando de mim e pelo jeito vinha rápido.
Comecei a correr, não havia ninguém na rua, eu não me atrevia a olhar para trás, faltando cem metros para alcançar a varanda algo me fez tropeçar.
- Mas que droga! Pensei comigo mesmo, e me levantei rapidamente, olhei para trás, não havia nada ali tudo havia cessado, a chuva e o vento, o silêncio era perturbador.
- O que significa tudo isso? Mais uma vez me perdi nos meus pensamentos, logo em seguida logo à minha frente havia algo, fui me virando devagar, mas, fui atacado subitamente, fui derrubado por uma criatura enorme e negra. Seus olhos eram enormes e expressivos quase humanos, então veio à dor.
-argh!
Era uma dor Excruciante, senti pontas rasgando minha camisa, rasgando minha pele, lacerando a carne e quebrando meus ossos. Senti um pedaço de carne se desprendendo do meu lado esquerdo do peito, minha vista estava turva por causa da dor, esse deveria ter sido meu fim.
Mas para minha surpresa a criatura parou, olhou para mim como se estivesse espantada e saiu em disparada na direção de um morro.
A luz do poste bateu sobre ela, era uma espécie de lobo, mas era colossal.
Não havia nada que eu pudesse fazer, mal conseguia me mover, meu sangue deixava meu corpo aos poucos minha Consciência se esvaia...
Seria aquela a verdadeira face da morte?
Meus olhos foram se fechando devagar, minha audição me abandonava, eu estava partindo...
Pelo menos era o que eu achava.